Agricultura irrigada em 27 de janeiro de 2013

Dicas da pesquisa para maximizar a produção: Ganho é maior quando bons funcionários trabalham com bons chefes; Misturar profissionais com alta e baixa performance não irá aumentar a produtividade; Quando estão à frente de equipes pequenas, bons gestores têm mais resultados; - Chefes com índices de produtividade baixos têm 67% de chance de sair da empresa.  (Folha de São Paulo, 27 de janeiro de 2013, p.F2)

Nova Política Nacional de Irrigação incentiva desenvolvimento da agricultura irrigada no país. Uso eficiente de recursos hídricos para a irrigação, articulação intersetorial para desenvolvimento da agricultura irrigada e criação do Sistema Nacional de Informações sobre Irrigação. Estas são algumas das diretrizes estabelecidas. A nova Política Nacional de Irrigação, publicada em 14 de janeiro de 2013 no Diário Oficial da União, reforça as parcerias entre setores público e privado com o objetivo de ampliar a área irrigada no país. A Lei 12787/2013 organiza o marco legal para a gestão de projetos públicos de irrigação, sendo a principal diretriz a indução à eficiência no uso de recursos hídricos para o setor. Além disso, reforça estratégias para o desenvolvimento da agricultura irrigada, visando ao aumento da produtividade, de forma sustentável, e a redução de riscos climáticos para agropecuária. Comentamos sobre a Política Nacional de Irrigação no PodIrrigar, o PodCast da Agricultura Irrigada esta semana!



Oportunidade
Haverá concurso público na área de Conservação do Solo e da Água para Professor Adjunto, no Campus Sete Lagoas da Universidade Federal de São João del-Rei - UFSJ. O edital está publicado no DOU

Capacitação
Temos visto com frequência workshops de meio dia ou um dia sobre irrigação nos Estados Unidos. Para que possamos saber o que se discute lá, colocamos os links de alguns eventos como sugestões para o nosso Brasil, que precisa ampliar e muito a nossa área irrigada, como temos defendido em inúmeras oportunidades, aqui neste blog e também no PodIrrigar, por exemplo. 

Economia - Safra
Cana segura a alta dos preços agropecuários paulista em 2012: O IqPR - Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista, fechou 2012 com alta de 5,24%. Número que poderia ser maior não fosse a queda 5,38% nos preços da cana-de-açúcar observada durante o ano passado. Ao se excluir a cana, o IqPR registra variação de 15,41%, puxado principalmente pela ascensão de 17,17% dos produtos vegetais. A análise é do Instituto de Economia Agrícola – IEA/Apta da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Comparando dezembro de 2012 com o mesmo mês de 2011, as maiores altas foram da batata (245,61%), da soja (67,03%), do arroz (54,16%), do feijão (44,67%), trigo (40,02%), frango (37,18%), tomate para mesa (32,48%), ovos (22,22%), carne suína (21,77%), milho (18,95%) e leite B (6,24%), todos com elevações superiores à inflação acumulada no período. O ano de 2012 apresentou clima muito atípico com precipitações pluviométricas acima da média em junho e abaixo da média em agosto e setembro, prejudicando o desenvolvimento de várias culturas. Daí a quebra de produtividade da safra de inverno paulista, que reduziu a oferta de batata no mercado e, consequentemente, elevou seus preços nos últimos meses. A ausência de chuvas em agosto e primeira quinzena de setembro atrasaram o plantio das águas do feijão estimulando a elevação do valor no final de 2012. Oito produtos apresentaram queda de preços no acumulado dos últimos doze meses: laranja para mesa (37,18%), laranja para indústria (35,49%), café (32,50%), banana (27,16%), amendoim (14,18%), algodão (5,80%), cana (5,38%) e carne bovina (2,75%%). Conheça o artigo na íntegra.



