Aula DOIS: sistemas de irrigação para todos os fins, desde o desenvolvimento sócio-econômico até o conforto térmico e visual


"Só a dúvida ensina
E eu preciso aprender
Onde o medo termina
Pra que eu possa viver
O erro não determina
Quanto eu posso valer
Cada erro é uma aula
Cada aula é um prazer
Só duvidando de tudo
É que eu posso crescer" 

Pod Irrigar - Muitos não percebem, mas é também no campo que acontece a produção de água
O Instituto de Políticas Públicas e Relações Internacionais da UNESP em seu especial sobre a Água, nos perguntou de que forma a agricultura contribui para a produção de água. A resposta é simples, mas na maioria das vezes não compreendida ou percebida pela maioria da população. A produção de alimentos feita com técnicas de conservação do solo e da água promove a recarga do lençol freático e reduz a diferença entre as vazões máximas e mínimas de um manancial. Isto é possível pela combinação de dois fatores: o primeiro, com cobertura do solo, a energia da gota de água que vem do céu é minimizada e assim, o impacto desta junto ao solo é reduzido ou até mesmo inexistente, quando se tem uma ampla e densa cobertura florestal que intercepta a água e faz com que ela escorregue lentamente pelo tronco e galhos das árvores até o solo, quando acontece o segundo processo, que é a infiltração da água no solo.
A água quando chega ao solo tem dois processos a seguir: ou infiltra ou escorre pela superfície do solo. Se a chuva toca diretamente na superfície do solo e chega em alta intensidade, tende a acontecer o escorrimento ou escoamento superficial, que com ele leva solo, dá início ou aprofunda processos erosivos e "mata" os córregos através do processo de assoreamento, pois o solo deslocado vai para o ponto mais baixo do terreno, chamado de talvegue, alterando também a qualidade da água de uma microbacia.
Já se o processo de infiltração da água no solo for preponderante, o armazenamento de água na região radicular será maior, o uso da irrigação será postergado e chegando ao lençol freático, vai recarregá-lo e gerar o que chamamos de escoamento de base, ou seja, teremos mais água "brotando" pelas nascentes. Entre as técnicas que promovem a infiltração da água no solo e o aumento do escoamento de base estão o plantio o direto, os terraços ou curvas de nível, as matas ciliares e as matas nas áreas mais íngremes do terreno, além das barragens de terra. Também adotar boas práticas agrícolas, como o manejo da irrigação, baseado na quantidade de água armazenada no solo ou na estimativa da evapotranspiração são essenciais para que a água fique na bacia hidrográfica por mais tempo e proporcione maior segurança hídrica. Esse foi o tema que desenvolvemos esta semana no Pod Irrigar - o Pod Cast da Agricultura Irrigada desta semana. Ouça também os anteriores.

Aulas
Na nossa primeira aula de Irrigação e Drenagem abordamos os aspectos iniciais do curso, mostramos em detalhes os canais de comunicação mantidos pela Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira e também a importância histórica e atual da agricultura irrigada para o desenvolvimento dos diferentes países e que historicamente em todas as grandes potências a água teve papel importante, As civilizações egípcia (ABC) e persa (A) foram citadas como exemplos, construíram infra estrutura hídrica e usaram desde aqueles tempos a água para irrigar suas lavouras. Na nossa postagem que abre o curso disponibilizamos as sugestões de leitura complementar aos temas desenvolvidos em sala de aula. Ministramos um conteúdo abrangente que vai desde o histórico da irrigação, como as áreas irrigadas no mundo e ainda aspectos econômicos da agricultura irrigada e estes ensinamentos podem e devem serem complementados com as nossas listas de exercícios. Comece pela "HISTÓRICO E DESENVOLVIMENTO DA IRRIGAÇÃO NO BRASIL E NO MUNDO", mas da leitura uma coisa legal, nada de pressa, com tranquilidade. Vimos também que o nosso Brasil é economicamente forte e importante, mas desigual, mas a agricultura irrigada tem potencial para minimizar ou até mesmo mudar esta situação, mas isso depende muito da capacitação e competência técnica e apostamos na comunicação como elemento essencial, incluindo a transparência e democratização de ações e do conhecimento. Mostramos como a AHI pratica isso. Acreditamos que temos que reinventar o setor onde estamos envolvidos, com inovação e criatividade e assim, foco e capacitação são fundamentais. Em relação à irrigação e uso da água ilustramos com exemplos de culturas que dependem da irrigação, tanto para a produtividade, como para a qualidade da produção, e que produzimos matéria prima aqui no Brasil, para serem industrializadas em outros países. Fumo, café, cacau, são apenas alguns exemplos! E introduzimos ainda que de forma superficial, o conceito de RDI (Regulated Deficit Irrigation - 1), que envolve a qualidade de alguns produtos, como por exemplo uva e fumo, como uma estratégia para ter água à todos

