Em 24 de novembro, novas e boas notícias

"A única forma de as marcas sobreviverem é manter um trabalho autoral, único. Estamos passando por uma revolução silenciosa, que marca a passagem de bens finitos pelos bens infinitos. O dinheiro vai migrar para onde houver criatividade e a grande palavra para tudo isso é: experiência. Todo ser humano é criativo; um trabalhador criativo tem que morar em um lugar criativo e é impossível swr criativo em ambientes onde não há troca, cooperação. Os profissionais precisam pensar no legado que deixarão para seus descendentes. Os clientes percebem quando lidam com profissionais diferentes. Temos que mostrar, de forma prática, como a alegria está inserida em nosso dia a dia e que a vida pode ser muito melhor quando nos divertimos" (Fábio Galeazzo, na revista Casanova, Edição 21, p.28, novembro de 2013)

Finalizamos um projeto de irrigação localizada, microaspersão em citros, saindo do volume necessário e chegando ao memorial descrito. Relembramos a Fórmula Universal de perda de carga e as suas aplicações e critérios de projeto. Em um setor irrigado a perda de carga não pode passar de 20% da pressão de serviço, e no caso da irrigação localizada, a perda de carga deve ser distribuída entre a linha lateral (55%) e linha de derivação (45%). Veja em atividades acadêmicas exercícios e exemplos de dimensionamento. O uso de planilhas eletrônicas para a resolução do dimensionamento é incentivado e desejado para a fixação do aprendizado.
No projeto de irrigação por microaspersão em citros que fizemos, concentramos a maior parte do tempo na linha de derivação, que é telescópica para que seja possível manter a pressão dentro das condições que caracteriza um bom projeto de irrigação, que não pode ter uma perda de carga maior que 20% da pressão de serviço no setor irrigadao, sendo 11% o máximo a ser perdido na linha lateral e 9% na linha de derivação, que ainda tem que sofre a contabilidade decorrente da diferença de nível, uma vez que a linha está com fluxo morro abaixo. Veja o exemplo em que a pressão desejada na entrada de cada linha lateral é de 15,8 mca e colocamos esta mesma pressão chegando no cavalete dos setores superiores. Assim, se construirmos nossa linha de derivação com 39 metros com tubos de 4", 84 metros com 3" e 48 metros com 2" (sempre PVC), teremos uma linha de derivação com 171 metros. 


Nesta situação, a pressão média da linha de derivação será de 15,4 mca (variação de 7,7% no setor), com pressão máxima de 16 mca e mínima de 14,8 mca e diferença entre a primeira e a última linha lateral será de -4,4%, com variação máxima de 4% e mínima de -3,5% em relação à pressão média, como se extrai da planilha acima e gráficos abaixo.


Se a linha principal ou adutora (neste caso incluindo a linha secundária, porque operamos um setor de cada vez) é de 445 (80+350+15) metros e utilizarmos tubulação de 4" (velocidade = 1,5 m/s) haverá uma perda de carga de 8,5 metros. Observe que após calcularmos a perda de carga na linha secundária e na linha principal, devemos adicionar a diferença de nível e a perda de carga localizada e assim, se tem a pressão necessária na saída da moto-bomba. Foi reforçado aos alunos para que façam seus estudos auxiliados pela construção de uma planilha de cálculo, permitindo um melhor entendimento das variações de perda de carga e pressão. Depois devemos dimensionar a sucção utilizando uma velocidade em torno de 1,0 m/s, somar a altura manométrica de recalque (pressão na saída da moto-bomba) com a altura manométrica de sucção e assim, obtém-se a altura manométrica total, que multiplicada pela vazão resultará na potência no eixo da bomba, que multiplicada pela reserva de potência, resultará no motor necessário para o acionamento. Pronto, agora só lista o material a ser utilizado e confeccionar o memorial descritivo. Utilizamos a Fórmula Universal, mas podemos dimensionar por Hazen-Williams, pois estamos bombeando água e a tubulação é maior que 2". Fiquem a vontade na escolha da equação!

