Chuva vento e altas umidades encerram a seca no noroeste paulista
Depois de 89 dias sem chuva ontem (19) voltou a chover no noroeste paulista.
Como podemos observar no gráfico que retrata os registros das maiores secas, em Marinópolis, nos últimos anos este é um evento típico do nosso clima, por esse motivo a nossa preocupação não deve ser com a seca e sim em conviver com ela, sendo a agricultura irrigada a única saída para manter a produção nessa condições climáticas. Desde 1999 em Marinópolis, 89 dias é o intervalo médio de dias sem chuva, enquanto que Ilha Solteira nos últimos 21 anos (desde 1991) registrou um intervalo médio de 85 dias sem chuva.
Gráfico gerado com base nos dados do Portal Clima |
Estação de Parapuã integrante da Rede Agrometeorológica do Noroeste Paulista |
A foto da estação de Paranapuã acima mostra claramente a importância da irrigação nessas condições, observando a grama dentro da estação que tem um sistema de irrigação e de fora sofrendo com a falta de água no solo. As estações agrometeorológicas que compõem a Rede Agrometeorológica do Noroeste Paulista são padronizadas em equipamentos e infra estrutura do local, de modo a permitir a comparação das variáveis climáticas entre elas e foram instaladas através do projeto "Modelagem da Produtividade da Água em Bacias Hidrográficas com Mudanças de Uso da Terra" com financiamento da FAPESP.
Mapa de Chuva Acumulada no dia de ontem (19), retirado do Portal Clima |
O total de chuva não chega a repor a água necessária ao solo para início de plantio como se vê na sua distribuição chuvas em todo noroeste paulista pode também ser visualizada no mapa abaixo. O solo sentia a falta de chuva desde 22 de junho de 2012 e desde então até o momento, a evapotranspiração de referência acumulada variou entre 281 mm em Sud Mennucci (Estação Santa Adélia Pioneiros) à 426 mm em Pereira Barreto (Estação Santa Adélia) que receberam, respectivamente 14,7 mm e 12,2 mm de chuva, portnato insuficiente para elevar o solo à capacidade de campo, condição ideal para a máxima produtividade das plantas..
No fim da tarde uma tempestade com menos de 10 minutos de duração, mas com uma intensidade altíssima chegando a 116,4 mm/h em Ilha Solteira, não venho sozinha foi precedida e acompanhada por forte vento no noroeste paulista causando uma série de estragos em algumas residências e pelas ruas. A Figura abaixo ilustra a média horária dos ventos na região.
Gráfico de Velocidade Média do Vento no dia de ontem (19), retirado do Portal Clima |
O pico de vento ocorreu no começo da tarde a derrubar árvores em Ilha Solteira, inclusive, uma quaresmeira e um pinheiro foram partidos no Campus II da UNESP Ilha Solteira, como pode ser visto na imagem a seguir quando Ilha Solteira registrou ventos de até 46,8 km/h às 12:59 horas.
Nos demais municípios o vento máximo e horário de ocorrência foram os seguintes: Pereira Barreto registrou na Estação BONANÇA 69,1 km/h (às 13:25h) e SANTA ADÉLIA 56,2 km/h (às 14:36 h), ITAPURA registrou a maior chuva e também o vento máximo de 78,1 km/h (às 12:28h), MARINÓPOLIS teve 46,1 km/h (às 13:57h), PARANAPUÃ teve 31 km/h (às 14:59h), em POPULINA o vento chegou à 49,3 km/hora (às 15:02h) e em Sud Mennucci - Estação SANTA ADÉLIA PIONEIROS teve 49,3 km/h (às 13:30h).
Quaresmeira partida no campus II da UNESP de Ilha Solteira |
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