Semana fria atinge o noroeste paulista

No último dia 21 começava o inverno no Hemisfério Sul, e a dizer pelo seus primeiros 15 dias, a estação promete ser das mais frias. No último dia 28, segundo a Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira, que monitora o clima no noroeste paulista, as estações de Populina, Paranapuã, Sud Mennucci, Marinópolis e Bonança (Pereira Barreto) tiveram a menor temperatura do no noroeste paulista, destacando-se as duas últimas com 10,8°C e 11,2°C respectivamente.

O noroeste paulista, que é conhecido por alguns como a rota do sol, teve a última semana com as temperaturas minímas sempre abaixo da casa dos 20°C e Ilha Solteira teve um final de semana extremamente atípico até mesmo para esta estação do ano, pois no último sábado (4), o vento chegou a até 24 Km/h, também foi registrado uma precipitação de 8,6 mm e uma temperatura mínima de 14,1°C, que se manteve no domingo, quando a temperatura ficou abaixo dos 13°C pela primeira vez no ano e atingiu 12,1°C, e elegeu o dia mais frio do ano até o momento.

Temperatura Mínima em todo o Noroeste Paulista. 
Chuva
Durante o sábado foi registrado chuva em praticamente todo o noroeste paulista, destacando-se os municípios localizados entre os rios São José dos Dourados e Tietê. Com 11,2 mm, a estação Bonança, em Pereira Barreto, registrou o maior índice de chuva, seguida por Santa Adélia Pioneiros (Sud Mennucci), Santa Adélia (Pereira Barreto) e Ilha Solteira onde a precipitação ficou por volta de 8,8 mm. 

Para a agricultura foi convencionado que uma precipitação só seria considerada chuva quando a mesma ultrapassar a marca dos 10 mm, mas a garoa que perdurou durante o último sábado foi benéfica para os agricultores porque, devido a baixa intensidade, não causou perdas de solo e ainda derrubou os valores de evapotranspiração, que é a soma da água transferida do solo para o ambiente pela transpiração das plantas e evaporação de água do solo. 

Em Ilha Solteira, no período de Janeiro a Junho, a chuva em 2015 correspondeu com o esperado e já somam 756 mm.


Durante o período de janeiro a junho as chuvas mostraram-se muito irregulares no noroeste paulista, enquanto a estação agrometeorológica situada no município de Paranapuã já registrou 100 mm de chuva a mais do que o esperado, as estações Bonança e Santa Adélia (ambas em Pereira Barreto) ainda esperam a mesma quantidade de chuva para atingir a média histórica. Ilha Solteira e Populina completam a lista de municípios que superaram a precipitação esperada.

As chuvas do primeiro semestre de 2015 mostrou-se totalmente atípica, mesmo atingido 99% da média esperada para o período, o gráfico a baixo mostra chuvas abaixo da média no mês de janeiro, porém, bem acima no mês de maio.



Doenças no campo
Com a chegada deste inverno de baixas temperaturas e umidade relativa do ar alta o agricultor deve se atentar não apenas as injúrias causadas pelo frio, mas também as doenças que podem se abater sobre suas lavouras, como a antracnose em feijão. 

A antracnose é uma das principais doenças da cultura do feijoeiro, é causada por um fungo e pode levar a perda total da lavoura. O principal sintoma desta doença são necroses marrom-escura nas nervuras na parte inferior das folhas. Práticas culturais básicas como o uso de sementes sadias, rotação de culturas e destruição dos restos da cultura devem ser adotadas, a aplicação de fungicidas deve ser feita apenas sob orientação de um engenheiro agrônomo.

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