Em novembro de 2009 fizemos em Dourados a palestra "Sistema e Manejo da Irrigação em Fruteiras" em que levantamos os dados de produção e importação de frutas e hortaliças no Mato Grosso do Sul e o tomamos como fator de motivação da expansão da área irrigada no Estado. Iniciamos contextuando a importância da fruticultura, especialmente a irrigada para o desenvolvimento sócio-econômico regional e também destacando os efeitos multiplicadores da agricultura irrigada. Exemplificou com diferentes regiões, onde o desenvolvimento se deu a partir da agricultura irrigada. Com apenas 18% das frutas e hortaliças comercializadas no CEASA-MS provenientes do Estado do Mato Grosso Sul e segundo o último Censo do IBGE (2006) com apenas 309 propriedades produzindo frutas em 1.005 hectares, representadas pelas culturas de goiaba (42 hectares), coco (332 hectares), laranja (419 hectares), maracujá (28 hectares), tangerina (80 hectares), uva de mesa (20 hectares) e limão (87 hectares) e na outra ponta, Mato Grosso do Sul, conta com apenas 2,6% da área irrigada brasileira (116.612 hectares), praticada em apenas 0,6% das propriedades brasileiras, defendemos a importância de se concretizar iniciativas públicas e privadas que levassem a expansão da fruticultura irrigada no Estado. A palestra e os comentários estão disponíveis no sítio da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira.

Também no Showtec 2013 se divulgou que o sistema de irrigação aumenta a produtividade da soja em 60%, com rendimento de até 80 sacas por hectare, superior as 50 sacas por hectare da oleaginosa cultivada sem a irrigação. Com o milho, o resultado chega a 6 toneladas de grão por hectare, 57% acima das 3,8 toneladas por hectare sem a tecnologia. Os dados foram apresentados nessa quinta (24) em Maracaju (MS). Para o engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa, Danilton Luiz Flumignan, o produtor rural que utiliza a irrigação tem níveis garantidos de produtividade, facilitando o planejamento de sua atividade. “São resultados que não dependem das condições climáticas, porém é preciso conhecer o clima da região para aproveitar melhor o rendimento da tecnologia”, diz. Outro fator que garante ganho na produção é que o sistema de irrigação contribui para o melhor aproveitamento dos fertilizantes no solo. Flumignan alerta que a tecnologia precisa apenas de investimento planejado. “Quem quer inserir esse sistema precisa de um estudo de viabilidade e estar preparado para um alto custo inicial, principalmente em energia elétrica, e para arcar com mão de obra especializada para operação e manutenção dos aparelhos”, finaliza.

Nossos Bolsistas no exterior
Iniciativa elogiável, desejada e necessária, o número de Bolsistas no exterior cresce, mas só 12% estão em escola "top" como mostra a matéria do Jornalista Fábio Takahashi na FSP. Um dos principais programas do governo Dilma, o Ciência Sem Fronteiras já triplicou o número de universitários que estudam no exterior, financiados pela União. A maior parte dos beneficiados, porém, não está nas melhores faculdades do mundo. Com base nos dados oficiais do programa, a Folha identificou para quais instituições os alunos de graduação ganharam bolsa, considerando os quatro países que mais receberam alunos (EUA, Portugal, Espanha e França). Dos cerca de 8.000 graduandos, só 12% foram para universidades que integram uma lista considerada como de excelência pela própria Capes (um dos órgãos do Ministério da Educação que coordena o projeto). As listas consideradas são dos rankings britânicos THE (Times Higher Education) e QS (Symonds Quacquarelli). No projeto, o aluno não escolhe em qual universidade estudará. Ele aponta a área e o país. A vaga é obtida pelas instituições parceiras da Capes em cada país, segundo os postos oferecidos pelas instituições que aderiram à ação. As seis escolas que mais receberam alunos, todas portuguesas, não estão na lista considerada como de excelência. A campeã foi a Universidade de Coimbra (709 alunos), que não está entre as 400 melhores no THE (onde a USP é 158ª) e está em 385ª no QS. Depois vem a Universidade do Porto e a Técnica de Lisboa. Entre as instituições bem avaliadas, a que mais recebeu alunos foi a Universidade de Barcelona (93 estudantes), posição 187ª no QS. Há ainda alunos nas líderes dos rankings mundiais, como MIT (4 bolsistas) e Harvard (6).

