SEMINÁRIOS E OPORTUNIDADES

A semana começa com a agenda cheia, especialmente relatórios das atividades de ensino, pesquisa e extensão ainda de 2010, o Jean chega com as novidades do Campus Party, tem o seminário da AHI na terça-feira, as 18 horas e ainda, com a proximidade do início das aulas, sempre é bom refletir sobre o nosso comportamento, tanto como estudante, como Professor.

É fato que o Brasil vive um crise de bons profissionais em várias áreas do conhecimento. O assunto já foi aqui abordado outras vezes, mas é fato que temos também o problema da empregabilidade. Se por um lado, faltam profissionais para várias áreas, muitas vagas também não são preenchidas pelo ausência de profissionais qualificados, agravando ainda mais o problema.

Dessa maneira, qualificar cada vez mais nosso alunos é fundamental, ao mesmo tempo, nossos alunos não devem perder as oportunidades que lhe são concedidas, desde as tradicionais e obrigatórias aulas, até a participação em estágios e eventos técnicos e científicos.

Nesta direção a AHI tem investido pesado na formação dos nossos Orientados, com apoio à participação em diferentes eventos e desenvolvendo pesquisas aplicadas. Um exemplo é o Ciclo de seminários da AHI, aberto aos interessados, acontece todas as terças-feira, no LHI, entre 18 e 19 horas, oportunidade em que nossos Orientados se dedicam a preparar o tema, estudar seus dados e informações ligadas às suas atividades de pesquisa e extensão.

Esta semana o tema será "Sistema de aquisição, compilação e disponibilização de dados agrometeorológicos na região noroeste paulista" a ser proferido pelo Analista de Sistemas Jean Carlos Quaresma Mariano, Bolsista da FAPESP na modalidade TT4, que abordará seu trabalho de modelagem para sistema de aquisição de dados agrometeorológico que está sendo desenvolvido pela AHI de modo a fazer a aquisição, o processamento e oferta dos dados climáticos da região noroeste paulista à todos os interessados, via Internet. Confira os demais seminários.

Outro bom exemplo de dedicação e interação de conhecimento é a postagem feita pelo nosso Orientado Renato Franco sobre os trabalhos na microbacia do córrego do Coqueiro, a mesma em que Diego estará se reunindo comigo as 11 horas, para discutirmos os resultados das avaliações dos sistemas de irrigação, ou seja, a base para o estabelecimento de programas de manejo da irrigação, ou seja, determinar adequadamente o tempo de irrigação para que se tenha o uso eficiente. Os trabalhos citados tem apoio financeiro do CNPq e FAPESP.

Muitos locais investem em Laboratórios Móveis de Irrigação (1), que fazem este trabalho de verificar como se está usando o sistema de irrigação, veja um exemplo no artigo "Mobile Irrigation Lab Helps Growers Improve Efficiency and Conserve Water" realizado pelo The Southwest Florida Water Management District e também "Increasing Water Use Efficiency with Mobile Irrigation Labs" publicado pela Resource Conservation District Assistance da California.


EMPREGOS
Se a competição por empregos já é difícil, imagina se tivermos aqui, os profissionais que não estão encontrando empregos em seus países pela crise financeira? Devemos nos preparar com certeza e o caminho mais eficiente, é nos capacitando. Veja as matérias na Folha de São Paulo de 23 de janeiro de 2011 sobre o tema.

O artigo de Elio Gaspari, também na Folha de São Paulo de ontem, é um convite à reflexão e à definição de atitudes. Lembramos que o sucesso depende do CHA - Competência, Habilidade e Atitude. Confira o artigo com a análise do livro sobre o fundador do Facebook. Para quem compra e-books, a edição americana de "The Facebook Effect" está na internet por US$ 12,99.


País rico oferece mão de obra ao Brasil - Governos e entidades de classe do exterior contatam empresários no país para tentar enviar trabalhadores qualificados

Com a falta de mão de obra qualificada no Brasil e o excesso de profissionais sem emprego nos países ricos em razão da crise, governos e entidades de classe do exterior têm contatado empresários e associações de engenheiros e arquitetos nacionais para oferecer trabalhadores.

O MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) faz a intermediação de alguns desses encontros, como aconteceu em novembro, com representantes dos Estados Unidos. Outros estão sendo feitos diretamente.

Reunidos na Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, a convite do MDIC, empresários assistiram a uma exposição por videoconferência sobre o perfil e a qualificação das empresas americanas na área de arquitetura e engenharia. "Eles mostraram que têm ociosidade e capacidade para trazer profissionais e empresas para trabalhar aqui", disse José Carlos Martins, vice-presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), que participou do encontro.

CRISE
"Em razão da crise lá fora, há interesse brutal desses profissionais em vir para cá", afirmou Marcos Túlio de Melo, presidente do Confea (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), também presente ao encontro.

