Aula OITO e Seminários em Agricultura Irrigada

Em 12 de dezembro de 2015 aconteceu a já tradicional confraternização de fim de ano da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira, momento de descontração e muita risada, e, claro, foi ótimo estar reunido mais uma vez com esta galera. Também agradecemos a Regina Cubo que colocou na mesa algumas das suas especialidades culinária, além do carinho e arrumar tudo previamente, cabendo à nós desfrutarmos de tudo. Que toda a Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira saiba a importância de contrariarmos a opinião da maioria e tenhamos um 2016 excepcional, muito melhor que 2015! Vamos trabalhar para isso com comprometimento, aprendizado e mais realizações e com isso, aprendermos e ensinarmos muito mais! Sempre amanhã melhor do que hoje! Este é o lema! Receba toda a nossa Equipe publicamente, o aquele abraço apertado a todos e obrigado por participarem intensamente da noite de ontem e de todas as atividades em que nos envolvemos!

Pod Irrigar - UNESP Ilha Solteira coloca a sua infra estrutura à disposição dos irrigantes e os capacita para o uso eficiente da água
A Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira promoveu no dia 4 de dezembro de 2015 o curso Inovações Tecnológicas Aplicadas ao Manejo da Irrigação, tendo como público-alvo irrigantes, Engenheiros, Técnicos em agricultura irrigada e ainda estudantes. Durante cinco horas os setenta e dois participantes conheceram a infra estrutura de apoio aos irrigantes e demais profissionais ligados à agricultura irrigada e ao meio ambiente e fizeram na prática os cálculos que levam o irrigante a decidir pela aplicação da água no momento e na quantidade certa às diferentes culturas.



Além de colocar a infra estrutura de pesquisa à disposição da sociedade, trazer os irrigantes e técnicos para a UNESP - uma Universidade pública - cumpre um papel muitas vezes pouco explorado, mas necessário, que é de dar uma satisfação à população de como aplicamos o dinheiro recebido dos impostos e indo além, como eles podem usufruir destes investimentos.
E assim, mostramos não somente a importância da Rede Agrometeorológica do Noroeste Paulista e do Canal Clima da UNESP Ilha Solteira, mas como utilizar as informações coletadas e divulgadas para melhorar e promover a eficiência de suas atividades profissionais, especialmente as ligadas ao uso da água e suas relações, seja no âmbito urbano, como rural.



Ao apresentarmos as técnicas e tecnologias disponíveis, seja no monitoramento climático, seja em equipamentos de irrigação que possibilitam um controle rigoroso da água às culturas, agora, possível até mesmo através de celulares, tentamos usar uma linguagem adequada à incentivá-los na adoção de novas tecnologias.



Centramos foco no manejo da irrigação via atmosfera, através da estimativa da evapotranspiração de referência e das culturas, que não são são elementos isolados e assim, para que o processo de aplicação de água seja efetivo, também abordamos as condições de armazenamento de água no solo e da fenologia das culturas que estão ou serão irrigadas.
Estamos convictos de que o curso “Inovações Tecnológicas Aplicadas ao Manejo da Irrigação” cumpriu seu objetivo de proporcionar de forma prática uma visão integradora do manejo de solos, água e dados agroclimatológicos, divulgados de forma livre e gratuita pelo Canal CLIMA da UNESP Ilha Solteira, possibilitando uma reciclagem e/ou ampliação dos conhecimentos ligados à agricultura irrigada, melhorando as condições de trabalho, transferência de tecnologias e lucratividade aos produtores da região noroeste paulista,
Também foi uma ótima oportunidade para que os irrigantes e Técnicos da região se conhecerem e intensificarem a troca de conhecimento e temos ainda a expectativa de que lançamos a semente para a possível criação da Associação dos Irrigantes do Noroeste Paulista. Esse foi o tema que desenvolvemos esta semana no Pod Irrigar - o Pod Cast da Agricultura Irrigada desta semana. Ouça também os anteriores.

A programação detalhada pode ser conhecida a partir de http://www.agr.feis.unesp.br/uso_irrigacao_2015.php e e ainda curso “Inovações Tecnológicas Aplicadas ao Manejo da Irrigação” teve transmissão on line e em tempo real e pode ser assistido a qualquer tempo através d de transmissão do Streaming pelo endereço: http://tcs.unesp.br   selecionando a Reunião "Curso de Manejo de Irrigação" e  se necessário, utilizar a senha 77778888.

Aulas - Disponibilidade de água
Já passamos pelos temas "Onde?" e "O que irrigar?" e nas últimas aulas discutimos recursos hídricos, ou "Com que água irrigar?", especialmente os ligados à bacia hidrográfica como unidade de gestão, conhecemos a Lei das Águas e os seus Instrumentos, os limites legais de um corpo d´água Estadual e Federal, o papel dos Comitês de Bacia e chegamos a discutir disponibilidade e qualidade da água. Temos as opções de uso de água de superfície e da água subterrânea, que ao meu ver, seu uso deve ser somente em último caso, deixando-a reservada para as gerações futuras.

