E COMEÇA AMANHÃ O XXIV CONIRD - Brasília trará a discussão sobre reservação de água
Pod Irrigar - Recursos hídricos e segurança hídrica sendo discutidos
O novo Código Florestal reduziu para 15 metros a Área de Preservação Permanente. Antes, tínhamos 50 metros para a nascente e 30 metros ao longo do leito. Os 15 metros atuais entendo que são insuficientes para a proteção do leito. A cobertura florestal é necessária para interceptar a água da chuva, fazendo com que a gota chegue ao solo com energia quase zero, aumentando o tempo de oportunidade da água infiltrar e chegar ao lençol freático, recarregando-o e assim minimizando a diferença entre as vazões máxima (chuva) e mínima (seca).
Por outro lado, a quando o solo está descoberto, exatamente ao contrário, a elevadíssima energia da água que chega a deslocar solo, quando o impacto da gota é direto ao solo. Nesta situação, erosão se inicia e o próximo passo é o assoreamento dos córregos, rios e represas. Quanto maior a conservação do solo, melhor para toda a sociedade, não somente para o agricultor. A construção de estruturas de conservação do solo, como terraços, curvas de nível, implantação de plantio direto, assim represamentos são desejáveis porque mantem a água na bacia hidrográfica por mais tempo, gerando oportunidades e preservando a biodiversidade. Sim, matas ciliares permitem que toda a fauna se movimente através dos cursos d´água.
Pedro Giachetta registrou o rio Grande em 31 de agosto de 2014 e comparou com o mais frequente.
A programação do XXIV CONIRD que acontecerá em Brasilia a partir de amanhã (8 de setembro de 2014) está disponível. Participaremos da Oficina "Conservação do solo e da água, barragens para a agricultura irrigada na gestão integrada das bacias hidrográficas, implicações de licenciamentos e outorgas, integrações ibero-americanas" e da Conferência "Canais de comunicação com a sociedade: Um desafio definitivo para a ciência, além de participarmos do importante". O Dia de Campo no dia 11 de setembro de 2014 terá visitas programadas para as estações sobre reservação das águas e diversos exemplos em agricultura irrigada na região de Cristalina - GO. Cultivo de grãos e a fruticultura irrigada serão conhecidos.
No último domingo (dia 31 de agosto de 2014) o Globo Rural apresentou a reportagem "Agricultores do Cerrado desistem de plantar por causa da seca" realidade aqui também do noroeste paulista. Globo Rural percorreu São Paulo, Minas Gerais, Goiás e o Distrito Federal e mostra também as experiências bem sucedidas na reservação de água com represas e ainda do programa "Produtor de Água".
A segunda parte da reportagem mostra que produtores economizam e aumentam o volume de água em propriedades, como o projeto "Produtor de Água" garante a maior oferta de água na estação seca e a necessidade do monitoramento dos mananciais.
Na parte científica do XXIV CONIRD a Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira estará presente com os artigos "Análise econômica e área irrigada por pivô central no noroeste paulista entre 2010 e 2012", Área irrigada e valor da produção agropecuária no oeste paulista", "Precipitação e evapotranspiração de referência no noroeste paulista" e "Distribuição espacial e temporal da evapotranspiração de referência no noroeste paulista". Uma nova versão do software SMAI será também lançada no CONIRD 2014, possibilitando o cálculo da evapotranspiração de referência em base horária.
Chegada a Brasília mostra dos mananciais com qualidade diferente comprovada pela cor bem distinta.
Foi lançado neste último dia 31 de agosto o documentário "A Lei da Água (Novo Código Florestal)", produzido por Fernando Meirelles, tem direção de e explica as polêmicas mudanças na lei que define o que deve ser preservado e pode ser desmatado nas propriedades rurais e cidades brasileiras. O principal argumento da produção é que a nova lei reduz a capacidade das florestas para proteger mananciais de água, já que diminui a área que deve ser protegida nas nascentes, o que concordamos, assim como acreditamos que o Código Florestal deve agravar ainda mais a crise de abastecimento de água no Brasil. Precisamos ter projetos urgentes que protejam as nossas nascentes. Este foi o tema do Pod Irrigar - o Pod Cast da Agricultura Irrigada desta semana. Ouça também os anteriores.
Escassez de água
O segredo da água de Nova York da abundância e com qualidade já foi mostrado no Globo Rural em 8 de fevereiro de 2009. Em 22/03/2013 muito antes da crise de 2014 chegar o Jornal Hoje mostrou também que Nova York cuida dos mananciais que abastecem a cidade e seus turistas. A prefeitura da cidade comprou terrenos em torno de córregos e rios e uma parceria com fazendeiros garante água limpa e abundante para todos. Aqui é o que chamamos de projeto "Produtor de Água" e deveria ser implantado em todos os municípios.
Você conhece o Manual de Etiqueta da Água? Interessante conhecer como você pode fazer o uso consciente da água!
