Agricultura irrigada e desenvolvimento


Ministramos em Bragança Paulista de 7 a 9 de abril de 2015 a capacitação "ATUALIZAÇÃO EM SISTEMAS E MANEJO DA IRRIGAÇÃO" para os extensionistas da CATI que atuam na região do Sistema Canteira, abordando técnicas de irrigação e uso racional da água. Começando pela região onde há de fato uma preocupação sobre a oferta da água para os diferentes usos, é o primeiro de uma série de cursos a ser realizada em diferentes regiões do Estado de São Paulo.
Com uma carga horária de 24 horas, na sistemática adotada, no primeiro dia foi abordado os fundamentos envolvidos com a agricultura irrigada e uso da água no campo, com objetivo de capacitar os extensionistas a identificar e qualificar como está sendo utilizada a água para a produção de alimentos. No dia 8 visitas à irrigantes com diferentes sistemas de irrigação para reconhecimento e avaliação dos sistemas de irrigação complementam as informações em sala de aula e permitiram uniformizar o conhecimento e identificar a efetividade do uso da água na propriedade, e os dados coletados em questionário permitiriam que novamente em sala de aula se elaborasse recomendações para o uso ainda mais eficiente da água para a produção de alimentos.
Sob a nossa Coordenação e do Engenheiro Agrônomo Júlio César Thoaldo Romeiro da CATI Regional Botucatu, os 22 Extensionistas conheceram as novidades em sistemas e manejo da irrigação via solo e atmosfera, treinaram na prática questões como a identificação e caracterização da propriedade, caracterização dos sistemas de irrigação e turno de rega, caracterização da captação da água e do conjunto motobomba, identificação e qualificação de vazamentos, avaliação da vazão e pressão dos emissores no campo, lâmina líquida, bruta e média de irrigação, uniformidade de distribuição de água e eficiência.
Mais de que um simples treinamento a oportunidade de interagir com profissionais que estão no campo diariamente proporcionam uma troca de informações e conhecimento recíproco fundamental para que possamos reunir ainda mais argumentos e motivação para mostrar e convencer as pessoas da real importância do uso da água para a produção de alimentos e como podemos contribuir para que este processo seja feito de forma ainda mais racional e temos muita satisfação em participar desta oportunidade. Esse foi o tema que desenvolvemos esta semana no Pod Irrigar - o Pod Cast da Agricultura Irrigada desta semana. Ouça também os anteriores

Mais sobre a Capacitação

O CECOR - CATI preparou um vídeo sobre a Capacitação sob responsabilidade dos Jornalistas Juliana Montoya e Rodrigo Di Carlo.


Visitas à Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira
Em 11 de abril de 2015, a Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira recebeu duas visitas simultaneamente, com objetivos diferentes. Quarenta e quatro estudantes e professores estiveram no Laboratório de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira neste último sábado. Os alunos de Agronomia da AEMS de Três Lagoas estiveram no Laboratório de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira para conhecer as atividades de pesquisa e extensão universitária com foco na Rede Agrometeorológica do Noroeste Paulista e o apoio que a UNESP possibilita aos irrigantes para que possam fazer a correta irrigação e uso da água em seus equipamentos de irrigação. 


Já os alunos da UNESP Dracena estiveram em Ilha Solteira para conhecer também as ferramentas de apoio ao irrigante o que incluiu conhecer o monitoramento climático realizado pela Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira, que na prática deve ser precedido da avaliação dos sistemas de irrigação, o que foi feito na forma de aula prática com confecção de relatórios precedido de discussões e cálculos realizados após avaliarem um sistema de irrigação por aspersão fixa instalado no entorno do Laboratório de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira e utilizado exatamente para aulas práticas.


