Água em quantidade e qualidade

"A demofobia foi derrotada, mas a demagogia não é remédio para a democratização do ensino superior" (Elio Gasperi, FSP, 19/08/2012, p.A16)

Visitamos esta semana (dia 20) na aula prática sobre qualidade e hidrometria a microbacia hidrográfica do Cinturão Verde de Ilha Solteira. Abordaremos iniciamente o planejamento dos recursos hídricos considerando a microbacia como unidade de gestão, a Lei das Águas e seus instrumentos, o Comitê da Bacia Hidrográfica e qualidade e disponibilidade da água para irrigação foram ensinadas na prática e também em sala de aula, onde discutimos os principais problemas do ponto de vista biológico, físico e químico da água. A vazão medida pelos grupos variou entre 130 e 140 m3/hora e esta semana devemos publicar o sítio específico desta aula à exemplo das aulas dos semestres anteriores que podem ser visualizadas a partir do canal "Atividades Acadêmicas" do Portal da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira. No canal TEXTOS TÉCNICOS estão disponíveis a maior parte dos artigos técnicos e os assinados sobre estes temas desenvolvidos pela AHI.


E a baixa umidade seguiu a semana inteira atingindo níveis de alerta (entre 20 e 30%) em todo o Noroeste Paulista, conforme registrou a Rede Agrometeorológica do Noroeste Paulista com os dados disponibilizados no Portal CLIMA da UNESP Ilha Solteira. A falta de chuva também traz um elevado déficit hídrico ao solo e as pastagens já evidenciam esta situação com o verde sumindo da paisagem e entramos nos 66 dias sem chuva e a evapotranspiração média diária (mm/dia) desta semana ficou assim: Ilha Solteira (5,4), Santa Adélia - Pereira Barreto (5,7), Marinópolis (5,3), Bonança - Pereira Barreto (4,0), Itapura (4,7), Santa Adélia Pioneiros - Sud Mennucci (3,5), Populina (4,6) e Paranapuã (4,3). Conheça também a Rede Data Clima que traz informações das estações agrometeorológicas operadas pelo CIIAGRO - IAC em todo o Estado de São Paulo.

Segurança hídrica e alimentar seguem lado a lado: “O uso diário da água será essencial para facilitar o crescimento na maior parte do mundo”, disse à IPS o diretor-executivo em funções do Instituto Internacional da Água de Estocolmo, Per Bertilsson, acrescentando que não é possível conseguir a segurança alimentar sem a hídrica. Este será o tema central da Semana Mundial da Água, que acontecerá junto com a conferência mundial anual do Instituto, entre 26 e 31 deste mês, com participações de funcionários da Organização das Nações Unidas (ONU), ativistas, acadêmicos, cientistas, empresários e jornalistas. “É preciso muito mais trabalho para garantir que comunidades e governos de todo o mundo estejam equipados e capacitados para tomar medidas em tempo, para protegerem seus povos dos impactos de inundações e secas”, disse Bertilsson, para quem "Embora existam cultivos mais que suficientes para alimentar os sete bilhões de habitantes do mundo, mais de um terço destes são perdidos ou jogados fora. Só o fato de aumentar a produção de alimentos, não bastará para conseguir a segurança alimentar, e exige grande quantidade de água, que em alguns lugares pode ser mais valiosa se for destinada a outros usos. A segurança hídrica e alimentar está este ano na mira porque não podemos conseguir uma sem a outra. Nos centraremos nas enormes oportunidades de manter uma população mundial sã, sem prejudicar excessivamente os recursos hídricos. Devemos fazer grandes investimentos para aumentar a eficiência agrícola, especialmente no Sul em desenvolvimento, e aproveitar as oportunidades empresariais que existem para reduzir as perdas na cadeia de fornecimento de alimentos. Ajudar as pessoas a desperdiçar menos os alimentos que compra, e a comer de maneira mais saudável, é outra maneira direta de aliviar a pressão sobre os recursos que acarreta importantes benefícios para todas as partes. Durante a Semana Mundial da Água discutiremos os enfoques mais inteligentes para fazer isto, trocaremos experiências e criaremos associações para atuar de modo efetivo nestas frentes. Também debateremos alguns assuntos muito difíceis e polêmicos, como subsídios agrícolas, comércio e aquisições de terras, que claramente têm impacto na segurança hídrica e alimentar, mas há pouco acordo quanto a isto ser para melhor ou para pior. Analisaremos a maneira mais inteligente de regulá-las." Leia a entrevista completa!