Economia e Agronegócio
Em Editorial "É a Produtividade", a Folha de São Paulo defende que para o Brasil crescer mais, não basta criar empregos, é preciso tornar a mão de obra mais qualificada, o que passa por um salto educacional. E em "Agronegócio", Antonio Delfim Neto divulga o trabalho da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), coordenado pelo Ministro Roberto Rodrigues que reuniu renomados especialistas para formular uma "carta de princípios" transmitida aos candidatos à Presidência da República. A ideia fundamental é mostrar que o agronegócio tem que ser pensado como um conjunto de operações divididas em três estágios: 1) o que fornece insumos e tecnologia à unidade produtiva (a fazenda); 2) como esses insumos são convenientemente combinados dentro da porteira da fazenda para produzir eficientemente os bens desejados e 3) como esses bens são transferidos para os consumidores internos e externos, o que acontece fora da porteira da fazenda. Os três estágios devem ser integrados numa visão macroscópica capaz de dialogar, no mesmo nível de autoridade, com outros componentes do governo (Infraestrutura, Fazenda, Ciência e Tecnologia, Comércio e Indústria, Relações Exteriores etc.). Tal pretensão é respaldada no evidente sucesso do agronegócio do Brasil (com a triste exceção do etanol, exatamente por falta da visão macro), que em si mesmo é, talvez, o mais importante setor da nossa economia, com aproximadamente 1/3 dos empregos, produzindo 1/5 do PIB e gerando 2/5 do valor das exportações. Conheça os cinco "princípios"! E após aceno ao setor, Marina faz "promessa bomba" ao agronegócio. Está ali, sem destaque, na página 58 de um total de 124, a promessa de atualizar os índices de produtividade usados para a desapropriação de terras para a reforma agrária. Na prática, ao atualizar os índices, o governo passa a exigir um maior aproveitamento das fazendas para que essas não sejam declaradas improdutivas e, seguida, destinadas à reforma agrária. Trata-se de um tema caríssimo aos fazendeiros e à bancada ruralista no Congresso. Atualizar os índices, segundo repetem os representantes do setor produtivo, seria uma espécie de abertura da porteira para a desapropriação em massa de áreas para os sem-terra.
Enquanto isso, Henrique Meirelles em "A visão de fora" diz que o Brasil precisa assimilar as lições da Suíça, a partir da constatação de que o Brasil caiu ainda mais no ranking global de competitividade do Fórum Econômico Mundial, passando da 55ª para a 56ª posição entre 144 países. A queda foi atribuída a progressos insuficientes na solução de problemas de infraestrutura, com aumento das preocupações com a eficiência do governo, a instabilidade das regras e o funcionamento das instituições.
Você conhece o Manual de Etiqueta da Água? Interessante conhecer como você pode fazer o uso consciente da água!
Economia e Agronegócio
Em Editorial "É a Produtividade", a Folha de São Paulo defende que para o Brasil crescer mais, não basta criar empregos, é preciso tornar a mão de obra mais qualificada, o que passa por um salto educacional. E em "Agronegócio", Antonio Delfim Neto divulga o trabalho da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), coordenado pelo Ministro Roberto Rodrigues que reuniu renomados especialistas para formular uma "carta de princípios" transmitida aos candidatos à Presidência da República. A ideia fundamental é mostrar que o agronegócio tem que ser pensado como um conjunto de operações divididas em três estágios: 1) o que fornece insumos e tecnologia à unidade produtiva (a fazenda); 2) como esses insumos são convenientemente combinados dentro da porteira da fazenda para produzir eficientemente os bens desejados e 3) como esses bens são transferidos para os consumidores internos e externos, o que acontece fora da porteira da fazenda. Os três estágios devem ser integrados numa visão macroscópica capaz de dialogar, no mesmo nível de autoridade, com outros componentes do governo (Infraestrutura, Fazenda, Ciência e Tecnologia, Comércio e Indústria, Relações Exteriores etc.). Tal pretensão é respaldada no evidente sucesso do agronegócio do Brasil (com a triste exceção do etanol, exatamente por falta da visão macro), que em si mesmo é, talvez, o mais importante setor da nossa economia, com aproximadamente 1/3 dos empregos, produzindo 1/5 do PIB e gerando 2/5 do valor das exportações. Conheça os cinco "princípios"! E após aceno ao setor, Marina faz "promessa bomba" ao agronegócio. Está ali, sem destaque, na página 58 de um total de 124, a promessa de atualizar os índices de produtividade usados para a desapropriação de terras para a reforma agrária. Na prática, ao atualizar os índices, o governo passa a exigir um maior aproveitamento das fazendas para que essas não sejam declaradas improdutivas e, seguida, destinadas à reforma agrária. Trata-se de um tema caríssimo aos fazendeiros e à bancada ruralista no Congresso. Atualizar os índices, segundo repetem os representantes do setor produtivo, seria uma espécie de abertura da porteira para a desapropriação em massa de áreas para os sem-terra.
Enquanto isso, Henrique Meirelles em "A visão de fora" diz que o Brasil precisa assimilar as lições da Suíça, a partir da constatação de que o Brasil caiu ainda mais no ranking global de competitividade do Fórum Econômico Mundial, passando da 55ª para a 56ª posição entre 144 países. A queda foi atribuída a progressos insuficientes na solução de problemas de infraestrutura, com aumento das preocupações com a eficiência do governo, a instabilidade das regras e o funcionamento das instituições.
Carreira - Empreendedor - Qualidade de vida
Sabesp quer mais água de volume morto do Cantareira. A proposta pode deixar o nível do principal manancial paulista no vermelho em até 30% para o início de 2015, captando 116 bilhões de litros no chamado volume morto.
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