ÓTIMA notícia: UNESP inaugura o maior sistema de processamento em rede da América Latina
A UNESP (Universidade Estadual Paulista) põe em operação a partir de hoje (25/09/2009) o maior conjunto de computadores usados para processamento em grupo na América Latina.
Com "clusters" (aglomerados) de máquinas espalhados em São Paulo, Botucatu, Araraquara, Bauru, São José do Rio Preto e Ilha Solteira, cientistas paulistas terão acesso agora a um sistema que na prática opera como se fosse um único supercomputador.
O poder de processamento do sistema é de 33,3 Teraflops: 33,3 trilhões de cálculos por segundo. "É o equivalente a 10 mil computadores domésticos padrão, com processador Pentium 4", diz Sérgio Novaes, professor do IFT (Instituto de Física Teórica) que coordena o projeto.
Batizado de GridUnesp, o sistema opera em esquema de "grid", que distribui as tarefas de cálculo entra as várias máquinas de acordo com o grau de ociosidade de cada uma delas.
Para descrever a capacidade de armazenamento do sistema, Novaes recorre a outra metáfora. "É igual a uma pilha de DVDs com a altura de um prédio de 18 andares."
A motivação do projeto, explica o professor, foi o aumento da demanda de áreas de pesquisa que requerem grande poder computacional. A UNESP já tem 14 projetos qualificados para usar a super-rede de processamento, indo da biologia de proteínas à física de partículas, passando pela meteorologia.
João Baptista Aparecido, especialista em mecânica de fluidos da Faculdade de Engenharia da UNESP de Ilha Solteira, é um dos cientistas que vai se beneficiar do novo "grid". A rede permitirá seu grupo de pesquisa atacar assuntos mais complexos e obter resultados mais rápido. "Alguns problemas requerem processamento de até 30 dias, e isso pode ser reduzido para três dias", afirma.
O controle do GridUnesp fica no novo prédio do IFT, na Barra Funda, onde está o maior dos sete "clusters". As unidades estão ligadas via fibra óptica em duas conexões de 10 Gbps. "É 5.000 vezes mais rápido que uma banda larga doméstica", diz Novaes.
O custo do projeto - que também será interligado a um "grid" dos Estados Unidos - foi de R$ 8 milhões, divididos entre a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência e Tecnologia) e a UNESP.
Fonte: RAFAEL GARCIA, na Folha de S.Paulo, 25 de outubro de 2009.
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