Se realizará, no dia 29 de agosto um evento com o tema “Redes sociais e dinamização da inovação” e o  foco do evento são os desafios e as novas oportunidades que as redes sociais oferecem para o desenvolvimento da inovação. Serão três palestras complementares sobre o tema: Nanci Gardim (Projeto G.A.I.A.), com “Inovação tecnológica e redes informais de comunicação”; Daniela M. Cartoni (Grupo Ibemec), com “A contribuição das redes sociais para a disseminação do conhecimento e apoio à inovação”; Josué de Menezes (Rede Social Ação em Cultura da Inovação), com “Região do conhecimento: as novas dinâmicas do saber em rede”. A Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira desenvolve há 8 anos o projeto de extensão universitária "Planejamento e Gerenciamento Hidroagrícola e Ambiental", que baseado na Internet utiliza diferentes canais, incluindo as redes sociais para transformar dados gerados pela pesquisa em informação. E nosso Bolsista de Extensão Bruno Felipe Reis da Silva estará presente acompanhando mais um evento que pode trazer melhorias para o nosso trabalho!

Agricultura irrigada
A cidade de Guadalupe deve produzir este ano através da Agricultura Irrigada dos Platôs mais de 20 mil toneladas de frutas. A região se destaca atualmente através da produção e comercialização da banana. Contudo, também cultiva outros 15 tipos de produtos, como a goiaba, melancia, laranja, maracujá, tomate, entre outros. Ao todo, a região do perímetro irrigado possui cerca de 1.200 hectares de terra, produzindo em torno de 23 mil toneladas de frutas por ano. Os produtores da Planície Irrigada dos Platôs de Guadalupe são responsáveis por abastecer 50% do mercado consumidor no Piauí, enquanto o restante da produção é exportado para outros estados do Nordeste. A FEAGRI de Guadalupe mostrou o potencial da região e ganhou destaque.

Preocupado com os prejuízos que o Rio Grande do Sul vem enfrentando por causa da estiagem, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Mendes Ribeiro Filho, visitou o estande do Programa Estadual de Expansão da Agropecuária Irrigada - Mais Água, Mais Renda -, no sábado,  25 de agosto, na 35ª Expointer, em Esteio (RS) e disse que "o Ministério está investindo em  irrigação com o objetivo de  tornar o Brasil o maior produtor de alimentos. A seca deixa ensinamentos e o Governo tem evoluído num debate para o enfrentamento de situações desse tipo. Queremos poder enfrentar anos de forte estiagem. Um programa de irrigação é fundamental para isso”. O uso da irrigação nas regiões de agricultura de sequeiro ganhou maior importância depois da seca que atingiu o Estado e o Nordeste do país  este ano, provocando quebras de até 50% da produção. “Queremos uma safra cheia”, frisou Mendes Ribeiro. Poderão aderir ao programa todos os agropecuários  do Estado que se comprometerem a adotar ou ampliar sistemas de produção irrigados em áreas de sequeiro.  O Governador do RS, Tarso Genro em discurso diz que aposta na irrigação contra a seca, enfatizando que a irrigação é a saída para combater a estiagem no estado. A técnica é tema da feira agropecuária e também meta de incentivo. "O Rio Grande do Sul quer aumentar a produtividade através da irrigação. É uma mudança cultural e se tornará um projeto permanente", disse. Mas empresários do RS pretendem investir R$ 50 milhões no setor agrícola do Tocantins, mesmo com Governo gaúcho anunciando que vai subvencionar crédito para irrigação de lavouras.

