E entramos na semana de 18 de novembro de 2012

Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas... (Sun Tzu)


Quando se pensa em irrigação quais seriam os cuidados necessários para definir qual o sistema mais adequado e qual a importância do investimento certo? A escolha do sistema de irrigação deve levar em consideração aspectos da cultura, do solo, da topografia, do clima, disponibilidade e qualidade da água e ainda, o investimento proposto para aquele projeto e um sistema de irrigação bem projetado deve suprir as necessidades de evapotranspiração de uma cultura e ainda deverá distribuir água de modo uniforme ao longo da área, condições essenciais para a se praticar um adequado manejo da irrigação, ou seja, fornecer água no momento e quantidade certa e ainda poder praticar a quimigação, ou seja, a aplicação de produtos químicos, como por exemplo os fertilizantes, junto com a irrigação, diminuindo o custo de produção e aumentando a lucratividade do seu cultivo. Um sistema de irrigação deve ser adquirido de forma planejada e antecipada, antes do período seco, que todo ano acontece, de forma a fazer inclusive as adequações do projeto quando estiver sendo implantado. Este foi o tema de mais uma das nossas dicas no Pod Irrigar, o PodCast da UNESP.

Na semana que passou demos continuidade a projetos de irrigação. Na semana anterior, aspersão convencional, nesta fizemos um projeto por gotejamento em citros e para casa, combinamos dos alunos fazerem o projeto da linha de derivação com o uso de uma planilha eletrônica e assim fica muito fácil projetar calculando a perda de carga entre cada saída lateral, ao invés de por trechos, como fizemos em aula por questões didáticas e de tempo. A ponte sem aula amanhã permitirá estudos mais aprofundados pelos alunos que estarão já se preparando também para a última prova. A novidade em termos de projeto é a divisão da perda de carga máxima possível entre a linha lateral de polietileno (11% da pressão de serviço) e a linha de derivação de PVC (9% da pressão de serviço). A literatura recomendada é a mesma da aula anterior, sugerida na postagem de domingo passado.

Expectativas vencidas, já temos os nomes dos possíveis Orientados para dos 2-3 anos que se seguem no  PPG Agronomia. No Mestrado ELIZABETE NUNES DA ROCHA e no Doutorado JOÃO MANETTI FILHO e WHÉLLYSON PEREIRA ARAÚJO só não serão nossos Orientados se não fizerem a confirmação da matrícula até o dia 12/12/2012, pelo e-mail (stpg@adm.feis.unesp.br). Da nossa parte, sejam bem vindos e entrem em contato para definirmos os projetos a serem executados em consonância com as linhas de pesquisa da AHI da UNESP Ilha Solteira. Da Graduação em Agronomia Arthur Galassi, de Lençóis Paulista iniciará conosco com atividades de Iniciação Científica envolvendo qualidade da água, uso eficiente da água para irrigação com suporte em ferramentas de GIS. Sejam bem vindos, se integrem-se  rapidamente à equipe, nas atividades e seja feliz com muito aprendizado entre nós!


Programa Mais Irrigação
Depois do XXII CONIRD que aconteceu em Cascavel, o destaque fica por mais um esforço para combater os efeitos da seca, quando a presidente Dilma Rousseff lançou no dia 13 de novembro de 2012 o programa Mais Irrigação, que prevê investimentos de R$ 10 bilhões - do volume de recursos, R$ 3 bilhões serão oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e R$ 7 bilhões, da iniciativa privada.

"Vamos derrotar a seca e vamos usar pra isso o que há de melhor na tecnologia, não vamos medir esforços, tenho certeza que esse é um projeto que seremos bem sucedidos", disse a presidente, durante solenidade no Palácio do Planalto. O Mais Irrigação deverá beneficiar 538 mil hectares de áreas voltadas para a produção de biocombustíveis, fruticultura, leite, carne e grãos. Dilma lançou o programa quatro dias após inaugurar a Adutora do Algodão no município de Malhada, que vai levar água do rio São Francisco para mais de 100 mil pessoas de nove municípios. "Uma das características do Mais Irrigação é a busca de mais eficiência para melhor investir, eu acho que ele é um passo à frente de todas as iniciativas que tínhamos tomado no PAC. E falo da eficiência pra obter uma maior produção agrícola, maior renda gerada naquela região pobre do País, e da operação adequada dos projetos de irrigação", destacou Dilma. Veja a repercussão na imprensa deste projeto que atingirá 16 Estados, mas que deixou São Paulo de fora em 1, 2, 3, 4, 5, 6 e os videos em 1, 2, 3, 4, 5. O programa, coordenado pelo Ministério da Integração Nacional, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é explicado pelo Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, que detalha em video as informações sobre o novo "Mais Irrigação".

