SAÍDA DE CAMPO: MONITORAMENTO QUANTITATIVO E QUALITATIVO DO CÓRREGO DO IPÊ E CINTURÃO VERDE

Nesta última segunda-feira (17/01/2011), a Equipe da Área de Hidráulica e Irrigação UNESP Ilha Solteira, foi a campo para realizar a avaliação da disponibilidade e a qualidade hídrica do Córrego do Ipê e Cinturão Verde, ambas localizadas no município de Ilha Solteira.

O monitoramento das micro bacias fazem parte do projeto "Monitoramento dos recursos hídricos na microbacia do Córrego do Ipê em Ilha Solteira" financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq.

O monitoramento do Córrego do Ipê é realizado em pontos distintos sendo nascente (Ponto 1), dois pontos intermediários que recebe influência urbana e rural (Ponto 2 e 3) e o último ponto que é o extremo, próximo ao Rio Paraná (Ponto 4). O Córrego do Cinturão Verde é monitorado em apenas um único ponto.

As coletas e medições de vazão são realizadas mensalmente. As análises são realizadas no Laboratório de Hidráulica e Irrigação UNESP Ilha Solteira com término de até 24 horas após a coleta.

Devido ao início das chuvas, a vazão aumentou significativamente nos pontos analisados (2 e 3), sendo em dezembro de 154 e 499 m3/h e em janeiro de 234 e 1880 m3/h, respectivamente. O Ponto 4 (Córrego Caçula) não foi possível realizar a medição da vazão devido a enchente no local.


Os análises realizadas são: Oxigênio Dissolvido, Dureza, Cálcio, Magnésio, pH, Ferro Total, Condutividade Elétrica, Turbidez, Sólidos Suspensos, Dissolvidos e totais, Coliformes Fecais e Totais, Nitrito, Nitrato e Sulfato.


Algumas análises como turbidez, coliforme fecal e total apresentaram valores muito acima da média mensal. Estes fatores estão relacionados ao excesso de chuva que favorece ao arraste de solo e dejetos aos corpos hídricos.

Nas imagens a seguir a evidência da importância e do efeito do uso de técnicas de conservação do solo na qualidade da água. No encontro entre os córregos do Ipê (monitorado deste a nascente) com o córrego que nasce na Fazenda Lagoinha (Córrego das Lagoas) e que passa por uma área atualmente totalmente conservada, com predominância de cana de açúcar, em contraponto ao passado, onde a pastagem prevalecia.

O encontro do Córrego do Ipê com o Córrego das Lagoas dá origem ao Córrego Caçula, onde se localiza o Ponto 4 de controle sistemático da qualidade da água e da vazão.

A água mais escura, com mais sedimentos é o córrego do Ipê, cuja microbacia é monitorada em quatro pontos de controle pela Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira, desde abril de 2006, por ser considerada como Zona de Interesse Estratégico de Ilha Solteira (1, 2, 3, 4).

Excesso de sedimentos no encontro das águas do Córrego das Lagoas com o Córrego do Ipê, onde terá início o Córrego Caçula (1). Este excesso de sedimento acarreta na formação de assoreamento e aumento da turbidez no corpo hídrico reduzindo assim a existência de vida aquática.

Outro análise que frequentemente apresenta valores acima do estabelecido como ideal e o ferro total (até 0,5 mg/l), que neste última análise apresentou até 3,6 mg/l no Ponto 3.




Agradeço o apoio do Doutorando Renato Franco pela ajuda nos trabalhos de campo.
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