Em São Paulo, a secretária Mônika Bergamaschi, disse que a agricultura irrigada paulista precisa buscar uma produção cada vez mais sustentável e o desafio é produzir mais alimentos, fibras e energia com menos impacto ambiental. Para ela, a saída é ampliar a pesquisa, a ciência, a tecnologia e a inovação constante do setor, melhorando a gestão e a organização dos produtores rurais. "É preciso que o setor rural se comunique melhor com a sociedade fazendo com que a população urbana valorize o agricultor e entenda que o produtor rural é quem conserva e preserva a água e o solo, produzindo alimentos para quem vive nas cidades". Outro desafio, em sua opinião, é reduzir as perdas na colheita, transporte e armazenamento da produção, melhorando a eficiência em todas as fases da produção agrícola. Um dos trabalhos da ASPIPP junto à Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo é a elaboração de um Plano Diretor de Agricultura Irrigada para a região Sudoeste Paulista. Alfonso Sleutjes acredita ser importante que os Ministérios de Agricultura e do Meio Ambiente voltem seus olhos para a agricultura irrigada "para que possamos criar políticas públicas voltadas ao setor”. "O Brasil tem hoje cerca de 5 milhões de hectares de cultivos irrigados, com potencial para saltar para 30 milhões de hectares, algo que impulsionaria substancialmente nossa economia”, ressaltou.

Já no exterior, o temor com oferta de alimentos estimula irrigação de pequena escala e produtores ao sul da Ásia e na África subsaariana estão cada vez mais usando de sistemas de irrigação em pequena escala, à medida que a seca ameaça a segurança alimentar, segundo um relatório feito pelo Instituto Internacional de Gestão da Água (IWMI). "Com a segurança alimentar de volta à agenda agrícola internacional, e a mudança climática aumentando as incertezas de chuva, é uma hora oportuna para reconsiderar os investimentos relacionados à agricultura irrigada", disse o estudo nesta sexta-feira. A tecnologia de irrigação em pequena escala, como bombas motorizadas e mangueiras para acessar o lençol de água, pode custar 250 dólares ou mais a um dono de uma pequena propriedade na África subsaariana, mas pode melhorar a produtividade da safra entre 75 e 275 por cento, disse o relatório. "Os fatores estão trabalhando para mover potencialmente o mundo para outra crise alimentar, como a de 2007/2008, estimulada pela seca nos Estados Unidos e o início tardio das monções do sul asiático", disse Colin Chartres, diretor geral do IWMI (1) em entrevista. "Se houver mais investimento na irrigação de pequena escala, significa que a oferta de alimentos nesses países será mais segura. Não vai substituir a necessidade por safras de cereais básicos, mas dá aos produtores maior segurança contra a crise alimentar." A irrigação de pequena escala normalmente cobre áreas com menos de 2 hectares. Produtores iniciam a financiam equipamentos de irrigação individualmente ou em pequenos grupos, e usam tecnologias de baixo custo, como baldes, regadores e bombas. O tema também foi destacada pela Reuters.

Conheça o AgWATER Solutions Project, que acredita que a  agricultura familiar pode e deve ser um motor para o crescimento econômico, redução da pobreza e segurança alimentar e projeto pretende fazer isso acontecer melhorando a compreensão da agricultura de gestão da água.