Também falamos um pouco sobre carreira e que devemos ter um alvo e a importância de se preparar desde já. Também lançamos desafios a serem superados na agropecuária irrigada, o que é fonte de oportunidade e alguns podem ter o empreendedorismo em mente.

lustramos a irrigação no Brasil e no mundo, o potencial da agricultura irrigada, os conceitos de irrigação como técnica de aplicação artificial de água e um conjunto de ações e conhecimento eclético e ainda a diferença entre a irrigação e a agricultura irrigada quando falamos do setor. O exemplo da transformação de uma área de duna em campo de golf evidencia a necessidade de juntarmos conhecimentos de todas as áreas do campo agronômico com a irrigação e assim, auferirmos sucesso no nosso negócio. Não se iludam, o objetivo de todo o empreendimento é o lucro e a geração de empregos, desenvolvimento, etc, é consequência de uma negócio de sucesso. Mas precisamos ter água para abastecer nossos sistemas de irrigação e Cláudia Bozzo escreve "Os bons exemplos na preservação de água", citando a California e Israel. Vale a leitura!


História
A maior de todas as civilizações já conhecida foi a persa (A). Saiba como chegaram a este feito e como a água teve grande importância no documentário a seguir, composto de cinco videos. Grandes canais para transportar água foram construídos ao longo da história, mas pouco sabemos deles. Por exemplo, o canal de Dario - que sucedeu Ciro o Grande - você sabe onde ele foi construído e a sua importância? Conheça!


Já o sucesso da antiga civilização egípcia deve-se em parte à sua capacidade de se adaptar às condições do Vale do Nilo. A inundação previsível e a irrigação controlada do vale fértil produziam colheitas excedentárias, o que alimentou o desenvolvimento social e cultural. Com recursos excedentários, o governo patrocinou a exploração mineral do vale e nas regiões do deserto ao redor, o desenvolvimento inicial de um sistema de escrita independente, a organização de construções coletivas e projetos de agricultura, o comércio com regiões vizinhas, e campanhas militares para derrotar os inimigos estrangeiros e afirmar o domínio egípcio. O historiador grego Heródoto afirmou: "O Egito é uma dádiva do Nilo". Conheça um pouco mais desta história que também tem a água como elemento de conquista e sucesso!


Irrigação de pastagem
Vamos conhecer um sistema de irrigação funcionando em pastagem? O uso de aspersores de baixa vazão e baixa pressão é cada vez utilizado, permitindo o aumento da eficiência do uso da água, com infiltração total da água que chega ao solo. Confira o video!

Clima e recursos hídricos
Defendemos há muito tempo técnicas necessárias de conservação do solo e da água e assim, o tempo todo estimulamos nossos agropecuaristas a protegerem seus solos com terraços e curvas de nível, entre outras técnicas. Mas se a chuva vem em alta intensidade? E se, além de vir em alta intensidade, vier em grande quantidade?


