Notícias de 20 de janeiro de 2013
Convicções políticas de Mário Covas Júnior! Primeira: um país como o Brasil as desigualdades sociais, cruéis e desumanas, reclamam do poder público o enfrentamento de urgências que devem ser encaradas com absoluta prioridade. A segunda: não basta "defender o povo", mas é indispensável estar ao seu lado, ombro a ombro, amassando o barro com os desprotegidos em sua luta cotidiana por tempos melhores. Terceira: a única maneira digna de exercer qualquer função pública é balizando-a pelos valores da solidariedade, da probidade, da dedicação e do espírito publico, o que exige perseverança e uma entrega sem limites ao trabalho. (Oswaldo Martins em "Mario Covas - Democracia: defender, conquistar, praticar", p.32).
No PodIrrigar desta semana destacamos que o Brasil está longe de atingir seu potencial de área irrigada, o que representa uma grande oportunidade profissional. Também divulgamos os números da área irrigada no país e o incremento da irrigação no noroeste paulista e a partir dos dados do canal CLIMA da UNESP Ilha Solteira mostramos a variabilidade das chuvas em 2012 na região e a vulnerabilidade decorrente da falta de chuva em alguns locais. Ouça em http://podcast.unesp.br/podirrigar.
No noroeste paulista em 2012, a evapotranspiração de referência variou pouco em toda a área monitorada pela Rede Agrometerológica operada pela UNESP Ilha Solteira e registrou média foi de 1.530 mm/ano, com mínimo de 1.394mm/ano em Sud Mennucci e máximo de 1.673 mm/ano em Ilha Solteira. Já a chuva média foi de 1.215 mm/ano, mas variou entre o mínimo de 929 mm/ano em Marinópolis e máximo de 1.580 mm/ano em Sud Mennucci, confirmando a vulnerabilidade da produção depende das chuvas e fazendo com que muitos produtores fizessem investimentos em sistemas de irrigação, principalmente os pivôes centrais para a produção de grãos, microaspersão e gotejamento para a produção de citros e aspersão convencional em faixa para as pastagens.
No CONIRD 2012 em Cascavel aconteceu a 8ª Reunião Ordinária do Fórum Agricultura Irrigada e a Ata já está disponível. Conheça o blog do Fórum Agricultura Irrigada.
A presidente Dilma Rousseff sancionou a Política Nacional de Irrigação, aprovada pelo Congresso, com vetos em dois artigos. A lei foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (14). O objetivo da nova lei é incentivar a ampliação da área irrigada no país, aumentando a produtividade de forma sustentável e reduzindo os riscos climáticos para a agropecuária. A partir da decisão, projetos públicos e privados de irrigação poderão receber incentivos fiscais, especialmente nas regiões com os menores indicadores de desenvolvimento social e nas consideradas prioritárias para o desenvolvimento regional. Com o crédito, será possível obter equipamentos com uso eficiente da água, modernizar instrumentos e implantar sistemas de suporte à irrigação. A Lei Nº 12.787, de 11 de janeiro de 2013 que dispõe sobre a Política Nacional de Irrigação; altera o art. 25 da Lei no 10.438, de 26 de abril de 2002; revoga as Leis nos 6.662, de 25 de junho de 1979, 8.657, de 21 de maio de 1993, e os Decretos-Lei nos 2.032, de 9 de junho de 1983, e 2.369, de 11 de novembro de 1987 e dá outras providências, prevê que o Poder Público criará estímulos à contratação de seguro rural por agricultores que pratiquem agricultura irrigada. Em todos esses casos, o governo poderá priorizar os pequenos agricultores. A justificativa dos vetos da Presidência também foi publicada no Diário Oficial de 14 de janeiro de 2013. Um dos artigos vetados dava poder às empresas de energia elétrica para negociarem de forma descentralizada a ampliação de descontos aos projetos de irrigação tratados pela lei, o que foi rejeitado pelo governo por não estar vinculado à um planejamento nacional. O Executivo vetou dois parágrafos de outro artigo. Um permitia que projetos de interesse social fossem custeados por recursos públicos por tempo indeterminado, o que foi considerado contraproducente na busca pela autossuficiência dos projetos; e outro isentava de pagamento projetos com mais de dez anos que ainda não tivessem se tornado sustentáveis até a data de publicação da lei. Ver mais em 1, 2, 3, 4 e DOU.
