CICLO DE SEMINÁRIOS: “SIG NA IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS IRRIGADAS NO NOROESTE PAULISTA”

Tamíris Azoia de Souza, apresentação de Seminário.

Iniciado no dia 11 de janeiro de 2011, o Ciclo de Seminários do LHI (Laboratório de Hidráulica e Irrigação) na UNESP Ilha Solteira-SP, e que semanalmente, entre 18 e 19 horas, um componente da equipe apresenta um tema com objetivos e foco nos projetos e atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidos pela Área de Hidráulica e Irrigação (AHI), desta feita foi a graduanda em Agronomia pela Universidade Estadual Paulista, Ilha Solteira, Tamíris Azoia de Souza, que apresentou no dia 13 de maio de 2011 sua palestra intitulada: “SIG NA IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS IRRIGADAS NO NOROESTE PAULISTA”.

Esta palestra foi realiza na sala de reuniões do LHI - Laboratório de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira.

O objetivo principal da palestra da aluna foi identificar, avaliar e caracterizar as áreas irrigadas por pivô central nas Bacias Hidrográficas do Turvo Grande, São José dos Dourados e Baixo Tietê para constituir o banco de dados relacional das áreas irrigadas, como base para estudos da evolução e aplicação de recursos financeiros e do uso da água na região noroeste paulista. A partir da constituição do banco de dados relacional tem-se como objetivo secundário confrontar as informações de áreas irrigadas com a estatística oficial fornecida pelo IBGE (2009) contida no Censo Agropecuário.

A estudante Tamíris mostrou o que é o SIG (Sistema de Informação Geográfica) ou GIS (Geographic Information System), ou seja, um sistema informatizado para capturar, armazenar, verificar, integrar, manipular, analisar e visualizar dados relacionados a posições na superfície terrestre, conjuntamente com o Sensoriamento Remoto (SR).


Além da importância do Sensoriamento Remoto (SR) conjuntamente com dados agrometeorológicos e Sistema de Informação Geográfica (SIG), onde podemos melhorar o manejo da água para irrigação, de forma adequada, bem como dos recursos hídricos de uma maneira geral, podendo-se fazer um acompanhamento do impacto causado pelas atividades da agricultura irrigada intensiva sob as condições ambientais.

Na oportunidade também, Souza lembrou o algoritmo SEBAL (Surface Energy Balance Algorithm for Land), que destaca-se dentre os modelos para obtenção e estimativa da Evapotranspiração (ET) em escala regional com a utilização de imagens de satélites, que pode utilizar áreas irrigadas por pivô central, além de executar um programa de aplicação racional da água, e envolvendo a variabilidade espacial da maioria das variáveis agrometeorológicas, e que pode ser aplicado em vários ecossistemas mundiais. O SEBAL requer dados de radiações espectrais nas faixas do visível, infravermelho próximo e infravermelho termal.

Outra importância e utilização do SIG (Sistema de Informação Geográfica), do ponto de vista ambiental, é que a inserção das informações captadas pelos diversos sensores remotos neste ambiente permitem um diagnóstico aprofundado das APP’s (Áreas Destinadas à Preservação Permanente), como a avaliação de sua situação legal e de sua viabilidade de adequação frente à recuperação de sua cobertura vegetal.

Foi apresentado na palestra as formas de processamento digital de imagens do SIG, mostrando a evolução da informática (dispositivos que suportam maciços volumes de dados, eficientes dispositivos de entrada e saída, capacidades de memória), além de Hardware, Software e da capacitação humana.

Um dos softwares foi o ILWIS, que é um sistema de informação geográfica que realiza o tratamento computacional de dados geográficos e armazenam a geometria e os atributos dos dados que estão georreferenciados. O software foi desenvolvido pelo International Institute for Aerospace Survey and Earth Sciences (ITC), da Holanda, possui as funções básicas de um SIG (Sistema de Informação Geográfica) e um módulo específico para o tratamento de dados digitais obtidos por meio das técnicas de Sensoriamento Remoto (VAN WESTEN, FARIFTEH, 1997).

Em novembro de 2010 o Professor Dr. Fernando Braz Tangerino Hernandez, da Área de Hidráulica e Irrigação (AHI) da UNESP Ilha Solteira-SP, esteve trabalhando na Utah State University, em Logan, Estados Unidos, onde integrou o esforço da instituição brasileira através das Pró-Reitorias de Pesquisa e Pós-Graduação, internacionalizando o conhecimento e a pesquisa, além do mais, produziu o primeiro artigo técnico sobre o algoritmo SEBAL pela Área de Hidráulica e Irrigação (AHI), de suma importância, foi apresentado nos Anais XV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto - SBSR, Curitiba, PR, Brasil, 30 de abril a 05 de maio de 2011, INPE, p. 5209, intitulado “AVALIAÇÃO PRELIMINAR DO MODELO SEBAL PARA A ESTIMATIVA DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO EM ÁREAS IRRIGADAS NO NOROESTE PAULISTA”, como autores Prof. Dr. Fernando Braz Tangerino Hernandez, Dr. Christopher Neale, Dr. Saleh Taghvaeian e Dr. Antônio Heriberto de Castro Teixeira.

Confira AQUI demais trabalhos aprovados pelo Comitê Técnico-Científico e apresentados pela equipe do LHI no SBSR 2011 - XV SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SENSORIAMENTO REMOTO.

Na foto: Prof. Dr. Fernando Tangerino, Gilmar, Jean e Marcus

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