Mais de um bilhão de pessoas já sofrem com o racionamento de água no planeta. Demorou, mas a importância do uso racional desse bem tão precioso tem recebido mais atenção das pessoas. O tema, inclusive, entrou na pauta de discussão da Rio+20, evento da Organização das Nações Unidas ocorrido no Rio de Janeiro em junho. Para tirar o atraso de décadas no que diz respeito à gestão de recursos hídricos, pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (UFV) acabam de entregar ao Ministério do Meio Ambiente a Matriz de Coeficientes Técnicos para Recursos Hídricos no Brasil. A demanda partiu do Conselho Nacional de Recursos Hídricos como parte dos esforços despendidos pelo ministério para a implementação do Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH). O desenvolvimento da matriz durou dois anos e meio, sob os cuidados do professor e vice-reitor da UFV, Demetrius David da Silva. "Até pouco tempo atrás, o Brasil não tinha parâmetros adequados à realidade do setor industrial nacional para avaliar se um empreendimento estava ou não abusando da quantidade de água captada em um manancial hídrico para fabricar seus produtos. A referência é fundamental para a gestão das águas brasileiras e para coibir abusos que podem prejudicar regiões inteiras abastecidas por mananciais superficiais ou subterrâneos em uma bacia hidrográfica", destaca. SAIBA MAIS...

Grãos

Modelo exportador latino-americano é concentrador e a quebra na safra de grãos dos EUA ameniza os efeitos da desaceleração na China e Europa e gera uma sensação de bonanza entre os produtores daqui, mas há limites nesse processo. E, no essencial, o modelo exportador latino-americano tem causado concentração e pauperização. Essa é a análise é do cientista social chileno Jaime Osorio, professor da Universidade Autônoma Metropolitana do México e um dos seguidores da obra do marxista brasileiro Ruy Mauro Marini (1932-1997). Osorio, 67, participou no dia 15 de agosto de 2012 em São Paulo, do lançamento da coletânea "Padrão de Reprodução do Capital" (Boitempo), da qual é um dos organizadores. Em entrevista à Folha, o autor argumenta que o padrão latino-americano que privilegia a exportação não resultou em benefício da maioria da população e mantém a região em sua histórica situação de dependência. Mesmo no caso brasileiro, ele enxerga apenas melhorias pontuais, que não conseguem recuperar o poder aquisitivo dos trabalhadores. Osorio lembra que a participação dos salários na renda nacional ainda não voltou ao seu pico: 53,5% em 1990 (hoje seria em torno de 46%). Segundo o cientista social, o principal problema do modelo regional é a "a brutal separação que se estabelece entre o que se produz e quem consome". Na sua visão, falta às elites do continente um projeto: "as burguesias locais são locais, mas não nacionais: não têm projeto de nacional de desenvolvimento". "A integração com o aparato produtivo e capital financeiro internacional tem sido para elas um grande negócio, uma fórmula de desenvolvimento e de rentabilidade muito alta", diz. Osorio enxerga "uma renovação no campo da grande burguesia brasileira: é a ligada ao agronegócio. É uma burguesia cada vez mais voraz, mais poderosa, com maior influencia na direção do Estado - embora persistam setores de uma burguesia industrial que se negam a morrer e que seguem tendo algum peso relativo significativo".