Gilberto Dimenstein traz um ótimo e belo exemplo em "Pequenos grandes heróis", retratando um jovem de 18 anos, Gustavo Braga, que conseguiu entrar no MIT (Massachusetts Institute of Technology), uma das mais importantes universidades do mundo. Viu como é difícil não apenas ser aceito, mas, depois, bancar os estudos. O que é um problema, vira uma solução. Ele acaba de lançar um site para que empresas apoiem alunos aceitos nas melhores universidades do mundo, batizado de EduqueMe.

Comércio exterior
Ilustro minhas aulas iniciais com alguns "absurdos" que precisamos superar. Somos produtores de "capa" e fumo de charuto em Cruz das Almas, que vai para a Suiça, que vai fazer o charuto e vai nos vender. O mesmo acontece com o cacau que exportado para a mesma Suiça e para Argentina, nos venderão chocolate. Ano passado visitei a Itália, recebi como brinde um pacote de café da Etiópia, o Diretor do Centro de Pesquisas Agronômicas me disse "vendemos café solúvel, inclusive para o Brasil, mas não posso garantir que o grão teve origem no Brasil, então, receba este café etíope, que é centro de origem da espécie na certeza que vai beber algo diferente". Claro que entendo como uma honraria o gesto do amigo e agradeci muito. Esses são exemplos de que precisamos avançar muito no processamento e na comercialização dos nossos produtos agrícolas. Veja a "capa" de charuto sendo produzida na Bahia e o charuto suiço-bahiano.


Mauro Zafalon (FSP, 20/01/2013) produziu uma excelente matéria. Em "O ataque das máquinas" informa que a indústria nacional começa a se armar para disputar mercado com fornecedoras estrangeiras de cafés especiais, que custam até R$ 240 o quilo. É um ótimo sinal. Conhecido como país do café, o Brasil está travando uma batalha pelo consumidor mais sofisticado - e pelos lucros mais expressivos na venda desse produto.Ainda são os brasileiros os principais exportadores do grão commodity (sem valor agregado), mas os volumes do café torrado e moído exportados diminuem ano a ano. Na outra ponta, o país importa volumes cada vez maiores de pó ou cápsulas especiais para máquinas de café feito sob pressão, a preços bem maiores - porque o café passou por seleção, "blending" (mistura de sabores) e acaba tendo um aumento de qualidade. Nessa batalha, quem ri por último é a Suíça, principal fornecedora do produto especial. O preço desse café vindo de outros países chega a R$ 240 por quilo - diluídos em pequenas doses de pouco menos de dez gramas.Nos supermercados, o quilo do produto comum nacional gira em torno dos R$ 10. As indústrias que operam no Brasil acreditam que o país ainda não tenha perdido completamente o bonde desse novo hábito de consumo, mas a tendência está se acelerando. Em 2012, a importação de cafés especiais somou 1.228 toneladas, 52% mais do que no ano anterior. No mesmo período, as exportações brasileiras de café torrado e moído recuaram para 2.218 toneladas, com queda de 38% no ano. No foco dessa história estão as maquininhas, hoje com presença obrigatória em toda lista de casamento. Já somam 850 mil unidades nas residências no país, quase o dobro das 450 mil em 2011. O preço médio do quilo do café importando pelo Brasil saiu por R$ 59,00 e o exportado por R$ 17,00. Da Suiça importamos 43% do café solúvel que entrou no Brasil, 20% veio do Reino Unido e 9% da Itália. Saibam mais...


Divulgando a UNESP
Unesp lança Agência de Notícias com o objetivo é servir como base de sugestão de pautas e fontes. A Assessoria de Comunicação e Imprensa (ACI) da Reitoria da Unesp oferece, a partir deste mês de janeiro, um novo serviço destinado a jornalistas: a Unesp Agência de Notícias, a Unan. A Unan foi criada com o objetivo de difundir as principais atividades e pesquisas publicadas nos diversos veículos de comunicação da universidade e da grande imprensa, além de servir como uma base de sugestão de pautas e fontes.