Ceará: A produção de goiaba está rendendo frutos e trabalhadores desejam alavancar atividade com o associativismo na região Centro-Sul do Ceará que se consolidou como a segunda maior produtora de goiaba irrigada do Estado, com cerca de 100 hectares implantados. Em primeiro lugar está o Distrito Irrigado Tabuleiros de Russas (Distar), com 320 hectares. Apesar da seca que atinge o sertão cearense desde 2012 e afeta o lençol freático, reduzindo o nível de água nos poços, os produtores estão animados e mobilizados a implantar uma Central de Comercialização. Nesta mesma região chega a notícia de que agricultores fortalecem o setor da produção familiar e elevam a fabricação de alimentos. Em Limoeiro do Norte, diante da expansão da agricultura irrigada e da produção de alimentos em larga escala, a agricultura familiar continua sendo responsável por boa parte da segurança alimentar em todo o País, como importante fornecedora de alimentos para o consumo interno. Diante da procura, muitos dos pequenos produtores, aos poucos, estão modernizando as pequenas produções familiares e, com isso, passando a elevar a fabricação dos alimentos em maior quantidade.
E a Bahia lidera aporte de recursos do Mais Irrigação com mais R$ 636 milhões: a irrigação de perímetros públicos na Bahia vai receber R$ 636,5 milhões em recursos públicos do programa Mais Irrigação para gerar emprego, desenvolvimento e produção de alimentos. Os recursos são da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e vão contribuir para nove projetos no estado, localizados em Baixio de Irecê, Salitre, Formoso, Curaçá, Maniçoba, Mirorós, Estreito, Mucambo/Cuscuzeiro e Iuiú. Os investimentos da Codevasf na Bahia representam o maior aporte de recursos públicos do Mais Irrigação: 38% de R$ 1,6 bilhão que a Companhia destina para o programa. Só na Bahia, a Codevasf é responsável por 136,9 mil hectares, dos 141,9 mil hectares incluídos no Mais Irrigação. O Mais Irrigação, formatado e coordenado pelo MI, prevê investimento total de R$ 10 bilhões, entre recursos públicos e privados, em 538 mil hectares distribuídos entre os 16 estados participantes: Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima, Sergipe e Tocantins.
Economia
"Pibinho", falta de linhas de transmissão de energia, estradas ruins, portos ineficientes, carga tributária estratosférica, falta de mão de obra qualificada, maquiagem nas contas públicas dominaram a agenda de começo do ano. O fato é que mesmo com PIB pequeno em 2012, a falta de mão de obra é uma realidade que deve ser encarada com com grande responsabilidade, pois não é possível crescer sem bases sólidas, que começa com pessoas trabalhando adequadamente e infra estrutura adequada. Cada vez empresas investem em treinamento de profissionais para enfrentar os compromissos que assume. Em todos os níveis, desde municipal até federal, investimentos em educação em todas as sua formas e também no treinamento profissional são absolutamente necessárias para garantir o crescimento da economia. A pressão pela via rápida para concedermos vistos de trabalho a estrangeiros aumenta a cada dia e a preservação de empregos de brasileiros, especialmente os de nível superior, não se enganem, passa pela qualificação profissional intensa e permanente, e muitos jovens ainda não perceberam este momento e esta oportunidade que vivemos.
Enquanto isso outro problema é o do fornecimento de energia e o sistema elétrico brasileiro depende cada vez mais das condições climáticas e desde 2001, novas usinas e linhas de transmissão foram construídas, mas País perdeu capacidade de armazenamento de água. Assim, outro investimento necessário é o da ampliação e da divulgação das informações climáticas e também da necessidade de profissionais que saibam operar sistemas de aquisição de dados (sensores e dataloggers) e interpretar os dados, gerando soluções e ampliando o planejamento dos recursos hídricos.
Na UNESP Ilha Solteira o projeto "Modelagem da Produtividade da Água em Bacias Hidrográficas com Mudanças de Uso da Terra" financiado pela FAPESP, estabeleceu e opera a Rede Agrometeorológica do Noroeste Paulista que atualiza e divulga gratuitamente a cada cinco minutos as informações climáticas, sendo portanto uma ferramenta valiosa à disposição dos profissionais.
Sobre geração de energia, há ótimos gráficos, esquemas e estatísticas e é possível entender a diferença entre usina a fio d´água e de acumulação.
