E chegamos a dezembro: vamos as noticias da semana

"A razão é o segundo e importantíssimo caminho da verdade. A faculdade racional exorta a não se deixar enganar pelos nossos sentidos, que é o caminho do erro, contrapondo assim à verdade alcançada pela razão aos erros ocasionados pelos sentidos." (Parmênides de Eléia - 530-460 a.C) (A)

E chegamos ao fim de mais um semestre! Amanhã, esperamos ótimos seminários e que todos tenham se preparado para a prova final que versará sobre todo o conteúdo do semestre. Nas aulas da semana trabalhamos com projeto de irrigação por gotejamento em citros, mas o gotejamento tem tido uma aplicação cada vez mais abrangente, que inclui diferentes culturas e cada vez mais se destaca o uso na área urbana, com jardins de diferentes naturezas e formatos. Trinta e duas casas em cada cinquenta casas americanas tem sistemas de irrigação para irrigar o gramado e as flores e assim, a paisagem é sempre muito bonita. A irrigação também é utilizado em áreas públicas em larga escala, pois nas cidades, o produto a ser "vendido" não é grão, mas a beleza que traz um conforto visual muito valorizado. Este movimento de irrigar áreas públicas ou coletivas já vem sendo observado no Brasil, especialmente em áreas institucionais de condomínios, cujos gestores já perceberam que o investimento compensa, pois além de valorizar prontamente o empreendimento, em menos tempo do que se esperava, a economia de mão de obra e da água desperdiçada com as mangueiras, amortiza o investimento feito nos sistemas de irrigação, que automatizados, permitem inúmeras combinações de tempo e horário de funcionamento e assim os resultados são reais e trazem satisfação aos moradores.

Gotejamento irrigando jardim em área pública.

Na parte da tarde finalizamos nosso curso com um projeto de irrigação de campo esportivo, onde deve-se prestar atenção na escolha do bocal e as vazões correspondentes para que se mantenha a mesma precipitação. O lay-out do sistema, a definição de como os aspersores serão alimentados e o número de setores e o entendimento de que a perda de carga deve ser calculada trecho-a-trecho é o diferencial dos demais sistemas aprendidos. Utilizamos aspersores tipo gear-drive devido ao alcance dos jatos, mas os aspersores de última geração chamado MP-Rotator, da fábrica Hunter são cada vez mais utilizados em parques e jardins. Ambos são aspersores tipo pop-up (escamoteáveis) e o Rotator usa jatos "giratórios", enquanto que o gear-drive se apresentam em jato único. Catálogos diversos estão disponíveis no na aba "Atividades Acadêmicas" do canal de conteúdo da AHI e além dos livros-textos já recomendados, o de Pete MELBY vale a pena consultá-lo. Isabella Baesso fez esta semana uma ótima postagem sobre o tema neste blog. Como não há novidades a serem ensinadas, fizemos apenas uma abordagem geral e foi solicitado aos alunos que relembrem os conteúdos de Hidráulica Agrícola relativos à Golpe de Ariete, escolha de mobo-bomba e NPSH. 
Arena Recife com a irrigação no intervalo do jogo e observa-se o setor de irrigação (by Michel Siqueira).

Paisagismo
Em várias ocasiões temos incentivado nossos alunos e também os Engenheiros Agrônomos a se interessarem mais pela área de paisagismo. Somos da opinião de que Engenheiros Agrônomos reúnem qualificações que podem qualificar o trabalho desenvolvido, afinal, conhecem plantas como ninguém, recebem ensinamentos específicos sobre paisagismo, topografia, hidráulica e irrigação, entre outros,  e assim, podem agregar ainda mais valor ao projeto e à sua implantação e ao seu perfeito funcionamento. Nesta direção, a Folha de São Paulo em 30/11/2013 - p.A.3, pergunta: " A profissão de paisagista deve ser autônoma?" SIM é a opinião de  Eliana Azevedo, Cecília Herzog e Julio Pastore no artigo "Paisagens que queremos ter", enquanto que NÃO é o pensamento de José Armênio de Brito Cruz no artigo "Profissional generalista".

