E mais um semestre se inicia e tentaremos ensinar as relações envolvidas com a agricultura irrigada

"Para o sucesso. atitude é igualmente tão importante quanto capacidade" (Harry F. Banks)


Volume, intensidade e número de dias sem chuvas devem ter boa compreensão para se ter segurança hídrica
O ano de 2018 começou com chuvas intensas e volumosas no Noroeste Paulista, mas irregulares entre os municípios da região, chovendo até o momento em média 380 mm, que representa 97% do esperado historicamente para os meses de janeiro e fevereiro, quando se tem a expectativa de chuvas de 390 mm, é o que informa o Canal Clima da UNESP Ilha Solteira a partir dos registros da Rede Agrometeorológica do Noroeste Paulista, operada pela Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira. Em 2017, foram 397 mm nos dois primeiros meses do ano.
Até o momento, o maior volume de chuvas acumulado ficou com Pereira Barreto, que em sua parte Noroeste (Estação Santa Adélia registrou 438 mm (36% superior ao esperado) e às margens do rio Tietê já choveu 393 mm - também superior ao esperado em 8%. Já em Itapura, no encontro dos rios Tietê com Paraná foi onde menos choveu na região, apenas 287 mm (25% à menos que o esperado para janeiro e fevereiro). O mapa abaixo ilustra esta situação da variação das chuvas na região, com destaque para o volume esperado e o ocorrido em 2017 e 2018.
Irregularidade das chuvas e uso de sistemas de irrigação
A irregularidade das chuvas, é sempre destaque e devemos sempre ter atenção para a escala que estamos analisando, pois, enquanto a evapotranspiração tem uma menor dispersão dentro de uma mesma região, a frequência de ocorrência das chuvas convectivas tem aumentada, o que significa que a dispersão na intensidade, no volume e no espaço de tempo em que as chuvas ocorrem, tem sido grande. Veja o caso do Noroeste Paulista, ainda que em média 97% da chuva esperada tenha ocorrido, exatamente onde mais choveu - Pereira Barreto - o município ficou 17 dias sem chuvas nestes quase dois primeiros meses de 2018. Na prática, os produtores de culturas anuais, como milho e soja, com sistema radicular menos profundos, tiveram que ligar os seus sistemas de irrigação para garantir a produtividade elevada, pois a taxa média de evapotranspiração de 4,0 mm/dia na região, esgotou a água armazenada no solo. Neste momento, o Noroeste Paulista convive com 5 dias sem chuvas apenas em Pereira Barreto e Sud Mennucci, mas foram 15 dias sem chuvas em Populina este mês.
É preciso também ter a compreensão sobre volume e intensidade das chuvas, Enquanto que o volume de chuvas é medido em milímetros e serve para o armazenamento de água no solo, em represas e também o lençol freático e garantir a segurança hídrica, a intensidade de chuva, medida em mm/hora, é importante para o planejamento de estruturas de contenção e condução de água, como por exemplo curvas de nível, terraços no campo, ou ainda, nas cidades, o dimensionamento de bueiros, galerias pluviais, canais ou tubulações de escoamento de água. Um planejamento inadequado de estruturas de captação, condução e armazenamento de água, pode resultar em grandes transtornos à sociedade, ao mesmo tempo, não investir em sistemas de irrigação nos parece uma decisão temerária para quem se propõe a produzir alimentos na maior parte do território brasileiro.
Intensidade das chuvas
Sobre a intensidade das chuvas, tivemos o caso da chuva de 31 de janeiro em Ilha Solteira, que fechou dois do quatro acessos à cidade devido à inundação de rodovias, quando volume e intensidade de chuva ocorreram simultaneamente. O Canal Clima da UNESP Ilha Solteira informa que o volume de chuva neste dia foi de 93 mm, muito alto, tendo ocorrido em apenas outras quatro vezes (25/01/2004 = 119 mm, 13/01/2008 = 120 mm, 20/03/2008 e 22/12/2008 = 94 mm e em 12/01/2013 = 132 mm), mas a intensidade da chuva também foi muito alta, registrando 62 mm em apenas uma hora, situação rara de acontecer, em que a intensidade de chuva superior à 62 mm/hora foi registrada em apenas três dias em Ilha Solteira, (em 21/12/2007 = 63 mm/h, 01/03/2010 = 67 mm/h e em 12/01/2013 = 85 mm/h), conforme os registros da Rede Agrometeorológica do Noroeste Paulista
Detalhes sobre as condições do tempo no Noroeste Paulista, o Internauta confere no Canal CLIMA da UNESP a partir de http://clima.feis.unesp.br

Consulta ao monitoramento climático na região Noroeste Paulista
A Rede Agrometeorológica do Noroeste Paulista monitora o tempo na região através de registros feitos à cada 10 segundos - chamado de tempo de varredura - e disponibiliza as variáveis climáticas em tempo real e também toda a base histórica de forma livre e gratuita no Canal Clima da UNESP Ilha Solteira (http://clima.feis.unesp.br) com atualização dos dados, gráficos, mapas e tabelas a cada cinco minutos.
Este monitoramento permite à sociedade acompanhar não somente as variações do tempo, mas também conhecer e entender os transtornos causados pelos eventos climáticos extremos, como por exemplo as inundações ou uma seca prolongada, ou ainda, a queda de produtividade na citricultura causadas por temperaturas elevadas.