Dos brasileiros os estrangeiros ouviram detalhamento dos investimentos previstos nas áreas de energia, transporte, habitação e saneamento, além do passo a passo de um longo e caro processo para validar diplomas e obter autorização para trabalhar no país. O tempo pode chegar a oitos meses, e o custo, passar de R$ 15 mil.

A fila de espera para entrada no país inclui engenheiros e arquitetos americanos, espanhóis, italianos, portugueses e ingleses, além de chilenos e argentinos.

CONTRAPARTIDAS
Para o Brasil, encurtar esse processo depende de contrapartidas. Representantes dos trabalhadores querem aproveitar o interesse e abrir oportunidades para brasileiros nesses países ricos. "Eles tiveram seu momento de expansão e não flexibilizaram [regras] para a gente. Pode ser feito um acordo bilateral de longo prazo. Hoje, a gente não consegue entrar no mercado europeu", disse Melo, que já se reuniu com representantes dos EUA, da Espanha, do Chile e de Portugal e aguarda um encontro formal com o Reino Unido.

"Queremos contrapartidas e aguardamos manifestação deles", disse. Segundo ele, o número de pedidos de registro de estrangeiros triplicou em 2010.

Procurado por representantes da Itália, da Espanha e da Argentina, o presidente do Crea (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) do Paraná, Álvaro Cabrini, disse que todos ficaram de formalizar os pedidos, "mas até agora não chegou nada". "Tenho recebido pedidos para validar diplomas de engenheiros, mas do Mercosul, principalmente, da Argentina."

Em novembro do ano passado, ele se reuniu com o cônsul argentino para negociar um acordo bilateral que simplifique o processo de entrada no Brasil. "O Confea exige tradução do diploma, o que tem um custo de R$ 8.000 a R$ 15 mil. Podemos abrir mão disso, já que, no processo, uma universidade já validou o diploma. Isso facilita o trânsito."

Mas diz que "há resistências da Argentina em receber profissionais brasileiros".




Sem projeto, país vive apagão de talentos - Profissionais são despreparados para a nova empresa, que exige trabalhador que pense com liberdade e autonomia - Tarefa de capacitar gestores que saibam enfrentar os desafios impostos por novas formas de produção de valor deve ser uma ação de continuidade


Aparentemente, o fato de o governo buscar facilitar a entrada do capital intelectual estrangeiro para atender as demandas internas do país pode nos parecer que se trata somente de um sinal do vigor atual da nossa economia.

Isso procederia, não fosse pelo fato de essa necessidade sinalizar muito mais a falta histórica de um projeto de país que tenha considerado a educação como fator-chave para a formação de especialistas em várias áreas do conhecimento, que hoje são tão necessários.
Primeiramente, devemos nos questionar se, de fato, estamos capturando os melhores cérebros lá fora.

Economias mais competitivas promovem a caça dos cérebros mais brilhantes para alavancar a inovação. Sabemos que, geralmente, não é esse o processo que está acontecendo no Brasil.
Estamos precisando de pessoas com boa formação superior para trabalhar, muitas vezes, em indústrias de baixo valor agregado.

O que mais nos impressiona é que, tantos anos depois de Paulo Freire ter denunciado os ameaçadores defeitos do nosso modelo autoritário de educação, tenhamos feito tão pouco progresso em remover esses entraves.

Somada a nossa contemporânea complacência em relação a uma educação baseada em valores, temos formado profissionais com perfil bastante inadequado para as demandas das empresas contemporâneas.

Salvo honrosas exceções, temos formado legiões de alunos despreparados para o desafio daquilo que se convencionou chamar de Capitalismo do Conhecimento.

Mais do que conteúdos, a nova empresa precisa de profissionais capazes de pensar com liberdade e autonomia.

De se autogerenciar para entregar resultados complexos em cenários imprevisíveis.
A nossa experiência em consultoria nos permite dizer que vivemos algo semelhante a um apagão de talentos.

A falta de um projeto educacional atrelado a um projeto de país que contemple a educação como fator estratégico para o desenvolvimento sustentável da nação nos coloca em forte desvantagem ante outros países, especialmente os asiáticos como a China e a Índia, que estão sabendo colocar na educação o seu projeto de futuro.

Contribuem para essa desvantagem a ausência de valores de produtividade do trabalho e a falta de disseminação da ideia de que a escola precisa ser comunidade de excelência, em que cada indivíduo importa pela capacidade de contribuir com seu talento e fazer a diferença.

A tarefa de capacitar gestores que saibam enfrentar os desafios impostos por novas formas de produção de valor, por meio da aplicação intensiva do conhecimento e de engenheiros e demais profissionais de formação técnica aplicada, deve ser entendida como uma ação de continuidade.
Isso deve ser viabilizado via um projeto educacional que tem o seu início na escola primária, quando os valores que orientam os indivíduos estão sendo sedimentados.