Na quinta-feira fizemos a revisão das provas e resolvemos todas as questões, Parabéns aos que mostraram ótimo desempenho, continuem assim! Aos que não foram muito bem, a dica é para se dedicarem mais, construímos vários canais de apoio ao ensino baseado na Internet, que complementam de forma mais prática os ensinamentos contidos nos livros-textos e os ofertados em sala de aula. Use-os sem moderação e tenham muito sucesso!


Pod Irrigar - Irrigando pastagens, ou planejando a irrigação
As terras para agricultura ou pecuária estão cada vez mais caras e a incorporação de tecnologia é a única maneira realista para manter a lucratividade de qualquer setor, ou ainda se manter em uma atividade. A agropecuária tem uma relação injusta, pois, o que se vende, grãos, frutos, carne, ou alimentos em geral, estão sujeitos a Lei da Oferta e Procura plena, enquanto que os insumos, tem subido acima dos preços incorporados aos alimentos.
Nesta situação, a busca por eficiência e ganhos de produtividade são essenciais, tanto para a sobrevivência do negócio, como para obter a rentabilidade compatível com o valor do imóvel.
A irrigação de pastagens já é uma realidade e a lucratividade está diretamente ligada à dois outros tratos: pastejo rotacionado e adubação constante, para suportar a elevação da taxa de lotação de animais e com isso ganhos anuais de 70-80 arrabas por hectare por ano tem sido observadas em várias regiões.
A passagem do ambiente extensivo para o intensivo exige planejamento em duas fases: a do financiamento e o da operação após a implantação do sistema de irrigação e da distribuição dos piquetes.
Para a confecção do projeto de financiamento há que se definir com cautela a área a ser irrigada, o tipo de sistema de irrigação (convencional, em malha, faixa, canhão ou pivô central), a disponibilidade de água e energia, o número de piquetes, se vai trabalhar com engorda ou gado de leite, novilhas ou bezerros - ou ambos, e que tipo de animal, a lotação desejada, o ganho de peso diário previsto, o programa de adubação e aplicação de água a ser praticado, os custos operacionais e ainda a depreciação dos equipamentos.
Um planejamento bem detalhado e com informações realistas e permitirão a realização de um projeto com um fluxo de caixa coerente, primeiro passo para a obtenção sem restrição do financiamento e por fim, a garantia da sua real viabilidade econômica, e portanto, do sucesso com o uso da irrigação em pastagens. Esse foi o tema que desenvolvemos esta semana no Pod Irrigar - o Pod Cast da Agricultura Irrigada. Ouça também as dicas anteriores.

Modernizando em busca da eficiência do uso da água

"Governo retoma obras de transposição do São Francisco em ritmo lento" é o resumo da ótima e realista matéria sobre a lamentável situação em que se encontra a Transposição do Rio São Francisco, especialmente considerando a situação em que o nordeste agoniza pela maior seca dos últimos 60-70 ou anos, dependendo da região em se vive. A Folha percorreu nesta semana os dois canais da obra - o leste e o norte. Encontrou placas de concreto rachadas sendo remendadas, em vez de substituídas por novas peças, entre outras anomalias. O orçamento total pulou de R$ 4,6 bilhões para R$ 8,2 bilhões desde o início dos trabalhos, em 2007, durante o segundo mandato de Lula, fora o atraso de 5 anos. Mal conservados, canais terão de ser refeitosConfira a matéria completa, que inclui fotos, infográfico bem ilustrativo e dados


Trecho com rachaduras e placas caídas em Sertania, interior de Pernambuco Leia mais


Sensoriamento remoto
Na revista Remote Sensing, Volume 5, Edição 11, páginas 5783-5804 o artigo Large-Scale Water Productivity Assessments with MODIS Images in a Changing Semi-Arid Environment: A Brazilian Case Study é a mais recente pesquisa publicada pelos pesquisadores Antônio Heriberto de Castro Teixeira da EMBRAPA, Morris Scherer-Warren da ANA, Fernando Braz Tangerino Hernandez da UNESP Ilha Solteira, .T. Hernandez e Ricardo G. Andrade e Janice F. Leivas da EMBRAPA.


