NOTÍCIAS BOAS DA NOSSA AGRICULTURA IRRIGADA E SEUS EFEITOS MULTIPLICADORES

Mais algumas notícias sobre a nossa agricultura irrigada, capaz de gerar riquezas e desenvolvimento sócio-econômico em menor tempo e com menos investimentos que outros setores, enquanto isso, na Amazônia, a hidropirataria (roubo de água por estrangeiros, na maioria das vezes, na forma de lastro de navios) fez com que a Superintendência da Polícia Federal no Pará acabe de criar um grupo de trabalho com aproximadamente 10 policiais das Delegacias de Imigração e Meio Ambiente para começar a fiscalizar, logo depois do Carnaval, a chamada bioinvasão ou biopirataria.

- Eficiência no uso da água ou produtividade da água: visando aumentar a quantidade de produtos agrícolas por unidade de água aplicada, a CODEVASF incentiva irrigantes do Perímetro de Irrigação de Mandacaru, no município de Juazeiro (BA) a substituírem sistema de irrigação por gravidade pelo sistema de gotejamento. A sugestão é baseada no trabalho realizado pelos Engenheiros Agrônomos Rodrigo Ribeiro Franco Vieira (Codevasf de Juazeiro) e Frederico Calazans e pelo Engenheiro Eletricista Juan Ramon Fleischmann, que desenvolveram uma metodologia mais eficiente de uso da água na irrigação, com menor consumo de energia e menor impacto ambiental. O estudo durou 8 meses, ao fim do qual do acompanhamento foi constatada uma diminuição na vazão utilizada de 20 litros por segundo para 7 l/s, além da economia de 52% da água empregada com a redução de 8,4 milhões de m³ para 4 milhões de m³. Outros resultados que são esperados também com a adoção do sistema é a redução dos custos com energia elétrica para o projeto, em torno de 36%; a redução dos custos de produção -aproximadamente 36%; diminuição dos riscos de salinização do solo; combate ao desperdício de água e ao carreamento de produtos químicos para o leito do rio São Francisco. Os engenheiros que desenvolveram o sistema destacam também como aspecto positivo o aproveitamento racional dos recursos naturais, sobretudo água e solo.

- Senador Marconi Perillo divulga os efeitos da irrigação em Goiás: A agricultura irrigada está em pleno desenvolvimento em Goiás. A área irrigada sob pivô, passou de 56 mil hectares em 1998 para 113 mil em 2005, apresentando elevada capacidade de expansão e gerando demandas nas diversas áreas da engenharia agrícola. A diversidade de produtos irrigados é notável. Maior ênfase, entretanto, é dada a culturas como tomate industrial, feijão, trigo, milho doce e café.

Projetos públicos de irrigação, sob a coordenação da Secretaria do Planejamento e Desenvolvimentos do Estado de Goiás

1 - Projeto de Irrigação Luís Alves do Araguaia
Localização: Povoado de Luís Alves do Araguaia – Município de São Miguel do Araguaia - GO.
Recursos hídricos: Rio Araguaia.
Métodos de irrigação: superficial / inundação - usado no período chuvoso para a cultura de arroz e subsuperficial - usado na entressafra para as demais culturas.
Principais Culturas: Arroz, soja, melancia e milho.

Etapas do Projeto:
• 1ª etapa: 2.182 ha totalmente implantados e divididos em 36 lotes familiares, 1 lote para as associações de barqueiros e moradores locais e 1 lote para pesquisa agropecuária.
• 2ª etapa: 7.385 ha - em fase de implantação.
• 3ª etapa: 6.744 ha - ainda não iniciada.

Programa ambiental: cumprimento rigoroso das exigências do IBAMA, constantes da Licença de Operação, com efetivo controle de agroquímicos, construção de depósitos de embalagens tóxicas, normas de operação e manutenção de área do projeto e efetivação da unidade de conservação ambiental.
Investimentos Realizados: R$ 35 milhões União e R$ 3,9 milhões (Estado)

2 - Projeto de Irrigação Flores de Goiás
Localização: Região do Vão do Paranã, no Nordeste Goiano.
Municípios de abrangência: Formosa, São João D’Aliança e Flores de Goiás.
Método de irrigação: superficial, com possibilidade de aspersão, gotejamento e sulco.
Recursos hídricos: rios Paranã e Macacão e ribeirões Extrema, Porteira, Caixa, Farias, Piripiri, Amendoim e Riacho Seco.
Principais Culturas: Arroz, feijão e melancia com potencial para milho, soja, banana, pecuária intensiva e piscicultura entre outras.
Investimentos Realizados: R$ 43,2 milhões (União) e R$ 4,8 milhões (Estado)
• Destacam-se ainda o Projeto Três Barras em Cristalina: R$ 26,9 milhões (União) R$ 3 milhões (Estado)