Dados da Agência Nacional de Águas (ANA) apontam que hoje existem cinco milhões de hectares de agricultura irrigada no Brasil, ressaltou o ministro, sendo que o país tem potencial de 27 milhões de hectares para essa atividade. O novo marco regulatório permite que o governo federal invista em infraestrutura para as áreas de irrigação, como energia e estradas, para escoar a produção, afirmou Bezerra. O avanço da área irrigada também seria puxado pelo modelo de parceria público-privada e espera-se com o Mais Irrigação a adição de 538 mil hectares irrigados Brasil. Há dois modelos de PPPs e Fernando Bezerra explicou que as parcerias público-privadas (PPPs) do programa Mais Irrigação poderão ser feitas por meio de dois modelos: com duas licitações ou com apenas uma. O primeiro modelo, que o governo acredita que será mais utilizado, divide a formação da PPP em duas etapas. “Primeiro licito o direito à expansão agrícola, conheço a necessidade de água que o projeto vai ter. Depois vou licitar a concessão da operação”, detalhou o ministro. No caso da licitação integrada, o processo engloba ocupação, operação e expansão da infraestrutura, segundo o ministro. Dessa forma, ganhará a licitação quem demandar a menor contrapartida que o governo vai ter que pagar.

Minas poderá ter mais 42,7 mil hectares de agricultura irrigada no semiárido com o Programa Mais Irrigação, do Governo Federal, que contempla a implantação do Projeto Jequitaí e das últimas etapas do perímetro irrigado do Jaíba. Os novos empreendimentos contemplados serão as últimas duas etapas do Projeto Jaíba - iniciativa que prevê a irrigação de 100 mil hectares no total - e a primeira etapa do Projeto Jequitaí - com previsão total de 30 mil hectares, ambos coordenados pelo Governo Federal e sediados no Norte de Minas. O perímetro irrigado do Gorutuba, entre os municípios de Janaúba e Nova Porteirinha, também será beneficiado.

E ainda sobre o XXII CONIRD, o jornal O Paraná, deu um grande destaque para este grande evento que pode deixar um caminho de incentivo à expansão e modernização da agricultura irrigada do Paraná.

Hidrologia e qualidade da água
As ações do Projeto Rio Mamanguape na recuperação de nascentes e na construção de tanques de pedra foram mais uma vez divulgadas nacionalmente com a apresentação de artigos científicos no XXII Congresso Brasileiro de Irrigação e Drenagem, realizado no período de 04 a 09 deste mês, em Cascavel (PR). O Projeto Rio Mamanguape é patrocinado pela Petrobras, através do Programa Petrobras Ambiental e tem atuação nos municípios de Alagoa Nova, Areial, Esperança, Lagoa Seca, Matinhas, Montadas e São Sebastião de Lagoa de Roça. Um dos artigos aprovados no Congresso, “Recuperação e Preservação das Partes das Nascentes da Bacia do Rio Mamanguape - PB”, abordou o processo de recuperação das nascentes do Rio Mamanguape em áreas de minifúndios, com a utilização de plantas nativas do bioma Caatinga, frutíferas e algumas espécies exóticas, com o objetivo de realizar um manejo adequado nas áreas recuperadas, ao tempo que proporciona uma melhor qualidade de vida aos seus habitantes e um equilíbrio na natureza.

