Aula ONZE: critérios para um bom projeto de irrigação


Em mais uma semana de aula fizemos o dimensionamento de um sistema de irrigação por aspersão convencional e enfatizamos toda a base conceitual para cálculo e critérios de dimensionamento. no Canal da Irrigação da UNESP Ilha Solteira - Atividades Acadêmicas, há um fluxograma que pode ser útil para verificar com os conceitos se entrelaçam. Entre os critérios de dimensionamento temos que a escolha do aspersor deve contemplar uma precipitação menor que a VIB ou TIB, a linha lateral deve ter uma Hf menor ou igual a 20% da pressão de serviço, a PELL deve igual a PS + 3/4 Hf + Altura da haste de subida, o recalque deve ter velocidade econômica menor ou em torno de de 2,0 m/s e a tubulação de sucção deve ser escolhida para que a velocidade seja menor ou em torno de de 1,0 m/s e deve ser de PVC soldável, flangeada ou ainda de PAD. Disponibilizamos uma apresentação de um curso que oferecemos anteriormente. Há diferentes emissores e alguns deles podem ser melhor conferidos através dos seus catálogos, que inclui os emissores para irrigação localizada (as principais empresas, os conceitos hidráulicos de cada tipo de emissor), conheceram os conceitos do sistema, alta frequência, baixa vazão e pressão, além de como as propriedades físico-hídricas do solo interferem na escolha ou manejo de cada sistema de irrigação.
No canal do Youtube, há ótimos videos produzidos pela nossa equipe de Extensão. Confira o "Cuidados para se ter projetos adequados de irrigação", "Escolha da tarifa de energia elétrica para irrigação: estudos de caso" e "Pivô central irrigando soja". Estamos convictos que com tanto material de referência, aulas bem ilustradas em sala e em campo, somente não aprende, quem não desejar, porque são inúmeras as oportunidades adicionais além das aulas semanais. Não esqueçam de fazer as listas de exercícios! A agricultura irrigada cada vez mais reconhecida como importante e a sua presença na mídia tem aumentado e  a destacamos aqui neste Blog, trazendo notícias boas de norte a sul. A TV Tem mostrou a reportagem de Pollyana Moda em que mostra como a irrigação pode garantir a produtividade aqui no noroeste paulista e é um seguro contra a falta de chuvas. "Irrigação mecanizada muda cenário da safra de grãos no noroeste paulista" foi gravada em Sud Mennucci e Pereira Barreto. Não deixe de assistir!

Pod Irrigar - Volume morto e a sua importância para a instalação de irrigação
Pelo WhattsApp minha filha que quer ser Jornalista escreve: "Pai, o que é volume morto?". No almoço minha esposa que é Fisioterapeuta me diz: "você pode me explicar o que é esse tal de volume morto?" Pois bem, esta dúvida não é somente de quem não está diretamente ligada à captação e distribuição de água e assim virou o tema do nosso Pod Irrigar.
Volume morto é a quantidade de água que fica abaixo do nível de captação das bombas ou comportas, ou seja, uma quantidade de água que nunca é utilizada, pois sempre há água acima do ponto de captação. Com a seca e o abaixamento do nível dos reservatórios a situação se agravou para muitos irrigantes, especialmente daquele irrigantes que captam água de reservatórios de hidrelétricas, cujo nível de água oscila bastante. Um projetista de um sistema de irrigação deve atentar para a variação deste nível e dimensionar o bombeamento para a situação mais crítica. Vamos há exemplos na região noroeste paulista.
Em março fui ao campo e ao visitar a instalação de bombeamento de um irrigante que teve seu pivô central instalado no ano passado me disse: "Professor, abençoado foi o projetista, que insistiu para eu gastar mais um pouco e colocar a sucção 5 metros mais abaixo. Eu não queria, mas ele insistiu e hoje estamos com o pivô funcionando adequadamente, no local anterior já não tem água!". Estamos falando do rio Tietê e a sua cota está muito próxima do limite de funcionamento da hidrelétrica.