Pois é, nesta situação, mesmo agropecuaristas que investiram na conservação do solo podem ter problemas. As fotos a seguir foram cedidas pelo agricultor Carlos Missiagia e representa o que aconteceu depois de três pancadas de chuvas variando entre 12 e 18 mm durante o dia e a noite mais 70 mm caindo sobre a propriedade em Pedranópolis. 


Os alertas tem sido dados, eventos extremos serão cada vez mais frequentes e devemos estar preparados para esta situação. Mas como ficaria este solo se o agricultor não tivesse investido em terraceamento? Quanto mais de solo iria para os córregos e rios? Qual seria o impacto no assoreamento e na qualidade da água?



Mudança climática pode agravar pobreza, alerta Banco Mundial. O aquecimento global poderá agravar significativamente a pobreza no mundo, ao secar os cultivos agrícolas e ameaçar a segurança alimentar de milhões de pessoas - advertiu o Banco Mundial. "Sem uma ação forte e rápida, o aquecimento... e suas consequências poderão agravar significativamente a pobreza em várias regiões do globo", alerta a instituição, em um relatório. Secas, ondas de calor, acidificação dos oceanos: o Banco Mundial visualiza um cenário, no qual a comunidade internacional não atingirá seu objetivo de limitar o aumento das temperaturas no mundo a 2ºC, em relação à era pré-industrial, frente a um aumento de 0,8ºC nos dias de hoje. Na hipótese extrema de um aumento de 4ºC, os acontecimentos climáticos extremos que aparecem, no pior dos casos, uma vez por século, poderão se transformar na nova norma climática, afirma a instituição. O tom do relatório é particularmente alarmista em três regiões do planeta: América Latina, Oriente Médio e Europa Oriental. O rendimento dos cultivos de soja podem cair de 30% a 70% no Brasil, enquanto metade das plantações de trigo na América Central e na Tunísia pode desaparecer, antecipa o documento elaborado com o suporte do Instituto de Pesquisa sobre o Impacto Climático de Potsdam, na Alemanha.

A FAO publicou "Food and Nutrition in Numbers - 2014" com informações relevantes sobre a fome, a participação da agricultura na economia de vários países e do uso da água. 


XXV CONIRD - Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem
XXV Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem (CONIRD) terá como tema a "Agricultura irrigada no semiárido brasileiro", acontecerá de 8 a 13 de novembro em Aracajú - SE e a data limite para submissão de trabalhos ao XXV CONIRD será 31/05/2015. As normas para envio de trabalhos e as datas importantes estão disponíveis. Os CONIRDs têm sido integrantes de parcerias anuais da ABID com uma das unidades federativas do Brasil, em um trabalho itinerante, com os estados que vêm se candidatando para esse fim. Um dos principais objetivos é o de trabalhar anualmente com ênfase no estado parceiro, fomentando-se os planos e projetos para atender a agricultura irrigada no estado e no Brasil, perseguindo-se as melhores tecnologias e inovações para maior eficiência no uso da água e demais recursos naturais. O foco nas bacias hidrográficas, com melhor ordenamento da gestão compartilhada dos recursos hídricos, tendo-se como base os marcos legais a serem obedecidos para harmonizar os múltiplos interesses na utilização da água, faz do alcance socioeconômico da agricultura irrigada um estratégico setor para o desenvolvimento brasileiro.
Em Aracaju, a ABID - Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem faz parceria da Universidade Federal de Sergipe (UFS), sob a coordenação do Professor Raimundo Rodrigues Gomes Filho (79 - 98160807) e o XXV será uma grande oportunidade para muitos intercâmbios acadêmicos, incluindo-se facilidades de alojamento para estudantes. O e-mail utilizado para enviar trabalhos é: trabalhos.conird2015@gmail.com Detalhes em http://www.abid.org.br Uma ótima notícia aos estudantes é que está sendo preparado um esquema alternativo de hospedagem visando baratear a participação, abrindo oportunidades à uma parcela maior de estudantes.

