SAÍDA DE CAMPO: Avaliação dos Sistemas de Irrigação do Córrego do Coqueiro

Nesta quinta-feira, dia 25 de março de 2010, demos continuidade ao agora mais novo projeto de Iniciação Científica aprovado pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), onde temos como objetivo caracterizar os irrigantes do Córrego do Coqueiro, avaliando os sistemas de irrigação e a qualidade da água utilizada, visando assim, meios de orientar os produtores a obterem uma melhor uniformidade de aplicação e praticarem um melhor manejo da irrigação potencializando a eficiência do sistema, diminuindo os custos e o desperdício de água.

Iniciamos esse importante trabalho em janeiro de 2010 e recebemos a grata notícia de que o projeto foi apravado pela FAPESP e teremos a oportunidade de desenvolvê-lo como Bolsista FAPESP.

A avaliação do sistema de irrigação permite saber qual a capacidade de aplicação de água do sistemas, em milímetros por hora no caso da aspersão ou litros por hora, no caso da irrigação localizada, de modo a permitir a determinação do tempo exato de irrigação. Em breve os irrigantes saberão qual a capacidade de irrigação dos seus sistemas.


Neste dia avaliamos duas propriedades, sendo na primeira propriedade uma parreria de uva e um pomar de limão (foto acima) e na segunda propriedade novamente encontramos uma parreira de uva (foto abaixo). A equipe da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira publicamente agradece os produtores por compreenderem a importância da avaliação do sistema de irrigação e por toda atenção e colaboração. Também está sendo realizado um levantamento das condições sócio-econômicas e do sistema de produção, além da caracterização de todo o sistema de produção.

Nesta foto o produtor esta explicando sobre como a parreira é dividida para a irrigação.


Neste video medimos a pressão na saída do emissor (pressão de serviço) na linha lateral.

BENEFÍCIOS DA AVALIAÇÃO DOS SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO
Após a avaliação e melhorando o desempenho dos sistemas de irrigação temos os seguintes benefícios:
Melhoria da eficiência da aplicação da água
Aumento da produtividade
Aumento do lucro
Melhoria da qualidade da água
Diminuição do total da água aplicada
Diminuição da energia utilizada
Diminuição dos nutrientes e defensivos lixiviados
Diminuição do escorrimento da água e da erosão
Redução das doenças nas plantas

Vários órgãos e Insituições utilizam Laboratórios Móveis para avaliação dos sistemas de irrigação na propriedade. Veja como é esse trabalho no DWR - California, o Mobile Irrigation Laboratory do USDA - NRCS - California, o Mobile Irrigation Lab do USDA - NRCS - Florida (veja depoimentos e explicações detalhadas), o Mobile Irrigation Labs do USDA - NRCS - Managing Irrigation Water and Salinity no Colorado (ver folder de divulgação e entrevista com Jason Peel, especialista em Manejo da Irrigação), o Mobile Irrigation Lab do Resource Conservation District de Monterey County, o programa Mobile Labs do Pajaro Valley e ainda Mobile Lab do Coachella Valley Resource Conservation District, que existe desde 1985 (veja também a publicação "A review of agricultural water use in the Coachella Valley") em uma das regiões mais secas e inóspitas da California, mas que os irrigantes souberam enfrentar as dificuldades impostas pela natureza. Veja os números!

Vista do veículo que representa o Mobile Irrigation Lab do USDA - NRCS - Colorado

Na Florida, Estados Unidos, o Laboratório Móvil de Irrigação (Mobile Irrigation Lab - MIL) foi implantado em janeiro de 1999 com o objetivo de promover a conservação da água e energia através da melhoria da eficiência dos sistemas de irrigação, para promover a melhoria da qualidade da água minimizando a lixiviação dos nutrientes além da zona radicular mantendo-os entre as raizes para a melhor absorção, para promover a sustentabilidade da agricultura através da redução dos custos de produção, através da redução dos gastos com energia e fertilizantes e o aumento da produtividade das culturas. Veja quantos são e onde estão baseados.

Os trabalhos de monitoramento e de pesquisa na microbacia do Córrego do Coqueiro contou com recursos financeiros do FEHIDRO (CBH-SJD, Contrato 161/2006 - Empreendimento SJD-133) e atualmente do CNPq (Planejamento Integrado dos Recursos Hidroagrícolas na Microbacia do Córrego do Coqueiro no Noroeste Paulista. Financiamento do MCT/CNPq/CT-Agro/CT-Hidro/MAPA-SDC-SPAE nº 44/2008 - Recuperação de Áreas Degradadas - CNPq, Processo 577.386/2008-5) e FAPESP, na forma de Bolsa de Iniciação Científica.

Os artigos publicados a partir destes projetos estão disponíveis no canal TEXTOS TÉCNICOS do Portal da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira. Veja o nosso canal no You Tube.

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