Pedro Malan, no Estadão, (13/01/2013, p.A.2) em seu artigo "O tempo dirá. Ou não" faz uma análise sobre a política econômica, investimentos necessários em energia, e acredita ser na atualidade fundamental um esforço para melhorar a qualidade do debate público. Conclui seu artigo "O Brasil merece algo melhor em termos de qualidade de debate público. E acho que, apesar das tentativas em contrário, estamos avançando."
Deveria ser uma grande preocupação, especialmente se queremos ter PIB maior, os "Apagões e os Apaguinhos" que cresceram e corte de luz bate recorde em 2012 como mostra na FSP (19/01/2013) Renata Agostini e Tai Nalon. Os consumidores brasileiros tiveram de conviver em 2012 com um recorde incômodo: o de cortes de luz. Trata-se do maior nível de interrupção de carga registrado pelo governo desde 2009 - ano marcado pelo maior apagão da era Lula. Em 2012 foram 241 interrupções de energia. Os dados fazem parte de levantamento feito pela Folha a partir de dados do Ministério de Minas e Energia e do Operador Nacional do Sistema Elétrico. O recorde pode ser ainda maior, pois dados do mês de dezembro - que registrou um dos maiores apagões - ainda não foram integralmente contabilizados pelo governo. O Ministério de Minas e Energia deve divulgar os números oficiais na semana que vem.
A "maquiagem" das contas públicas promovidas pelo Governo Federal não foi bem digerida pelo mercado, mesmo sendo legais as manobras contábeis que asseguraram o cumprimento da meta fiscal em 2012. Há pouco mais de um mês, a revista The Economist recomendou à presidente Dilma Rousseff demitir o ministro da Fazenda Guido Mantega. Esta semana, o também inglês Financial Times disparou críticas contra o comando da economia brasileira, mirando especificamente o ministro Mantega e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, atacando o "jeitinho brasileiro" na economia e a matéria ganhou grande repercussão entre na imprensa brasileira, como por exemplo, no Estadão, no UOL, na Veja e no InfoMoney.
Conheça a UNESP
A UNESP discute diretrizes para internacionalização com o objetivo de conseguir uma visibilidade institucional cada vez maior. Pró-reitores de Pós-Graduação, Graduação e Pesquisa da Unesp, juntamente com o assessor de relações externas (Arex), José Celso Freire Junior; assessores de diversas pró-reitorias, incluindo assistentes da pró-reitoria de extensão e administração; bem como representantes do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) se reuniram com o intuito de discutir diretrizes do programa de internacionalização da universidade. No encontro, foi definido pelos participantes o que é internacionalização para a Unesp. A comissão concluiu que a internacionalização da Unesp é um processo transformador que integra a dimensão internacional na política institucional com objetivo de desenvolver competências, atitudes e valores na busca da excelência acadêmica.
Em comemoração aos 37 anos da Unesp, a Assessoria de Comunicação e Imprensa (ACI) produziu um vídeo com imagens das 34 unidades universitárias e as três fundações que formam a instituição. A Universidade foi criada no dia 30 de janeiro de 1976. Por meio de fotos, a dimensão, a pluralidade e a história da Universidade são narradas na ordem em que as unidades surgem na sequência das datas de suas criações. A trilha sonora é uma mixagem da obra Arapongas, do compositor José Augusto Mannis, executada pelo Grupo de Percussão do Instituto de Artes da Unesp (PIAP).
Nossos alunos em destaque
O curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da FEF (Fundação Educacional de Fernandópolis) está entre os melhores do Brasil, segundo os dados divulgados no site da Exame.com no dia 7 de dezembro de 2012, após resultado do Enade. Na foto abaixo, dois dos nossos Orientados que fazem parte desta conquista, Luiz Vanzela e Gilmar Santos.
Oportunidade
Vagas na Consultoria de Logística LogTRac, com sede em São Carlos e atuando no ramo de consultoria de logística para agroindústrias canavieiras, procura profissional recém-formado ou estagiário com o seguinte perfil: Formação em engenharia de produção ou agronomia, boa base de conhecimentos no uso de ferramentas computacionais (Word, Excel, Power Point), interesse por logística, sistemas de informação, treinamentos operacionais, custos operacionais, avaliação de projetos e estatística para engenharia. Em contrapartida a Empresa oferece remuneração compatível com o mercado, grandes oportunidades de aprendizado e desenvolvimento profissional e excelentes oportunidades de contato com executivos de alto nível das agroindústrias canavieiras. Enviar currículum para Mariana Gomes (16 3307-6424).
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