SAÍDA DE CAMPO: Córregos do Boi, Três Barras e Coqueiro

Nessa segunda-feira, dia 23 de março, a Equipe da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira, foi à campo, para a coleta de água e medição da vazão, dos córregos do Boi, Coqueiro e Três Barras. Abaixo, um exemplo de medição de vazão e a áre e o perímetro das microbacias hidrográficas estudadas.


Em Marinópolis, até o dia 21 de março, já tinha chovido 79,5 mm, sendo que nos dias 14, 15 e 16 choveu 69 mm, e no dia 21 choveu 14 mm. A volume de chuva fez com que a água transbordasse a calha dos córregos, impossibilitando a medição de vazão nos pontos de amostragem.

A ausência de conservação do solo e de matas ciliares proporcionam um escoamento superficial ao escoamento de base, desejável, onde a água se infiltra e sai aos poucos ao longo do tempo, inclusive reforçando a recarga do lençol freático que será o responsável pela produção de vazão na estação seca, quando nossos irrigantes mais vão precisar de água para irrigar suas lavouras. Por outro lado, junto com o escoamento superficial haverá também erosão e transporte de sedimentos, que levará o manancial ao assoreamento, prejudicando a qualidade da água e a vazão do manancial na estação seca.

Veja a variação da qualidade da água em fotos!





Este é um dos trabalhos desenvolvidos pela Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira e está inserido na linha de pesquisa chamada de PIMA - Planejamento Integrado e Monitoramento Ambiental e conta com o financiamento do CNPq.

No dia 25 de março, o Professor Fernando Braz Tangerino Hernandez estará em Jales fazendo a palestra "Preservação e recuperação de nascentes" durante o I Ciclo de Palestras USO DA ÁGUA - Consumo e Sustentabilidade em que falará sobre a situação dos nossos recursos hídricos na região. Antecipamos aqui algumas imagens da sua palestra que indicam que ações são urgentes para a preservação dos nossos recursos hídricos.

Erosão resulta em voçoroca e assoreamento, que diminui a vazão do manancial na estação seca e que piora a qualidade da água, incluindo o aumento da concentração de ferro, extremamente danoso para os sistemas de irrigação localizada, que necessitarão de filtragem mais rigorosa e manutenção constante. Veja outras palestras no canal EVENTOS do Portal da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira.








Comentários

  1. Na placa da foto da ponte com ações de desassoreamento (retirada da areia do córrego, fruto da erosão acima) está escrito: "Aqui está o fruto do imposto que você paga".
    Será que somente retirar a areia do leito, deixando-a na margem resolve o problema? Quanto tempo será necessário para novos gastos com a retirada da areia? Será está a melhor solução? Quando teremos ações concretas e placas registrando o plantio da mata ciliar e as ações de conservação do solo, tais como o terraceamento do solo?

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Por que a água evapora sem estar a 100° C ?

A Importância da DBO

Pivô central: história e características