Frutas
A produção de frutas no Ceará, majoritariamente culturas irrigadas, apresenta menor vulnerabilidade à irregularidade das chuvas, como a que se apresenta no ano em curso. Segundo relatório do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), referente ao primeiro trimestre de 2012, espera-se um crescimento médio de 3% para a produção no ano, com destaque para a estimativa de crescimento na produção de melão (41,9%) e de melancia (31,9%). Vale destacar que, nos três primeiros meses de 2012, as exportações de frutas frescas cresceram 34,3% no Estado, ante igual período de 2011 (US$ 26,97 milhões contra US$ 20,09 milhões). Há um contraste entre os prejuízos causados a pequenos agricultores no ano em curso, pela carência de chuvas, e a boa produção agrícola baseada na fruticultura irrigada. De acordo com o Instituto Frutal, o fato se deve a união de diversos fatores, entre os quais se destacam as melhores condições de infraestrutura do Estado, a utilização de novas tecnologias e a alta do dólar nos últimos meses, em comparação com o primeiro semestre do último ano. Segundo o Instituto, a atração de investimentos para a zona rural cearense tem impulsionado a fruticultura.
O modelo de gestão dos recursos hídricos permite ao Ceará ter atualmente, mesmo em período de estiagem, quase 70% de acúmulo de água nos reservatórios. Mesmo assim, considerável segmento da população não está convenientemente abastecida d’água, para consumo próprio e para atividades produtivas. Para a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh), uma das respostas está relacionada à distribuição espacial das comunidades, de forma extremamente difusa, dificultando o acesso à água a todas as localidades, devido à necessidade elevada de recursos financeiros .
Como componentes importantes em relação ao futuro do modelo hídrico do Ceará, a Cogerh cita o Cinturão das Águas e a transposição de bacias do Rio São Francisco. O projeto do Cinturão trata-se de um grande sistema gravitário de canais que, originando-se praticamente na entrada no Ceará do chamado Eixo Norte do Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco para o Nordeste Setentrional, destina-se a assegurar oferta de água ao consumo humano. Além disso, ressalta o dirigente da Cogerh, o Cinturão das Águas permitirá a adução das águas transpostas do São Francisco para a maioria do território cearense, inclusive às regiões mais secas do Estado.

Energia
Artigo de JOSUÉ GOMES DA SILVA (FSP, 19/08/2012, p.A2) "Energia para crescer"  destaca os  diferenciais competitivos do Brasil, além das reservas de água, recursos naturais, capacidade de produzir alimentos, equilíbrio nas contas públicas e mercado interno consistente. "... Temos a matriz mais renovável do mundo industrializado: 45,3% são provenientes de fontes como a hídrica, biomassa, etanol, eólica e solar. Para entendermos melhor o significado de produzir energia sem poluir, num planeta às voltas com as mudanças climáticas, as hidrelétricas são responsáveis pela geração de 75% da eletricidade do país. Um feliz contraste com a matriz energética mundial, composta por apenas 13% de fontes renováveis, no universo das nações industrializadas, e 6% nas que se encontram em desenvolvimento. Quanto ao etanol, processamos cerca de 30 bilhões de litros anuais, sem ameaçar a cultura de alimentos, pois temos terras disponíveis para plantar tudo o que for preciso. Ademais, nosso produto, proveniente da cana de açúcar, é mais competitivo que o de milho, feito nos Estados Unidos. Deveremos alcançar 37 bilhões de litros em 2015. Além de renovável, o álcool hidratado propicia ganho ambiental. Graças ao seu uso como combustível ou aditivo da gasolina, o Brasil evitou, nos últimos 32 anos, emissão superior a 800 milhões de toneladas de dióxido de carbono...".

Yane nos oferece a oportunidade de aprender mais sugerindo o "Seminário sobre Energia - Geoengenharia Solar e Gerenciamento do Clima", oferecido pela Universidade de Stanford, Claro que vale conferir, não só este, mas outros cursos oferecidos por Stanford, seus professores e como são as aulas  nesta prestigiosa Universidade. Já demos a dica em postagem anterior sobre o portal Veduca que já abriga 4.700 vídeo-aulas das principais universidades, grande parte traduzida para o português. Realmente vale a pena consultar!

Educação
ELIO GASPARI (FSP, 19/08/2012, p.A16) escreve "Uma ideia para as cotas nas universidades"  em que acredita que a expansão da política de cotas poderia abrir um debate sobre qual a distância razoável entre a nota do aluno beneficiado e a daquele que perderá a vaga que ganharia pelo seu desempenho no vestibular.  "É bom que se diga: na sua essência, as cotas dão a um estudante que tirou nota mais baixa o lugar que iria para outro, que teve nota melhor. Alguma diferença tem que haver, senão a política seria inócua. Há poucas pesquisas acerca desse tema. De uma maneira geral, acredita-se que a maior distância entre a nota do não cotista barrado e a do cotista beneficiado chega a ser 1,5 ponto ou 2 pontos. Pode acontecer que um estudante tirou oito e perdeu a vaga para outro que tirou seis. Quem acha que as cotas não devem existir pode permanecer nessa posição, mesmo sabendo que elas vieram para ficar. Quem é a favor, pode se perguntar qual é a diferença razoável. Já houve caso em que ela foi de 3,4 pontos. É razoável que alguém que tirou 7,5 perca a vaga para quem tirou 4,1?