Pod Irrigar - Irrigando e manejando as pastagens
No Pod Irrigar da semana passada lembramos que com as terras cada vez mais caras em todas as regiões brasileiras, a busca por ganhos de produtividades é uma necessidade para se manter na atividade e a adoção de técnicas e tecnologias é a única maneira realista para garantir a renda em qualquer atividade econômica e falamos sobre o planejamento necessário para a aquisição com financiamento de sistemas de irrigação para a produção de leite ou de carne. Pois bem, a irrigação de pastagens é uma realidade e a área irrigada para a produção de leite e carne ganha cada dia mais adeptos e você, acaba de adquirir o seu sistema de irrigação! E agora é hora de colocar em prática tudo o que foi planejado. A pastagem já está dividida em piquetes, precisamos da análise da fertilidade do solo para definirmos a correção do solo com calcário e/ou gesso e o programa de adubação. Antes, já tomamos a decisão de reformar a pastagem ou apenas melhorá-la e agora vamos fazer o manejo dos fertilizantes. A adubação deve ser periódica e mensal ou a períodos com frequência semelhante à rotação do gado nos piquetes e varia-se a dose de nitrogênio e potássio aplicado conforme a extração. No verão, com o crescimento intenso da pastagem, as adubações são mais pesadas. Outro item fundamental é o manejo da irrigação, que pode ser via solo, medindo a quantidade de água disponível no solo através de tensiômetros, por exemplo, ou via atmosfera, estimando a evapotranspiração, que acreditamos ser o mais prático. A UNESP Ilha Solteira através do canal CLIMA disponibiliza com atualização horária a evapotranspiração a partir de oito estações agrometeorológicas automática e serve de base para que o irrigante faça de forma livre e gratuita o manejo da irrigação, ou seja, define, o quanto e quando irrigar e assim, mais de 4.000 hectares se beneficiam deste trabalho de extensão oferecido pela UNESP. Basta acessar http://clima.feis.unesp.br. Em sua Dissertação de Mestrado, Paulo Gargantini verificou resposta positiva da combinação da irrigação e adubação nitrogenada sobre o aumento da produtividade de matéria seca e da redução da sazonalidade de produção de forragem. Baseado nas taxas de acúmulo de matéria seca recomenda-se para o cultivo de capim Mombaça na região oeste do Estado de São Paulo, do período de outubro a maio, irrigações médias iguais a evapotranspiração de referência e adubações de 83 a 100 kg de N por hectare em intervalos médios de descanso de 33 dias. No período de junho a setembro, devem ser feitas aplicações de 50 kg de N.ha-1 em intervalos médios de descanso de 46 dias. Esse foi o tema que desenvolvemos esta semana no Pod Irrigar - o Pod Cast da Agricultura Irrigada. Ouça também as dicas anteriores.

Canal YouTube
Os Bolsistas PROEX produziram dois novos videos que foram disponibilizados esta semana no canal YouTube da AHI: um trata das conclusões da Oficina "Culturas Temporárias Irrigadas" que coordenamos no XXIII Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem, o CONIRD 2013, que aconteceu de 13 a 18 de outubro de 2013 em Luís Eduardo Magalhães, BA. O outro video, foi mais uma iniciativa de colocar imagens no Pod Irrigar de 21/11/2013, resultando no Pod Irrigar Interativo com o tema "Irrigação de pastagem e planejamento da irrigação", onde destacamos a importância da tecnologia de irrigação para agricultura e pecuária e a necessidade de um planejamento adequado para obter um fluxo de caixa realista

Temperaturas elevadas, radiação alta e elevadas taxas de evapotranspiração exigem irrigação
A temperatura passou dos 40ºC esta semana, a radiação chegou a 27,9 MJ/m2.dia e a evapotranspiração passou com frequência do 6,0 mm/dia. Sem chuva, os equipamentos de irrigação funcionaram a plena carga para manter as elevadas produtividades das lavouras no noroeste paulista. Ontem, o vento soprou forte em Ilha Solteira, Marinópolis e Paranapuã, chegando a 37,1 km/h, 47,2 km/h e 37,4 km/h, respectivamente. E o canal CLIMA da UNESP Ilha Solteira disponibiliza todas as variáveis climáticas com atualização a cada cinco minutos a partir de http://clima.feis.unesp.br



Agricultura irrigada
Na FUVEST de domingo caiu a seguinte questão: A região do médio Vale do São Francisco, nos estados da Bahia e Pernambuco, tem sido, desde a década de 1980, uma das mais importantes zonas agrícolas fruticultoras no País. Por exemplo,o total da produção dos municípios de Juazeiro, Petrolina, Santa Maria da Boa Vista e Curaçá ultrapassa 550.000 toneladas anuais, sendo que destas, as produções de uva e manga são as principais. Com base nas informações do texto e em seus conhecimentos, identifique a predominância das características do clima, do solo e do manejo agrícola responsáveis pela excelente produtividade da região nele mencionada. A resposta é: Prolongados períodos de estiagem no verão, com chuvas concentradas no inverno, solos ricos em nutrientes e práticas eficientes de irrigação.



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