Municípios não fiscalizam qualidade da água, afirma IBGE. Dados inéditos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que 71,8% dos municípios não possuíam, em 2011, uma política municipal de saneamento básico. A estatística corresponde a 3.995 cidades que não respeitam a Lei Nacional de Saneamento Básico, aprovada em 2007. A maioria (60,5%) não tinha acompanhamento algum quanto às licenças de esgotamento sanitário, além da drenagem e manejo de águas pluviais urbanas e do abastecimento de água. Em quase metade das cidades do país (47,8%), não há órgão de fiscalização da qualidade da água. Segundo a “Pesquisa de Informações Básicas Municipais”, a Munic, divulgado na última terça-feira (13), 1.569 cidades possuíam políticas dessa natureza, isto é, 28,2% dos 5.564 municípios brasileiros. A Lei 11.445, que dispõe sobre diretrizes nacionais para o saneamento básico, determina que todas as cidades devem elaborar seus respectivos planos municipais. O decreto diz ainda que as prefeituras devem estabelecer mecanismos de fiscalização quanto ao abastecimento de água, esgotamento sanitário, entre outros.

Stand-up profissional e empreendedorismo
O Programa de Pós-Graduação em Agronomia da UNESP Ilha Solteira promoveu em 19 de outubro de 2012 o Stand-Up Profissional "Os desafios e a trajetória de dois Engenheiros Agrônomos ligados pela laranja e pela cana", quando José Eugênio de Rezende Barbosa (Agroterenas) e Nilson Marcos Matsuda (Ambiental Agrícola), formados em Engenharia Agronômica pela UNESP Jaboticabal, em pé e sem recursos multimídia discorreram sobre suas atividades profissionais de mais de 25 anos. O video gravado por Moises Pereira Lima e editado por Bruno Felipe Reis da Silva (Bolsista PROEX - UNESP) já está disponível. A Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira cobriu o evento e disponibilizou informações adicionais, depoimentos, fotos e video. O video divulgado está completo (3 horas de duração) e não se aplica à área agronômica apenas, pois trata da carreira e de valores. Trajetórias familiares e profissionais diferentes mas ligadas pela Agronomia e pelas culturas de citros e cana. Foi ótimo tê-los em Ilha Solteira, publicamente agradecemos aos nossos palestrantes e aos que se fizeram presentes, abrilhantando a iniciativa. Agradecimento também ao Coordenador do PPGA pela confiança e apoio.




"Todo mundo sabe que um resultado acima da média não vem a toa. É preciso dedicação e foco, fazer e refazer, e fazer novamente, e às vezes de um jeito diferente", disse a Diretora de Redação da VOCE S/A Juliana De Mari na edição de outubro de 2012 que ainda ensina que para ter uma carreira de sucesso é preciso: organizar as ideias, falar com franqueza, criar contatos fortes, encarar os imprevistos, usar bem o tempo, aumentar a popularidade, controlar os nervos e valorizar a criatividade, entre outras tantas exigências do mercado.


Empregabilidade

Como tenho dito, a melhor maneira de nossos alunos e profissionais combaterem o inevitável ingresso de profissionais de outros países no Brasil e garantirem seus empregos é pela capacitação técnica. Editorial na integra em 

Safra
O Valor Bruto da Produção de grãos poderá chegar a R$ 300 bilhões em 2013, se consideradas as estimativas de produção da Conab. Os dados tradicionalmente consideram as estimativas de produção do IBGE e levam em conta o valor de 18 produtos. Nesse caso, o VBP de 2013 ficaria em US$ 289 bilhões. A Conab estima uma produção maior do que o IBGE para arroz, feijão, milho e soja, diz José Garcia Gasques, do Ministério da Agricultura. Os dados de 2012 referentes a outubro indicam um VBP de R$ 234 bilhões, puxado por soja, cana e milho. Juntos, os três devem somar R$ 142 bilhões neste ano. 

Por Estado, segundo a FSP (13/11/2012, p.B.7), o VBP em 2012 deve ficar assim, em Bilhões de R$, Mato Grosso na liderança (38,1), seguido de São Paulo (34,0), Paraná (28,6), Minas Gerais (26,3), Rio Grande do Sul (20,6), Goiás (19,0) e Bahia (12,2).


Cana

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