QUANDO A AGRICULTURA IRRIGADA É NOTÍCIA

O Canal Rural apresenta uma série de reportagens sobre os desafios da agricultura irrigada nos Estados Unidos. Veja o trabalho em texto e vídeo do Jornalista Marcelo Lara nos Estado de Nebraska, Arkansas, Tenessi e Missouri (EUA):
Os Estados Unidos se mantém como celeiro do mundo. É um país preparado para produzir. Tem logística: trens cortam as ferrovias, em meio às lavouras. As barcaças navegam pelo rio Mississipi que tem, em suas margens, a estrutura para escoar a safra. Nas propriedades, lá estão os silos para armazenar e garantir uma comercialização escalonada, e os caminhões trafegam em ótimas rodovias sem perder nada pelo caminho.
É o básico que o setor precisa e que os produtores brasileiros desejam ter. Mas, por trás disso, está um suporte vital para garantir a produção com o mínimo de risco: a água. MAIS...
O sistema de pivô é usado em 80% das lavouras irrigadas nos Estados Unidos. Na propriedade do produtor Greig Philips, os canais de água passam entre as lavouras. Ele vem expandindo a produção nos últimos três anos. Como estímulo a mais para ele, o filho, que acaba de sair da universidade, decidiu trabalhar no campo.
De acordo com o produtor, os custos para bombeamento da água dos canais de irrigação são menores se comparados com a retirada do subsolo. O custo fixo e a disponibilidade determinam onde ele vai tirar a água em cada safra. O produtor procura seguir o que determinam as leis do Estado do Nebraska com relação aos recursos hídricos. MAIS...
Os Estados Unidos servem de referência para os países que querem avançar na produção com tecnologia. Na área de pesquisa e estudos, a reportagem do Canal Rural encontrou o brasileiro Luciano Shiratsuchi, que está na Universidade de Nebraska fazendo doutorado em agricultura de precisão. MAIS...
Irrigar uma lavoura e fazer chover quando precisa exige investimento e planejamento. Fred Ferrel, de 69 anos, trabalha há 33 na venda de equipamentos de última geração em pivôs. Antes disso, ele já era produtor rural e engenheiro agrônomo e, hoje, passa toda sua experiência em palestras - como as que ocorreram no "Um Dia de Campo", acompanhado pela reportagem do Canal Rural. MAIS...
Quem olha uma lavoura sendo irrigada, com o sistema em pleno funcionamento, pode imaginar que se trata de um equipamento simples. Mas é no detalhe que as pesquisas revelam a importância de cada componente dos pivôs, que fazem chover em plena seca. Os bicos aspersores são exemplos disso. O sistema que faz o processo final da irrigação precisa combinar vento, tamanho de gota e tipo de solo.
"A escolha certa é baseada no triângulo agronômico de proteger o solo, atender à planta e ter uso sustentável da água. Quando você faz uma seleção errada de bicos, pode provocar muita compactação, muita erosão e pode reduzir a quantidade de oxigênio disponível para as raízes das plantas, quando forma uma crosta acima da superfície", afirma Pablo Herrera, vendedor de equipamentos.
O avanço na agricultura irrigada passa pela automação. Um exemplo de pivô linear é o que o produtor pode comandar todo o sistema através de um computador de casa ou pelo smartphone. À distância, ele determina a velocidade da irrigação e a quantidade de água na lavoura. MAIS...

* CSEI/Abimaq e Abid promovem workshop sobre irrigação no Brasil e o evento divulgará resultados de estudo setorial realizado pelo Pensa/FIA. A Câmara Setorial de Equipamentos de Irrigação da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (CSEI/Abimaq) e a Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem (Abid) promoverão workshop, dia 9 de novembro, às 8h30, na FIA/USP (Rua Navarro de Andrade, 152, travessa da Rua Pedroso de Morais, tel. 3894-5000). Na ocasião, serão divulgados os resultados da primeira etapa do estudo setorial sobre O Setor da Irrigação no Brasil: Desafio e Perspectivas Futuras, desenvolvido pelo Pensa/FIA.
O objetivo do estudo é avaliar a irrigação no País e a ação dos agentes para o desenvolvimento setorial. A CSEI/Abimaq e a Abid pretendem mostrar o custo de não irrigar no Brasil, considerando que atualmente são irrigados apenas 4 milhões de hectares, de um potencial de quase 30 milhões.
Segundo Marcelo Lopes, presidente da CSEI/Abimaq, as informações levantadas no trabalho serão de fundamental importância para o balizamento e o desenvolvimento de modernas políticas públicas e privadas para a expansão da irrigação no País e a consequente ampliação e garantia da oferta de alimentos.

O governo deveria comprar de 3 mil a 4 mil gigalitros de água dos irrigadores e desviá-los de volta ao sistema de rios, o que reduziria a produção agrícola em 13% e custaria 800 empregos, segundo a Autoridade da Bacia Murray-Darling. "O ambiente não teve [uma quantidade de] água significativa por décadas", destacou o informe. "A possibilidade real de falência ambiental agora ameaça a viabilidade econômica e social de longo prazo de muitos setores e a força econômica, social e cultural de muitas comunidades."
A Bacia Murray-Darling cobre quatro Estados australianos e uma área de 1,06 milhão de metros quadrados, equivalente a quase 1,5 vez ao Texas. Cerca de 93% dos alimentos frescos do país vêm da região, que produz exportações de gado e colheitas no valor de US$ 14,8 bilhões, segundo o governo.
Os agricultores ganham cotas de volumes determinados de água para irrigação. O plano de recompra da água pelo governo custaria até 4 bilhões de dólares australianos, pelos preços atuais, segundo a autoridade. MAIS...


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