Agricultura, irrigação e produção

Mauro Zafalon divulga que a renda agrícola ainda crescerá em 2014, mas em ritmo menor em relação aos anos anteriores. É o que mostram os novos dados do VBP (Valor Bruto da Produção) do Ministério da Agricultura. José Garcia Gasques, coordenador da AGE (Assessoria de Gestão Estratégica) do ministério, prevê um valor total de produção de R$ 441 bilhões em 2014. Se confirmado, esse valor vai superar em 5% o de 2013. Neste ano, o VBP deverá atingir R$ 420 bilhões, superando em 10% o de 2012. A safra de grãos voltará a ser recorde em 2014, mas a redução de preços de produtos-chave para o setor fará com que haja essa perda de ritmo no crescimento da renda. As lavouras, considerando 16 dos principais produtos nacionais, deverão render R$ 296 bilhões no próximo ano, 6% mais que neste. Já a pecuária somará R$ 145 bilhões, com evolução de 2,5%. O aumento da renda de 6% nas lavouras em 2014 será inferior aos 9% deste ano. Essa evolução em ritmo menor ocorrerá porque a renda do milho recuará para R$ 29 bilhões, 19% inferior ao projetado para este ano. Segundo dados da AGE/Mapa as lavouras trarão receitas da ordem de R$ 296 bilhões e a pecuária R$ 145 (incluindo R$ 50 bilhões dos frangos e R$ 51 bilhões dos bovinos) e a soja representará R$ 107 bilhões e a cana R$ 47 bilhões.


No Estado de São Paulo, preço da terra para agropecuária sobe 390% em dez anos e expansão urbana é apontada como o principal motivo da redução de áreas ao setor agrícola. O preço de terra na área rural de municípios da região de Sorocaba aumentou até 390% nos últimos dez anos, de 2003 a 2013. De acordo com números do Instituto de Economia Agrícola (IEA), em 2003 o preço médio do hectare de terra nua custava R$ 3.213.96 e no primeiro semestre de 2013, R$ 15.754,13. A expansão imobiliária, com a construção de condomínios e loteamentos, que avança nas áreas rurais, é o principal motivo para o aumento do preço da terra, de acordo com o presidente do Sindicato Rural de Sorocaba, Luiz Antonio Marcello. As áreas para agricultura e pecuária diminuem na região, principalmente em Sorocaba e municípios vizinhos, que vivem uma fase de crescimento imobiliário. O levantamento do IEA é feito por meio de informações passadas por técnicos das Casas de Agricultura. Foram 16 informantes para se chegar ao preço do hectare na região do Escritório de Desenvolvimento Rural (EDR) de Sorocaba, que abrange 19 municípios. O menor valor verificado em 2013 foi de R$ 4.132,23 e o maior, de R$ 33.057,85. Como comparação, a região de Registro, no Vale do Ribeira, o preço médio do hectare é de 2.169,42: na de Itapeva, R$ 7.742,03; e na de Itapetininga, R$ 12.138,43. O preço de terra nua por região pode ser consultado no site do IEA: www.iea.sp.gov.br.

Uma ótima reportagem do Globo Repórter de 15/11/2013 retratou a força do agronegócio no Brasil e a distribuição de riqueza, saúde e conforto. A matéria começa com Pinto Bandeira - RS, com apenas 250 famílias. Avança sobre Cristalina - GO, onde trabalhadores que viviam da extração de cristais criam o tesouro verde do Brasil e privilegiada, com mais de 250 rios, córregos e nascentes. Com muita água correndo por todos os cantos, foi possível fazer brotar nessas terras alimento o ano todo, com o uso da irrigação e 34 cultivos diferentes. Passa por Campo Novo do Parecis - MT e suas extensas áreas de girassol, cana e soja, uma terra de oportunidades. Trabalho em família é o segredo de cidade que zerou analfabetismo e mortalidade infantil, a base da economia de São Pedro de Alcântara - SC é a agricultura familiar. São 200 pequenas propriedades rurais e nelas todo o trabalho é feito pela família. Depois a reportagem chega onde a tecnologia de ponta, produção de soja e algodão e vontade de crescer ajudam Chapadão do Sul - MS. Em Lucas do Rio Verde - MT, população administra escola pública com piscina e excelente padrão de ensino em uma cidade jovem e muito bem estruturada com Índice de Desenvolvimento Humano superior à média nacional. Em Cacoal - RO, índios produzem café na Amazônia e geram empregos para a cidade que cresceu em menos de quatro décadas por causa do café. Ele se adaptou muito bem ao clima de uma parte da Amazônia. A chamada do programa teve o seguinte texto: Globo Repórter viaja pelas cidades mais jovens do interior do Brasil. Empregos, riquezas, educação e saúde pública de alto nível. E muita qualidade de vida. As novas terras de oportunidades.

