Artigo: Nota vermelha
É triste constatar que nossa classe política/pública na quase totalidade das vezes só reage depois da porta estar escancarada e que poucos são exemplos de planejamento e antecipação aos fatos.
Ficando apenas em exemplos regionais para não alongar muito, quantos brasileiros morreram nos últimos 10 anos na Rodovia Euclides da Cunha e quantos vão morrer em acidentes na Rodovia Feliciano Sales Cunha, por onde passamos ontem a noite, e mais, quanto da nossa produção é prejudicada pela saturação destas Rodovias, que há anos exigem duplicação?
Quantos projetos ambientais estão na gaveta ou ainda nem foram colocados no papel para que tenhamos a preservação ou recuperação ambiental? Quantos córregos deverão ser assoreados para iniciarmos ações efetivas para a preservação dos nossos recursos hídricos? Quantos investimentos são urgentes e se arrastam?
Tudo isso somado, parabenizamos a Jornalista ELIANE CANTANHÊDE na Folha de São Paulo de domingo (29/05/2011) pelo o retrato realista do nosso país que só quer ser grande da boca para fora. Pequenos gestos fazem a diferença e são essenciais para grandes ações! Confira o artigo!
Nota vermelha
A melhor declaração da semana passada foi a do presidente americano, Barack Obama, para quem a China, a Índia e o Brasil são emergentes até bem bacanas, mas estão muito longe de fazer frente à hegemonia dos Estados Unidos e do Reino Unido. Alguém há de questionar?
Os Brics (excluídas a Rússia, que não se vê como "emergente", e a África do Sul, que acaba de chegar) de fato vêm fazendo bonito na economia, e as projeções indicam que o furacão China deve ultrapassar os EUA até 2020. Mas hegemonias não se fazem apenas com PIB.
O que a China tem na economia não tem na política e está muito longe de ser uma democracia. Já a Índia é craque em tecnologia, especialmente em informática, mas abriga milhões de miseráveis famintos. E o Brasil caminha com a rapidez de uma lebre para ser a quarta maior economia do mundo e com a morosidade de um cágado para se tornar um país moderno.
Nada poderia ilustrar melhor o estágio brasileiro do que a própria semana em que Obama fez a comparação dos Brics com os EUA: o principal ministro atolado em mais um escândalo; os órgãos do governo se esquivando de apurar; a presidente da República tutelada pelo antecessor; o vice-presidente aos gritos com o chefe da Casa Civil; o Código Florestal em chamas; as idas e vindas do kit anti-homofobia para as escolas.
Na área urbana, um assassino confesso, mas poderoso, foi preso depois de 11 anos de recursos e só deve ficar dois na cadeia. No campo, o assassinato de três líderes rurais: José Cláudio Ribeiro da Silva e sua mulher, Maria do Espírito Santo da Silva, no Pará, e Adelino Ramos, em Rondônia.
Ou seja: há crises e falhas graves no Executivo, no Legislativo e no Judiciário. Não é assim que o Brasil vai conseguir um lugar ao sol e um assento no Conselho Permanente da ONU para ensinar ao mundo o que é paz, justiça e dignidade. Primeiro, precisa fazer a lição de casa.
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E no sítio do Movimento Brasil Eficiente tem mais: "O importante é mostrar como a carga de impostos atrasa o país”, diz em hoje em entrevista ao O Economista, o empresário Carlos Schneider, coordenador do Movimento Brasil Eficiente, que abordou as ações que o MBE tem feito para obter apoio de empresários e políticos para o movimento.
Schneider também revelou que sensibilizar a população é essencial para o sucesso de qualquer ação desenvolvida pela sociedade com esse objetivo.
E essa é uma das bases do Brasil Eficiente, já que uma pesquisa, feita pelo MBE, apontou que 80% da população acredita não pagar impostos. “Para que a população seja mobilizada, ela precisa saber que paga tributos. O importante é mostrar como a carga de impostos atrasa o país”. A entrevista completa pode ser conferida no link do O Economista, confira.
Bom dia Tangerino. O assunto deve ser discutido com máxima urgência, ou seremos passados para trás em um curto espaço de tempo. Boa dica! Abraços Maurício
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