Seca no Brasil? Racionamento de água?
O Jornalista Marcelo Hartmann produziu duas matérias esclarecedoras sobre segurança hídrica. Partiu da situação de desespero vivida pela Cidade do Cabo - que tem contagem regressiva para a água acabar - e fez um paralelo com o que pode acontecer aqui se não houver planejamento e conscientização. Temos falado e escrito muito sobre a segurança hídrica, mas gostei do destaque para "Uma crise hídrica ao sabor de desafetos políticos" na matéria que tem como título "Menos banho, multas, filas: Cidade do Cabo vive maior escassez de água de uma metrópole moderna", acompanhada da linha fina "As seis barragens que abastecem a cidade, somadas, estão com apenas 24,4% do volume. Se o nível cair a 13,5%, o governo instituirá o Dia Zero, quando nenhuma água sairá das torneiras". 
13,5%

Início das aulas 
Mais um semestre se incia e sempre é o momento de reflexão e decisão. Vivemos numa época de constante mudança, em uma sociedade espantosamente dinâmica, instável e evolutiva e certamente correrá sérios riscos quem não perceber isso e ficar esperando para ver o que acontece. Portanto, a adaptação a essa realidade será, cada vez mais, uma questão de sobrevivência.

Uma sociedade em desenvolvimento exige rompimento, mudança e novidade em linguagem, conceitos e modos. A cada dia que passa os produtos concorrentes ficam mais similares em termos de tecnologia e preços e estejam certos, o diferencial está e estará, portanto, na capacidade da empresa ou pessoas em se diferenciarem no mercado e este diferencial estará a cada dia mais na prestação de serviços. É preciso inovar, não dá para apenas copiar e é preciso criar uma nova postura e reinventar o setor nosso setor. Mas como fazer isso? Com certeza com a capacitação, com estudos, dedicação e foco!



De acordo com a Câmara Setorial de Equipamentos de Irrigação - CSEI - ABIMAQ em 2012 o Brasil incorporou mais 212 mil hectares irrigados, em uma taxa 21% maior que em 2011. Já em 2013 incorporamos 284 mil novos hectares, 34% mais do que em 2012 e em 2014, novos 221 mil hectares produziram sob sistemas de irrigação. Nestes últimos anos se consolidou a presença dos sistemas de irrigação tipo pivô central. Já os anos de 2014, 2015 e 2016, a crise hídrica pegou o setor em cheio o crescimento da área irrigada anualmente experimentou um declínio se considerado o desempenho dos anos anteriores e em 2015 recuamos para uma expansão de 187 mil novos hectares irrigados e retomamos o crescimento em 2016 com 218.500 novos hectares irrigados, mas incorporamos na última década anualmente mais de 180 mil hectares de área irrigada. Com todo este potencial de terras aptas à irrigação e mantido este ritmo de crescimento, levaríamos séculos anos para esgotar nossas potencialidades.


Aos estudantes e stakeholders da agricultura irrigada, pensem no fato de que com irrigação garantimos produtividades elevadas, a irrigação é ainda considerada uma das ações mitigadoras ao aquecimento global, tem ação agregadora da economia, temos agora o marco regulatório definido na Política Nacional de Irrigação, entre outros benefícios, então, BEM VINDOS à um mundo de oportunidades representada pela agricultura irrigada! Assim, fica a dica: vamos aproveitar a oportunidade e nos dedicar aos estudos, à capacitação técnica e vamos nos diferenciar, em cada área em que escolhemos atuar! Fé, obra e sucesso!

Em relação à disciplina de Irrigação e Drenagem, é recomendável um acompanhamento sistemático das aulas, não deixando para estudar somente na véspera da prova, pois operar a agricultura irrigada exige um conhecimento multidisciplinar. Na nossa primeira aula amanhã abordaremos as regras da disciplina, a bibliografia, as datas das provas, as atividades gerais e a introdução à agricultura irrigada e a irrigação. Também nas primeiras aulas faremos uma abordagem sobre o mundo dos negócios e as exigências do mercado de trabalho e a relação com o trabalho, liderança e empreendedorismo. Já estão disponíveis as ilustrações que usaremos em aulas ao longo do semestre. O roteiro de aula para o semestre e outras informações estão disponíveis na aba "Atividades Acadêmicas" do Canal da Irrigação.