Mudança climática
Fundo contra mudança do clima tem verbas paradas e maior parte dos recursos do governo federal ainda está depositada no BNDES. Para ambientalistas, alguns dos projetos que receberam dinheiro estão fora do objetivo primário do fundo. Três anos após ser criado, o Fundo Clima, mecanismo de financiamento criado pelo governo federal para combate ao aquecimento global, ainda possui a maior parte de seus recursos presa no BNDES e tem aplicado verbas em projetos criticados por estarem fora do escopo da mudança climática. Apenas uma pequena parcela do fundo - incorporada ao orçamento do MMA (Ministério do Meio Ambiente) para empregar em projetos a fundo perdido - foi usada. O dinheiro repassado ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) tem como finalidade financiar projetos como a melhoria da eficiência energética de transportes e indústrias ou a criação de infraestrutura para geração de energia renovável, mas está quase todo travado. Veja o fluxograma da captação dos recursos.

2013 está entre os dez anos mais quentes desde 1850 e Relatório diz que eventos climáticos extremos se intensificaram. O ano ainda nem acabou, mas as temperaturas registradas até agora já colocam 2013 entre os dez anos mais quentes desde que as medições começaram, em 1850. A informação é do último relatório da WMO (Organização Meteorológica Mundial da ONU), que lançou o documento ontem em Varsóvia, durante COP-19 (conferência mundial do clima). Os dados só levam em consideração o período entre janeiro e setembro, mas já deixam 2013 empatado com 2003 como o sétimo ano mais quente do período analisado. A temperatura média nos primeiros nove meses do ano ficou 0,48º C mais alta do que a média entre 1961 e 1990. Em 2011 e 2012, as temperaturas subiram menos do que a tendência, segundo o grupo, devido ao fenômeno La Niña (resfriamento das águas do Pacífico).

Infraestrutura e logística
Governo revê concessão de ferrovias para privilegiar trechos cobiçados e Ferroanel de SP e Ferrovia da Soja, tidos como mais viáveis e atraentes, serão licitados antes. O plano inicial, com 12 trechos, previa contratos assinados até setembro de 2013 e investimentos de R$ 91 bi, mas não decolou. Planos irrealistas empacaram licitações, como prazos exíguos, retornos pouco atraentes, falta de planejamento e gigantismo de projetos foram maiores entraves. Os problemas nas concessões de ferrovias pouco diferem dos das de portos e rodovias, também atrasadas. A avaliação, no próprio governo, é que se "esticou a corda" demais na negociação com as empresas, com a fixação de retornos pouco atrativos. Os prazos também eram inviáveis. Para ter uma ideia, no caso das rodovias, as obras deveriam ser concluídas em cinco anos. Em alguns projetos, o governo chegou a prever apenas quatro meses. Como o programa de concessões era considerado uma alavanca para a economia em 2014 - ano eleitoral -, o governo lançou concorrências mesmo sem amadurecê-las. As empresas não fizeram lances porque, em alguns casos, não havia sequer estudos aprofundados dos trechos ofertados. Diante da longa lista de projetos, os empresários focaram os mais rentáveis.

Segurança alimentar

Empreendedorismo - Negócios

Entretenimento
The John F. Kennedy Center anualmente homenageia anualmente personalidades ligadas às artes. Em 2012 as homenagens foram feitas a Buddy Guy, Dustin Hoffman, David Letterman, Natalia Makarova, and Led Zeppelin. A dica de hoje é assistir ao 35th Annual Kennedy Center Honors.

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