Segurança alimentar e logística de transporte como notícia
"Quando pensamos ser Luz, temos que ter o discernimento que dependendo do foco em que dirijo minha luz eu posso fazer sombra no interior de quem eu penso estar iluminando". (Voltaire)
Segurança alimentar e produção
"Indústria brasileira tem o pior desempenho entre emergentes - Pouco internacionalizada, indústria acumula entraves" assim é a manchete do caderno Mercado da FSP de 12/05/2013 ( p.B.1 e B.3), e ficamos sabendo que entre 25 países, no ano passado o setor apenas encolheu no Brasil e na Argentina, que está em crise e os números mostram que problemas domésticos têm exercido maior influência do que a crise internacional. O interessante que é em outra ponta todo o setor envolvido com a engenharia de irrigação, ou, com o aumento da área irrigada que cresceu a passos largos nos últimos dois anos, projeta um crescimento ainda maior para os dois anos seguintes, apenas fazendo ressalva para ao ano de 2015, ou seja, após a Copa e a as eleições, problemas domésticos, que causam estagnação e desconfiança no setor industrial como todo, passa a preocupar o setor de irrigação, que sofre influência positiva de problemas vindos dos outros países, a maioria deles ligados à fenômenos climáticos adversos, como neste momento, o período seco prolongado na China ou a neve que já deveria ter cessado nos Estados Unidos e atrasam o plantio de toda a área de produção de grãos, que tem uma janela de plantio que se fecha em 21 de maio. As demandas por alimentos no mundo crescem, especialmente as ligadas à produção de proteínas, como carne, ovos ou derivados de leite e para fornecê-las, países produtores de soja e milho ficam em condições favoráveis. Somente a China, aumentou em quatro vezes nos último 20 anos o consumo de carne. Assim, o ambiente para o investimento em agricultura irrigada no Brasil passa a ser extremamente favorável e muitos agropecuaristas já perceberam isso e fazem investimentos crescentes em sistemas de irrigação, de norte a sul do país. O noroeste paulista, região de maior aptidão climática, de bons solos e de infra estrutura de transporte e energética não tem colhido este ambiente favorável e os investimentos podem ser classificados como tímidos.
E a FSP (19/05/2013) mostra que indicador defasado "esconde" 22 milhões de miseráveis do país. O número de miseráveis reconhecidos em cadastro pelo governo subiria de zero para ao menos 22,3 milhões caso a renda usada oficialmente para definir a indigência fosse corrigida pela inflação. É o que revelam dados produzidos pelo Ministério do Desenvolvimento Social, a pedido da Folha, com base no Cadastro Único, que reúne informações de mais de 71 milhões de beneficiários de programas sociais. Desde ao menos junho de 2011 o governo usa o valor de R$ 70 como "linha de miséria" - ganho mensal per capita abaixo do qual a pessoa é considerada extremamente pobre. Ele foi estabelecido, com base em recomendação do Banco Mundial, como principal parâmetro da iniciativa de Dilma para cumprir sua maior promessa de campanha: erradicar a miséria no país até o ano que vem, quando tentará a reeleição. Entenda mais sobre o tema!
Logística
Maior feira de logística da América Latina discute problemas na infraestrutura. Infraestrutura e burocracia lideram os problemas nos portos brasileiros. Por ano, bilhões de dólares são gastos a mais para escoar a produção agrícola brasileira. Para discutir soluções de aumento da eficiência logística, acontece até esta quinta-feira (04) em São Paulo a Intermodal South America, a maior feira de logística da América Latina. O evento reúne representantes de 22 países. Confira na reportagem de Natália Manginelli.
O Blog Rumo ao Porto relata o caminho do escoamento da soja, da plantação ao porto. São dois trajetos que ligam Mato Grosso, o principal estado produtor de soja no país, ao mar. O repórter Dhiego Maia, do G1 MT, sai de Sorriso rumo a Santos (SP). E o repórter Glauco Araújo, do G1 SP, vai de Sinop para Santarém (PA). Ambos saíram no dia 15 de abril de 2013. O primeiro trajeto será de 2.700 km e deve durar 4 dias. O segundo, de 1.300 km, pode levar o mesmo tempo, dependendo da chuva e da condição das estradas. Eles relatam da boleia do caminhão os gargalos da logística no Brasil, maior produtor de grãos do planeta que tem o transporte baseado em rodovias - em detrimento de meios mais baratos e eficientes, como ferrovias ou hidrovias. Acompanhe em mapas e textos!
Saiba sobre a Medida Provisória dos portos e o jogo de interesses e os principais conflitos que afetam as empresas que operam nos portos. E o experiente Jornalista Jânio de Freitas analisa a Presidente em "Só jogo duro". Vale a leitura!
Custo Brasil
Gargalo tributário é o nome da Série na FSP que mostrará, a cada 15 dias, os entraves tributários do país. Alguns países se orgulham da sofisticação das suas cadeias produtivas. Não é, com frequência, o caso brasileiro. Aqui, complexa é a cadeia tributária, tão cheia de detalhes e siglas que, em uma representação gráfica, como a desta página, quase oculta a ação do setor produtivo. Em 2012, a carga tributária do país chegou a inéditos 36,27% do PIB, minando a competitividade. Aqui, uma garrafa de vinho paga 45% de impostos. Na concorrente Argentina, apenas 26%. Além da carga alta, duas questões tornam a tributação um tema momentoso. Uma é que em junho se torna obrigatório incluir a carga tributária na nota fiscal. Para os entusiastas, a população criará uma consciência inédita, passando a cobrar (e votar pela) redução de impostos. A outra questão é que o governo federal tem levantado a bandeira da desoneração tributária. Não é renúncia fiscal pura, mas troca: em alguns setores, deixa-se de arrecadar 20% da folha de pagamento das empresas para cobrar de 1% a 2% do faturamento. O cenário não é de otimismo. Se não for possível cortar a carga tributária, é razoável fazê-la ao menos deixar de ser o Frankenstein atual. O Brasil tem mais de 80 tributos. Surgem mais 30 normas por dia. Nas palavras do economista Clóvis Panzarini, "a cada edição do Diário Oficial', o sistema tributário brasileiro fica pior". Veja abaixo como o governo leva R$ 45,00 de cada R$ 100,00 pagos por um vinho gaúcho.
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