Temos, além das aulas e da bibliografia da disciplina - nada deve substituir os livros textos recomendados - várias mídias de apoio que complementam os livros e são baseadas na Internet: este Blog (marcador "aula" principalmente) onde o estudante encontrará não somente informações sobre a agricultura irrigada e irrigação, mas também desde dicas de leitura/livros, de música (entretenimento) à como crescer na carreira. O Canal de Conteúdo da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira - ou simplesmente, Canal da Irrigação - traz os artigos publicados pela nossa equipe, fotos, ilustrações e acesso a todos os demais canais de mídia. As ilustrações utilizadas nas nossas aulas estão disponíveis também na aba Atividades Acadêmicas.


Principais produtos produzidos no campo brasileiro.



Canal CLIMA da UNESP Ilha Solteira oferece produtos que são gráficos e mapas de acompanhamento em tempo real de todas as estações e as principais variáveis climáticas, tais como temperatura, umidade do ar, velocidade e direção do vento, chuva, evapotranspiração, pressão atmosférica e radiação global e líquida, além da base histórica, tudo gratuito e com atualização a cada cinco minutos e é a parte visível da Rede Agrometeorológica do Noroeste Paulista foi implantada como parte do projeto “MODELAGEM DA PRODUTIVIDADE DA ÁGUA EM BACIAS HIDROGRÁFICAS COM MUDANÇAS DE USO DA TERRA”, financiado pela FAPESP. Por este canal facilmente se confere os números que mostram a mudança no tempo, de muito frio para a umidade relativa baixa, já crítica, que enfrentamos esta semana e sentida na garganta, nas narinas e nos olhos. Vários artigos técnicos já foram publicados a partir da execução deste projeto e estão disponíveis no canal TEXTOS TÉCNICOS do canal da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira e a TV Tem mostrou um dos nossos trabalhos que visa apoiar o uso eficiente da água. Confira!


No Canal YouTube da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira são ofertados videos que complementam as informações divulgadas de maneira escrita. Por fim, temos também a Fan Page da UNESP Ilha Solteira, onde divulgamos as últimas notícias produzidas pela nossa Equipe e as condições do tempo, quando se tornam adversas. Que tal CURTIR à na Fan Fage e ficar "antenado"? O nosso perfil no Facebook traz diariamente dicas de leitura, agricultura irrigada, negócios, música, cultura, entretenimento, carreiras, entre outros e ainda montamos Álbuns onde compartilhamos fotos sobre sistemas de irrigação, recursos hídricos, e muito mais. Fiquem a vontade para acompanhar-nos (Perfil Profissional e Institucional)! E apreciem sem moderação!

Datas das provas
1a. Prova (Peso 2) será em 16 de abril, a 2a. Prova (Peso 3) em 28 de maio e a 3a. Prova (Peso 3) em 25 de junho de 2018 e o Exame Final será em 2 de julho de 2018 às 10 horas. As P2 e P3 serão com matéria acumulativa e pode-se fazer consulta à material auxiliar. Todas as provas serão às 16:00 horas. Os seminários acontecerão nas manhãs dos dias das Provas.
MF = (2P1 + 3P2 + 3P3 + 2MR) / 10
MR = Seminários* e monografias** (* Notas diferentes para cada atividade, mas baseadas na média entre CONTEÚDO, MÍDIA e APRESENTAÇÃO; ** Pesos diferentes em função da dificuldade e a nota é a média entre CONTEÚDO, RECURSOS UTILIZADOS e APRESENTAÇÃO).

A probabilidade do teste T na correlação entre média das listas de exercícios e a média final do Primeiro Semestre de 2017 foi de 0,2%, comprovando mais uma vez as vantagens de investirem parte do tempo de estudos ao longo do semestre fazendo as listas propostas.

Como textos base para a nossas primeiras semanas de aula sugerimos os seguintes textos:


Comunicação e transparência de ações e do conhecimento
Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira para democratizar o conhecimento e a informação, utiliza diferentes linguagens na Internet para cumprir este propósito através do: Canal de ConteúdoCanal CLIMABLOGCanal YouTubeFan Page no Facebook, [Pod Irrigar] e IRRIGA-L Grupo de Discussão em Agricultura Irrigada.  Acreditamos que "que é preciso inovar, não dá só para copiar e é preciso criar uma nova empresa e reinventar o nosso setor, para tanto é fundamental a democratização e a transparência da informação, do conhecimento e de ações",  Também usamos de forma complementar nosso perfil do Facebook para divulgar nossos trabalhos de ensino, pesquisa e extensão e interagir com sociedade como um todo. Existem outros canais mantidos por outras Instituições como o Forum da Agricultura Irrigada. Também confira o vídeo sobre como aprimorar seu networking.


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