Novas Avaliações dos Sistemas de Irrigação na microbacia do córrego do Coqueiro

Neste última segunda-feira dia 20 de dezembro, parte da equipe da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP de Ilha Solteira, voltou a campo para prosseguir com as avaliações do projeto de Desempenho dos Sistemas de Irrigação dos irrigantes do córrego do Coqueiro, projeto este financiado pela FAPESP.

Antes de avaliarmos o primeiro sistema, visitamos cinco propriedades, destas, duas propriedades estavam fechadas, duas não possuiam mais sistemas de irrigação e em uma o produtor, mesmo possuindo a Outorga do uso da água não quis participar do nosso projeto por achar que nosso trabalho estaria relacionado à uma possível taxa de cobrança pelo uso da água.

Esta é uma constante preocupação entre os produtores que visitamos, onde estes muitas vezes demoram um certo tempo até entenderem que há nenhuma ligação entre os objetivo do projeto a cobrança do uso da água. O que estamos avaliando são as condições de operação dos sistemas de irrigação como base para a elaboração de programas de manejo ou uso racional da água.

Conhecendo-se as necessidades de água das culturas, obtidas a partir da evapotranspiração de referência fornecida pela estação agrometeorológica operada pela UNESP Ilha Solteira em Marinópolis e sabendo-se qual a capacidade do sistema de irrigação, pode-se definir o tempo exato de irrigação. Também, conhecendo-se a uniformidade de distribuição da água na área irrigada sabe-se também se o projeto do sistema de irrigação está adequado ou não e pode-se também adotar as medidas necessárias para melhorá-lo.

Por exemplo: se uma cultura precisa de 10 milímetros para satisfazer as necessidades de água das plantas e o produtor dispõe de um sistema de irrigação capaz de entregar 5,0 milímetros por hora, o tempo de irrigação adequado é de 0,5 hora.

Em 2011 a Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira passará a operar 9 estações agrometeorológicas ao invés das duas atuais, levando mais oportunidades aos irrigantes para se fazer o uso eficiente e racional da água. Em dezembro, ainda fase de testes, foi instalada a estação de Paranapuã, operando em parceria com a Família Costa Mello. Em janeiro, estes dados da região de Paranapuã já estarão sendo disponibilizados aos interessados.

Neste dia avaliamos cinco sistemas de irrigação divididos em duas propriedades. Na primeira propriedade avaliamos três sistemas de microaspersão invertida, sendo dois sistemas em um hectare de Uva Itália e Benitaka e outro sistema em 0,03 hectares de Maracujá Azedo.

Avaliação da distância entre plantas.

Na segunda propriedade avaliada encontramos uma parreira de uva de 0,5 hectares com microaspersão invertida, onde foi preciso avaliamos os dois setores de irrigação em que a parreira era dividida, como dois setores diferentes pois os emissores não eram iguais.

Ao final de cada avaliação aproveitamos o clima de Natal para nos despedirmos dos produtores dando um panetone como um pequeno símbolo do nosso agradecimento e dos nossos votos de um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo.


Na volta para Ilha Solteira tivemos uma pequena surpresa ao encontrarmos uma cobra sucuri (Eunectes murinus) com aproximadamente dois metros de comprimento que estava atravessando a estrada.
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