MARCO TULIO ZANINI é consultor de empresas e coordenador do mestrado executivo em Gestão Empresarial da Ebape-FGV.


Livro ensina como Mark virou Zuckerberg - Sem o charme do filme "A Rede Social", "Efeito Facebook" é aula de administração de negócio

Por ELIO GASPARI, na Folha de São Paulo, em 23/01/2011, p.A.10.

Dentro de poucas semanas chegará às livrarias brasileiras "O Efeito Facebook", do jornalista David Kirkpatrick. É a história do fenômeno criado por Mark Zuckerberg. Para quem viu "A Rede Social" ou leu "Bilionários por Acaso", explica o que fez daquele garoto avoado e mal vestido um dos homens mais ricos do mundo.

Em sete anos, sua rede, nascida num dormitório de Harvard, juntou 500 milhões de usuários ativos, emprega 1.400 pessoas e vale US$ 50 bilhões. É uma aula.

"Efeito Facebook" evitou os adornos folclóricos (ainda que reais) do filme e não centralizou a narrativa na briga com os gêmeos Winklevoss, que acusam Zuckerberg de lhes ter roubado a ideia, nem na disputa com o brasileiro Eduardo Saverin, que foi afastado da gerência comercial do empreendimento, com US$ 2,5 bilhões no bolso. Kirkpatrick, ex-editor da revista "Fortune", entrevistou Zuckerberg, mas não falou com os gêmeos nem com Saverin.

Seu livro ajuda a buscar resposta para uma pergunta: o que é que transformou Mark Zuckerberg em Mark Zuckerberg?

Hipótese: como Bill Gates, Sergey Brin e Larry Page (a dupla do Google), ele inventou uma novidade genial, e o resto veio junto.

Falso, tanto no caso dele como no dos outros três. Todos tiveram boas ideias, mas não inventaram nada. O sucesso do Facebook, como o da Microsoft e o do Google, é produto de alguma sorte, uma ideia simples obsessivamente aperfeiçoada, e muito trabalho.
Zuckerberg ralou. Quando foi aceito em Harvard, tinha um currículo de aluno excepcional.

Em 2003, aos 19 anos, fazia um bico no David Rockefeller Center for Latin American Studies, programando o acesso on-line de candidatos às bolsas de Jorge Paulo Lemann e conectando impressoras encrencadas.

No ano seguinte, criou uma rede social exclusiva para estudantes, professores e funcionários de Harvard, um dos maiores símbolos da elite americana. Em três semanas, juntou 6.000 usuários.
Depois, expandiu-se para outras escolas, todas selecionadas pela fama. Nascera um produto da elite, para a elite e pela elite. Coco Chanel fez o mesmo com o seu "nº 5", nos anos 20.
Essa é a parte saborosa da história, mas Zuckerberg virou Zuckerberg por decisões muito mais relevantes.

Cinco delas:
1) Quando o negócio mal começara, botou a sociedade no papel e ficou com 65% da empresa. Até hoje ele controla a companhia, dominando o Conselho de Administração. (Steve Jobs não fez o mesmo na Apple e foi defenestrado em 1985, retornando 11 anos depois.)
2) Diante do sucesso, percebeu que devia cuidar de Sua Excelência, o Usuário. Até bem pouco tempo, todo o dinheiro que conseguiu foi investido no aluguel de servidores para a rede, impedindo que o sucesso a congestionasse.
3) Ele calibrou a expansão do negócio e obrigou os anunciantes a se adaptar aos seus critérios de sociabilidade. Com isso, está revolucionando o mercado.
4) Quando poderia acreditar que o Facebook estava pronto, foi adiante. Cruzou as informações dos usuários, abriu o site para fotos e hospedou aplicativos. Seguiu a escrita segundo a qual, na internet, tudo o que é aberto, grátis (ou barato), prospera. Quem quer abarcar o mundo fica para trás. (Por exemplo, a Microsoft e, quem sabe, a Apple daqui a muitos anos.)
5) Zuckerberger teve fé no próprio taco. Recusou US$ 10 milhões quando o site não completara um ano e, mais tarde, não o vendeu por US$ 800 milhões para o Yahoo!, nem por US$ 1,5 bilhão para a Viacom. Mais: afastou-se dos executivos que preferiam vender a empresa.

"Efeito Facebook" não ensina como virar Zuckerberg, mas mostra como o segredo está mais no trabalho e na firmeza do que na genialidade. No entanto, que o moço é esquisito, não há dúvida.

Quando sua namorada reclamou da sua falta de atenção, contratou que passariam cem minutos semanais a sós, e teriam ao menos um encontro fora da empresa ou da casa dele.

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