Instalação de captação de água no Rio Tietê em Sud Mennucci.

Outra visita a campo, agora no rio São José dos Dourados, mostrou a necessidade de fazer uma total alteração do local de captação de água e de todo o projeto de irrigação de dois pivôs centrais. O lago da Usina de Ilha Solteira baixou e expôs o leito quase natural do rio e ele está na outra margem, distante mais de 200 metros de onde seria captada a água. Exemplos de paralisação do funcionamento de sistemas de irrigação pelo abaixamento do nível da água também podem ser relatados no lago de Furnas e em outros lagos.

Rio São José dos Dourados na área de influência do lago da Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira em 14 de maio de 2014. Foto: Irrigaterra

Assim, cada vez mais se exige profissionais competentes e responsáveis, exigindo estudos mais elaborados que contemplem não somente a análise do NPSH disponível e suas alterações assegurando o funcionamento adequado das bombas, mas também visitas a campo garantindo que haverá água para ser utilizada. Esse foi o tema que desenvolvemos esta semana no Pod Irrigar - o Pod Cast da Agricultura Irrigada desta semana. Ouça também os anteriores

Seca, recursos hídricos e volume morto II



"Fora da caixinha" é o artigo de Celso Mori e Stela Goldenstein em que defendem a ampliação da rede de piscinões e a transformação de cada um deles em uma pequena estação de tratamento de água. A ideia é boa mas esbarra na questão econômica que não foi devidamente abordada no artigo publicado hoje na Folha. Construímos na frente do Laboratório de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira um reservatório que armazena a água da chuva que cai sobre o Laboratório à um custo alto se comparado ao custo da água encanada e tratada, mas ao caracterizar o LHI como o único que faz o armazenamento e uso da água da chuva damos um bom exemplo e ainda aliviamos a rede pluvial do volume de água formado pelas chuvas. Vale a leitura!

Criamos um álbum com o título de "Escassez de água" e outro como "Mal uso da água - Desperdício" para lembrá-los de que água é um bem reciclável, mas finito! Vai esperar acabar para economizar?

Em São Paulo, hoje, granizo trouxe mais transtornos à metrópole. Veja em video e fotos como foi. MAIS...

Irrigação e cana em destaque

Pivô central de irrigação garante pasto nutritivo a vacas prenhes. Adubação periódica, manejo rigoroso e cuidado com a infestação de pragas ajudam a manter o capim com qualidade, também foi destaque no Rural BR.

O irrigante João Bosco de Araújo, 53 anos, casado e pai de três filhos, possui um lote de 20 hectares no perímetro de Bebedouro (PE) para o cultivo da fruticultura.O carro chefe na produção do irrigante é a uva e manga. Por ano são produzidas cerca de 50 toneladas de uva e 40 de manga. "Sempre fui agricultor. O único tempo que fiquei de fora da agricultura foi quando servi ao exército. A terra é meu sustento", enfatiza João Bosco.

Com o setor em dificuldades, pouca área irrigada, o volume processado de cana-de-açúcar pelas unidades produtoras da região Centro-Sul do País atingiu 23,89 milhões de toneladas na segunda quinzena de abril, 25,69% inferior ao valor registrado no mesmo período da safra 2013/2014 (32,14 milhões de toneladas). No acumulado desde o início da atual safra até 30 de abril, a moagem também permanece aquém da quantidade verificada no ano anterior. Em 2014, nesse período foram processadas 40,30 milhões de toneladas, contra 41,72 milhões de toneladas apuradas até a mesma data de 2013 - queda de 3,40%. Conheça outros números do setor. O empresário paulista Rubens Ometto, considerado o maior produtor de açúcar e álcool do mundo, que foi a Nova York para receber o título de “Homem do Ano”, da Câmara Americana do Comércio, desmentiu enfaticamente todos “feitos” relativos ao  setor sucroalcooleiro, atribuídos pelo ex-presidente Lula ao seu governo.

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