Recepcionamos juntamente com nossos Orientados - que prepararam a recepção e a infra estrutura técnica para a visita, incluindo o lanche servido - os visitantes nas boas vindas detalhamos o trabalho e as preocupações da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira que tem como filosofia de trabalho integrar o ensino, a pesquisa e extensão universitária, expondo a satisfação em receber os visitantes. "Talvez vocês não percebam, mas ao recebê-los aqui de forma adequada por toda a nossa Equipe formada por estudantes em diferentes níveis e envolvidos em diferentes projetos há toda uma preparação que para nós é encarada como mais uma das formas de treinamento oferecido de modo a cumprir o objetivo de proporcionar uma qualificação diferenciada. Assim, muito obrigado pela visita, aproveitem, perguntem, se envolvam e tenham um excelente dia" foi o que eu disse antes de convidar os visitantes para um lanche. As atividades se prolongaram até depois do meio dia. 

Crise hídrica
Califórnia aposta em "beleza da seca" e proíbe irrigação. O governador da Califórnia, Jerry Brown, introduziu novas restrições de água diante da queda dos reservatórios do Estado a níveis alarmantes. O Estado enfrenta a ameaça de um desastre ambiental catastrófico em meio a uma grave seca, já em seu quarto ano e que não mostra sinais de melhora. Cientistas da Nasa projetaram que reservatórios podem secar em um ano. A seca é um problema de proporções épicas e que poderia - muitos dizem deveria - resultar em uma grande mudança no comportamento dos moradores locais em relação à água. Na semana passada, o governador Jerry Brown anunciou o racionamento de água obrigatório numa escala inédita na Califórnia. O objetivo é reduzir o consumo em 25%. A crise poderá forçar uma mudança no pensamento de muitos na Califórnia, um Estado de migrantes americanos. Confira algumas fotos chocantes.

Macadâmia e café "dá pé"?
Melhoria da sustentabilidade do agronegócio do café é o que se propõe na pesquisa publicada na edição de fevereiro/2015 da revista Agronomy Journal, da American Society of Agronomy, uma das mais renomadas revistas da área de Agronomia do mundo com o artigo "Irrigation and Intercropping with Macadamia Increase Initial Arabica Coffee Yield and Profitability", de Marcos José Pedoná e Rogério P. Soratto, que testaram a eficiência do uso da consorciação de culturas e da irrigação na obtenção de aumento de produtividade e na melhoria da sustentabilidade do agronegócio café no Estado de São Paulo. A pesquisa foi iniciada em maio de 2005, com o preparo das áreas e implantação de diversos sistemas de cultivo (café solteiro, macadâmia solteira e consórcio café x macadâmia), todos com ou sem irrigação por gotejamento. Por se tratar de culturas perenes, muitos anos são necessários para que sejam produzidos resultados confiáveis. Assim, após coletar dados de desenvolvimento, produção e rentabilidade desses sistemas durante 8 anos, foi possível publicar resultados que podem orientar os cafeicultores na busca pela melhoria da sustentabilidade em sua atividade. “No artigo publicado na Agronomy Journal, foram apresentados os resultados dos tratamentos de café solteiro e consórcio de café com macadâmia, com ou sem o uso de irrigação”, explica Soratto.

Irrigação e agricultura irrigada
O Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap), ligado à Secretaria de Estado da Agricultura, abriu no dia 7 de abril de 2015 a inscrição para a linha de crédito com juros subsidiados para a modernização dos sistemas de irrigação das propriedades rurais localizadas em Mogi, Biritiba Mirim, Salesópolis e Suzano. O financiamento, com juros zero, foi anunciado no último dia 20 de março, pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), para contemplar os municípios localizados nas bacias de contribuição dos reservatórios do Sistema Produtor Alto Tietê (Spat). A adesão vai até o próximo dia 17. Ao todo, serão disponibilizados R$ 60 milhões para o programa, sendo R$ 7 milhões para a subvenção dos juros e R$ 53 milhões para os financiamentos, que serão realizados pela Agência de Fomento Paulista (Desenvolve SP). O prazo para o pagamento do financiamento será de seis anos, com até um ano de carência, e o valor máximo a ser tomado é de R$ 240 mil por beneficiário do programa. Antes de requerer o empréstimo, o agricultor precisa de um projeto técnico.

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