ROGÉRIO CEZAR DE CERQUEIRA LEITE escreve (FSP, 16/08/2012, p.A3.) o interessante artigo "A greve universitária e o princípio do prazer" em que afirma que "Ao deixar de suprimir o salário de professor grevista, o governo age como um pai relapso que não dá limites ao filho, que com "birra" seguirá testando limites".

Treinamento sobre o satélite Eumetsat e mais questões ligadas à meteorologia são frequentes e on line. Acesse AQUI para conhecer os cursos!

E a USP disponibiliza o e-Aulas com várias conferências e aulas que podem serem assistidas, inspirados em serviços já em uso por Universidades de grande reconhecimento internacional como a Harvard, Yale, Columbia, MIT e Princeton. O e-Aulas USP informa que este novo serviço expressa o reconhecimento por parte da Universidade de que uma de suas funções é a disseminação do conhecimento, permitindo que professores disponibilizem suas vídeo aulas, e que alunos acessem vídeo aulas de diversas disciplinas da USP. A motivação para o desenvolvimento e implementação do e-Aulas USP foi devido ao grande benefício que se observa com o consumo de objetos de aprendizagem em formato de vídeo disponíveis na Web, que tem demonstrado ser um grande aliado do aluno, que pode acessar este conteúdo de onde estiver. A UNESP Ilha Solteira através da Área de Hidráulica e Irrigação mantem o canal no YouTube com videos que envolvem a agricultura irrigada. Confiram também!

Empreendedorismo
"Uma política de gente inovadora" é o artigo de JULIO VASCONCELLOS (FSP, 16/08/2012, p.B.11) e diz que ao planejar uma empresa que pretende ser inovadora, muitos começam por P&D, marketing e comunicação. A área de recursos humanos, que deveria ser o começo de tudo, dificilmente chega perto da lista de áreas "top of mind" quando o tema em pauta é esse. "A inovação vem da alma da empresa, e a alma da empresa é sua cultura. A cultura, por seu turno, é construída pelas pessoas, pela forma como elas interagem entre si e com a empresa. Para cultivar uma cultura inovadora, precisamos de práticas de gente e gestão - começando pelo recrutamento, passando pela capacitação contínua (e também pela política de remuneração) que fomente a atitude voltada para a inovação. As próprias práticas, por si só, já podem ser inovadoras, demonstrando a cultura que almeja criar. A fase inicial do relacionamento com um colaborador é a de recrutamento. Se você começou contratando os melhores talentos (os "notas 10"), saiba que esses mesmos talentos vão querer recrutar os "notas 11" - pessoas ainda melhores do que eles. Dado isso, seu foco deveria ser incentivar e equipar seus "notas 10" para recrutar seus futuros colegas."

E a semana terminou com o belo por do sol captado no sábado no Campus II a partir da LHI.


Entretenimento
Led Zeppelin foi uma banda britânica de rock, formada em setembro de 1968, por Jimmy Page (guitarra), John Bonham (bateria e percussão), John Paul Jones (baixo e teclado) e Robert Plant (vocalista e gaita). Célebre pela sua inovação e pelo seu som pesado orientado pelo blues-rock, o grupo é frequentemente citado como um dos grandes progenitores do heavy metal e do hard rock, embora o estilo da banda tenha sido inspirado por diversas fontes e tenha transcendido qualquer gênero musical definido. No video a seguir tem-se o show completo do Led Zeppelin no Royal Albert Hall em Londres, em 1970.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Por que a água evapora sem estar a 100° C ?

A Importância da DBO

Pivô central: história e características