Empreendedorismo - Negócios - Oportunidade - Eventos


Dicas - Carreira - Redes Sociais


Seis lições de Jorge Paulo Lemann para empreendedores, vamos conferir? Para ele “Sonhar grande e sonhar pequeno dá o mesmo trabalho” e ele diz ter três metas de vida: deixar algum marco significativo na área de educação, empresas sólidas com possibilidades de se perpetuarem e uma família produtiva que tenha responsabilidade sobre aquilo que receber.

Entretenimento - Homenagem
Dia 22 de maio de 2015 registramos os seis anos da partida para o Oriente Eterno do compositor, multi-instrumentista (tocava piano, violão, acordeão, flauta, bateria, saxofone e trompete), cantor, publicitário e escritor brasileiro Zé Rodrix, que teve grande importância na música brasileira, se envolvendo com a verdadeiras mudanças na cena cultural de nosso país. Zé Rodrix, nome artístico de José Rodrigues Trindade, nasceu no Rio de Janeiro em 25 de novembro de 1947. No Som Imaginário, deixou a marca vocal em Feira Moderna (uma catarse coletiva), antes mesmo que o seu autor - Beto Guedes - viesse a gravá-la. Com Tavito, Zé Rodrix fez Casa de Campo (1), imortalizada na voz de Elis Regina.

No Sá, Rodrix e Guarabyra, surgido no início da década de 1970, o grupo se notabilizou pela criação do chamado rock rural, em que se mesclavam diversas influências musicais, do rock à música sertaneja (ou caipira). Nessa época, compôs músicas como "Mestre Jonas", "Ama teu vizinho" (1), "Blue Riviera", "O pó da estrada" e "Primeira canção da Estrada" (cantadas por mim exaustivamente quando deixei Junqueirópolis aos 15 anos), "Os anos 1960", "Pendurado no Vapor", , "Jesus Numa Moto", "Hoje Ainda é Dia de Rock", "Me faça um favor", "Zepelim", dentre várias outras, além de um famoso jingle criado pelo trio, por encomenda da J.W. Thompson, para a Pepsi, notabilizado pelo verso: "só tem amor quem tem amor pra dar". Em 1973 faz o disco solo I Acto e no disco de estreia do Secos e Molhados, toca piano, ocarina e sintetizador. Com "Soy Latino Americano" foi parar no Fantástico e Zé Rodrix mostra ao Brasil todo a sua extroversão. Se dedicou a publicidade, integrou o grupo Joelho de Porco, assinou a direção musical dos espetáculos "Não fuja da Raia" e "Nas Raias da loucura", de Sílvio de Abreu, e do programa "Não fuja da Raia" (Rede Globo), ganhou prêmios, voltou a tocar com Sá e Guarabyra, tendo seu show de estreia ocorrido no Rock in Rio III, fez parcerias com a nova geração de músicos, como Sonekka e Reynaldo Bessa.

Iniciado Maçom, brilhou de novo! Estudou a fundo a Ordem Maçônica, virou palestrante e escreveu a Trilogia do Templo, sobre a Maçonaria e composta pelas obras "Johaben: Diário de um Construtor do Templo" (1), "Zorobabel: reconstruindo o Templo" e "Esquin de Floyrac: O fim do Templo". Sobre a trilogia, o escritor Luis Eduardo Matta afirmou no prefácio do terceiro volume: "Nunca, em toda a trajetória literária brasileira, um escritor se aventurou com tamanha obstinação por uma saga épica monumental como é o caso desta trilogia, que se debruça sobre os primórdios da Maçonaria, uma das fraternidades iniciáticas mais antigas do mundo, mesclando erudição e fluência, onde realidade e ficção se confundem num incrível mosaico narrativo". Ainda de acordo com Matta, a Trilogia do Templo foi uma das mais fantásticas obras literárias produzidas no Brasil na primeira década do século XXI. José Cantos Lopes Filho faz uma ótima descrição da carreira de Zé Rodrix. Assista o que para mim são as mais emblemáticas de suas músicas: Mestre Jonas (1) e Sobradinho (em alta pela crise hídrica)! Pode apreciar sem moderação!



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