Cana

A seca no 3º trimestre de 2012 permitiu melhor desempenho nas operações de colheita, com média de 421,8 toneladas/ colhedora (máquina)/ dia, resultado 2,7% maior que na safra 2011/12. Em Nov/12 e Dez/12 o clima na região CS apresentou precipitação de -6,1% e -24,4%, respectivamente, do que a média história, mas manteve as altas temperaturas. Apesar de abaixo da média, a precipitação foi satisfatória para canaviais nos estágios iniciais e médios de desenvolvimento, pois estes demandam menor volume de água para atingir máximo potencial de crescimento. Para canas em estágios mais avançados, a chuva observada não foi suficiente para atingir potencial total de crescimento. DATAGRO Crop Survey classificou o desenvolvimento da cana para a próxima safra na região CS como muito bom, apontando para a diminuição nas falhas de brotamento e vigor dos canaviais. A taxa de reforma dos canaviais na região CS contribui para as expectativas otimistas para 2013/14, apresentando renovação de aproximadamente 20,5% dos campos, aumento significativo se comparada à média histórica de 18,0%. Considerando a situação atual das usinas e produtores, a Datagro estima que a moagem da safra 2013/14 será entre 580 e 590 milhões de toneladas.

Carreira - Bom gestor eleva em 10% produtividade da equipe
Segundo pesquisadores, ensinar é a melhor forma de estimular trabalho, bons chefes têm um efeito "multiplicador", pois aumentam a produtividade da equipe toda e ainda existe um profissional que faz com que a produtividade de todos os trabalhadores aumente - o que é chamado, no jargão de quem estuda administração, de "efeito multiplicador". O nome dele é chefe. Com um bom gestor, uma equipe de nove pessoas trabalha como se tivesse dez -o que equivale a um incremento de pouco mais de 10% na produtividade. Essa noção intuitiva de que chefes influenciam o resultado do trabalho de funcionários foi comprovada em uma pesquisa de três economistas norte-americanos. Edward Lazear, Kathryn Shaw e Christopher Stanton publicaram na revista do birô de economia dos EUA, no ano passado, o estudo "The Value of Bosses" (o valor dos chefes). Eles se debruçaram sobre dados de produtividade de uma empresa que presta serviços de tecnologia. O nome da companhia não foi revelado, mas, segundo o estudo, são 24 mil funcionários e 2.000 chefes que trocam de equipe quatro vezes por ano (a pesquisa abrange dados de 2004 a 2010). Os piores chefes não continuam na empresa. Durante um período de um ano, os piores gestores têm 67% mais chances de sair do que os outros. Esse é outro dado apontado pelo estudo. Marcelo Cherto, dono de uma consultoria que leva seu sobrenome, diz que aprendeu que "não dá para ter acomodograma" (um trocadilho com as palavras acomodação e organograma). A fórmula clássica de promover à chefia um profissional que tem um bom desempenho já não faz sucesso nas empresas. O ditado "perde-se um bom funcionário e ganha-se um péssimo chefe" é lembrado por Pamella Gonçalves, gerente de serviços aos empreendedores da ONG Endeavor, que busca impulsionar o empreendedorismo de alto impacto. Ela afirma que empresas estão mais cientes desse engano e que "fala-se mais da carreira em Y": se, no passado um funcionário subia na carreira, ia para cargos de chefia. Hoje, há uma bifurcação que permite a profissionais que não têm habilidade para ensinar e motivar se tornarem especialistas. (Folha de São Paulo, Felipe Gutierrez, 27 de janeiro de 2013, p.F2)

Entretenimento
Joe Bonamassa nasceu em Utica - NY em 8 de Maio de 1977. Filho de músico, logo cedo aprendeu a tocar guitarra, não tendo receio da platéia. Fã de rock inglês e do blues moderno Joe Bonamassa começou a tocar guitarra aos quatro anos de idade, e aos oito já era elogiado por B.B. King. Guitarrista e compositor competente é considerado pela crítica o sucessor de Eric Clapton, que sempre o agradece pela amizade. O video abaixo é a íntegra do show no Royal Albert Hall (2009). Joe coleciona guitarras desde os 13 anos e possui atualmente 550 exemplares na sua coleção e em seu álbum "You and Me" ele usa 22 guitarras e cinco amplificadores diferentes nas 11 faixas do álbum. Assista também Bonamassa em violão solo! Ou com Eric Clapton em Further on up the Road. Ou tudo isso e mais, em seu canal oficial no YouTube, ou ainda no seu sítio oficial.

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