- Para a CONAB, clima favorável na safra amplia produtividade e colheita será de 143,095 milhões de toneladas de grãos (2009/2010), 5,9% acima do total do ciclo 2008/09 (135,135 milhões): Mesmo com chuvas em municípios do Centro-Sul do país em janeiro, o desenvolvimento das lavouras de grãos continuou favorável, com reflexos bastante positivos sobre a produtividade de culturas como soja, milho e algodão - com reflexos positivos na produção total estimada para a safra 2009/10, que está sendo colhida.
Novo levantamento da Conab aponta para uma colheita de 143,095 milhões de toneladas de grãos nesta temporada, 1,2% a mais que o volume projetado a partir da pesquisa anterior e 5,9% acima do total do ciclo 2008/09 (135,135 milhões), que foi prejudicado por uma prolongada e severa estiagem nos Estados do Sul e em áreas de Mato Grosso do Sul.
Como a área plantada manteve-se praticamente estável em relação à safra passada e à previsão anterior para a temporada atual, em 47,652 milhões de hectares, o ganho projetado decorre de elevações de produtividade, muito superiores aos dados da safra 2008/09, que agonizou por causa da seca.
Para a soja, a Conab calcula uma expansão da área plantada de 6,7% no ciclo - o único avanço entre as principais culturas pesquisadas, sinalizando uma colheita recorde, de 66,733 milhões, com produtividade média das lavouras brasileiras aumentando 9,4%, e chegando 2.875 quilos por hectare.
No caso do milho, o novo levantamento da Conab, a expectativa é de uma colheita total de 51,363 milhões de toneladas.
O arroz, sobretudo o plantado em terras gaúchas a Conab alerta que "Se recuperaram os mananciais que fornecem água para irrigação na região Sul, as grandes precipitações prejudicaram as lavouras" com alagamentos e áreas mais baixas próximas às margens dos rios. Com isso, a produção nacional deverá atingir 11,508 milhões de toneladas.
Já o IBGE divulgou que a colheita brasileira de grãos, leguminosas e oleaginosas deverá alcançar 143,4 milhões de toneladas, 7,2% mais que no ano passado. O IBGE calcula uma área plantada total maior que a estimada pela Conab. O IBGE projeta 48,1 milhões de hectares plantados com grãos.


- Um pouco de geografia: a maior ofensiva militar contra o Talibão tem como alvo a Província de Helmand no Afeganistão, com Marjah posicionado no coração da produção de ópio do Afeganistão, a única colheita que permite largas somas de dinheiro aos camponeses locais, em uma faixa densamente irrigada, explorada a partir do sistema de irrigação construído na década de 1950 com o auxílio dos EUA, destinado a transformar o centro do vale rio Helmand em uma “cesta de pão”. Veja algumas das áreas irrigadas no Afeganistão!

- Já a seca traz prejuízos à lavoura e restrição ao uso de água no Espírito Santo: a estiagem prolongada de 102 dias, em um período tradicionalmente chuvoso e a temperatura muito acima da média, que configurou uma anomalia climática, resultou em sérios prejuízos para agricultores e pecuaristas no Espírito Santo. De acordo com os dados divulgados pelo Secretário Estadual de Agricultura, Enio Bergoli, a quebra de produção foi constatada em várias culturas e o prejuízo para os agricultores e pecuaristas já chega a R$ 401 milhões. O café, a principal atividade agrícola do Estado foi a cultura mais prejudicada com perda de 30% e prejuízo de R$ 347 milhões. Um número estimado entre 80 a 90 mil agricultores e pecuaristas foram afetados pela estiagem, estima Bergoli.

- Mas com a água não se brinca! Do mesmo jeito que ela constrói riquezas e mantém toda a nossa fauna e flora em atividade, sendo o nosso maior bem (veja artigo que a compara com o petróleo), conservá-la não tem sido a grande preocupação dos nossos administradores públicos e privados, que não colocam em seus planejamentos ações estratégicas que possam mantê-la em uma determinada região de interesse em maior quantidade na estação seca ou por outro lado, retê-la na estação chuvosa sem que tenhamos prejuízos, como temos vistos nestes últimos meses.

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