83 dias sem chuva e temperatura máxima acima dos 35 °C

Hoje (13 de setembro) atingimos 83 dias de estiagem em todo o noroeste paulista, aproximadamente 2 dias a menos que a média dos últimos 20 anos em Ilha Solteira. No entanto, já ultrapassamos o período máximo de seca de metade desses anos.

Nos últimos 2 anos esse período foi superior aos 100 dias, como vemos no gráfico a seguir, onde mostramos os anos em que tivemos esse evento em Ilha Solteira.

Nos aproximando da metade do mês de setembro, a seca vem se estendendo paralela aos índices diários de umidade relativa do ar mínima considerada de alerta (entre 12 e 20%) e temperatura máxima maior que 35°C. O resultado disso à população é um constante mal estar, garganta seca, necessidade contante de  hidratação além da ocorrência de queimadas em locais muito secos.

NACI - Núcleo de Apoio Computacional à Irrigação, onde são processados os dados coletados pela Rede Agrometeorológica do Noroeste Paulista

Com a umidade baixa em grande parte do dia, em praticamente todo o mês tivemos valores mínimos horários entre 15% e 25% em todas as estações da Rede Agrometeorológica do Noroeste Paulista, o que agrava as consequências desse fenômeno extremo pelo tempo de exposição da população às essas condições.

Da mesma forma, a cada dia ficamos com temperaturas altas um maior período de tempo. Ontem, a temperatura máxima registrada no ano nas estações foi superada, tendo sido registrados 38,6 °C em Paranapuã, que hoje chega à 38,8ºC e Populina registra 38,2ºC.

Também ontem (12 de setembro), a Estação Santa Adélia localizada em Pereira Barreto registrou sua maior temperatura no ano, com 37,6°C. Além disso, as máximas vem crescendo no decorrer do mês, como podemos ver no gráfica a seguir:

Marinópolis tem hoje 38,5ºC e Ilha Solteira fica com temperatura máxima de 38,3ºC como se acompanha no Portal CLIMA da UNESP Ilha Solteira. 

Essa situação só torna o uso da irrigação mais importante. Um estudo sobre como e quando utilizar os recursos hídricos disponíveis a determinadas produções agrícolas, faz com que períodos de estiagem como esse sejam melhor administrados. Nesse contexto, a fertirrigação para produtores que utilizam pivô central, assim como suas vantagens econômicas, ganha destaque. Esse assunto foi abordado em um dos trabalhos técnicos da AHI de maior repercussão, onde o milho irrigado foi o objeto de estudo.

Veja aqui: http://www.agr.feis.unesp.br/pdf/Conird_2011/KANEKO.pdf

Todos a atividade de pesquisa realizada pela AHI é disponibilizada no PORTAL de Conteúdo. 

Acesse: http://www.agr.feis.unesp.br/irrigacao.php

As informações e registros históricos foram tirados do banco de dados da AHI disponível online no PORTAL do Clima, portanto não deixe de acompanhar o clima na região.

Comente!