Em geologia considera-se água subterrânea toda aquela água que ocupa todos os espaços vazios de uma formação geológica, os chamados aquíferos. Nem toda água que está embaixo da terra é considerada como água subterrânea por haver uma distinção daquela que ocupa o lençol freático, que é chamada de água de solo e tem maior interesse para a agronomia e botânica. Um maciço rochoso ou um solo argiloso, pode servir de leito para as águas subterrâneas, pois permitem que ela se acumule e elimine todos os espaços vazios do solo. Em geral, as águas subterrâneas são armazenadas ou em rochas sedimentares porosas e permeáveis, ou em rochas não-porosas, mas fraturadas. Neste último caso, as fraturas geram um efeito físico similar ao da permeabilidade. Um caso menos frequente é o das rochas calcáreas, nas quais até mesmo a baixa acidez das águas da chuva é capaz de abrir verdadeiros túneis, por onde flui a água subterrânea. A maior reserva de água doce do mundo se encontra nas geleiras (quase 70 %) seguida pela existente no subsolo (quase 30%), representando esta  última cerca de 90% do total de água doce disponível para consumo humano (1). Uma das maiores reservas de águas subterrâneas do mundo é o famoso Aquífero Guarani, que ocupa o subsolo do nordeste da Argentina, centro-sudoeste do Brasil, noroeste do Uruguai e sudeste do Paraguai. Conheça os elementos de um aquíferotextos (12) e a ilustração do ciclo hidrológico global!

As aulas também versaram sobre a legislação dos recursos hídricos (Lei 9.433 de 8/01/1997 - Lei das Águas e a Lei 12.787 de 11 de janeiro de 2013 - Política Nacional de Irrigação que destacamos em artigos publicados na imprensa e também no Pod Irrigar), com seus princípios, objetivos e instrumentos. Introduzimos os conceitos de bacia hidrográfica delimitada pelo divisor de águas e tendo o talvegue como canal de escoamento ladeado pela APP e a importância da reserva legal e de ações que promovam a infiltração da água e o escoamento de base em detrimento do escoamento superficial, que vai causar erosão e assoreamento e ainda afetar a qualidade e a disponibilidade de água, especialmente elevando a concentração de ferro, principal problema para a irrigação localizada. A questão ambiental às vezes se torna um entrave e os Ministérios reuniram-se para viabilizar a regularização ambiental


E a "Seca histórica agrava disputa por água no oeste dos EUA". Pois é: seca aqui e lá, a falta de água é um problema que afeta a todos! Saiba como é e disputa pela água nos Estados americanos! A boa notícia, que deve ser relativizada é que os reservatórios de Ilha Solteira e Três Irmãos ganharam um metro no nível e o Sistema Cantareira teve três dias de elevação de nível e se manteve estável por uma semanaNível do Cantareira continua em 7,1% mesmo com chuva. Ontem choveu em grande parte do Estado de São Paulo, mais ainda de forma muito desuniforme - na ocorrência e na intensidade -, como se pode perceber nas chuvas registradas pela Rede Agrometeorológica do Noroeste Paulista e os artigos "Irrigar ou continuar a sofrer pela irregularidade das chuvas" e "As chuvas em 2013 foram adequadas?" são alertas sobre a dispersão das chuvas no noroeste paulista.

Consumo de água nas atividades diárias: no início da década de 90 a ONU definiu o dia 22 de março como o Dia Mundial da Água no intuito de alertar a sociedade a respeito da importância deste valioso recurso natural. Embora o uso intensivo de água nos estabelecimentos comerciais seja em segmentos específicos, é importante que se entenda que o consumo deste bem se deve ser analisado ao longo de todos os processos produtivos como, por exemplo, na agricultura (irrigação, lavagem, resfriamento, vapor etc.), na indústria alimentícia para a fabricação de alimentos e bebidas, além do uso para limpeza, higiene pessoal, dentre outras finalidades. Chamamos isso de "Pegada hídrica" (SabespExameWWF) - veja o video. Há instituições que trabalham exclusivamente na mensuração do uso da água nas cadeias produtivas, como, por exemplo, a Water Footprint. Quanto maior o emprego da água, mais intensivo é seu uso. Vejam alguns exemplos e conheça a publicação "O Uso Racional da Água no Comércio". Calcule a sua pegada hídrica! Conheça também a obra de referência no tema, "The water footprint assessment manual: Setting the global standard", disponível também em português. Conheça algumas imagens sobre o tema (1,). 

pesquisa Saneamento Básico - Regulação 2013 reflete uma realidade brasileira insustentável, com o sistema de saneamento básico apresentando precariedade absoluta, onde apenas 50,4% das residências brasileiras tem coleta de esgoto, o que leva à uma porcentagem maior de residência sem tratamento do esgoto, contribuindo para a perda da qualidade da água dos mananciais, muitos deles utilizados para a irrigação das lavouras.

No canal TEXTOS TÉCNICOS do Canal da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira estão disponíveis a maior parte dos artigos técnicos e os assinados sobre estes temas desenvolvidos pela Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira.

Seminários e Prova
Também tivemos os primeiros seminários e a primeira prova do semestre. Em "Perímetros ou Distritos de Irrigação: o que são, onde estão e qual a sua importância?" os alunos puderam conhecer a diferença entre irrigação provada e pública e onde estão as principais áreas coletivas do Brasil (Nota 7,7) e em "Desenvolvendo com a agricultura irrigada e segurança hídrica: o caso da California" uma abordagem histórica do desenvolvimento deste que é mais rico Estado americano até a crise hídrica atual (Nota 10).

Aulas - Recursos Hídricos - Vale do Rio São Francisco - Seminários
Esta semana tivemos dois seminários: Em "Recursos hídricos e a sua gestão: uso, armazenamento e qualidade da água no Vale do Rio São Francisco" (Nota 5,0) o grupo trouxe alguns números e o uso da água (hidrelétricas e irrigação) ao longo do rio, enquanto que em "Recursos hídricos e a sua gestão: uso, armazenamento e qualidade da água no Sistema Cantareira" (Nota 7,7) se fez uma abordagem sobre o sistema de abastecimento de água da Grande São Paulo e a crise hídrica que se abateu sobre a região.
Complementamos não somente em aula, mas em nossas diferentes atividades de ensino e extensão falamos muito no Vale do Rio São Francisco e no próprio rio que enfrenta um momento crítico em termos de vazão e conservação dos solos e das nascentes que impacta diretamente a oferta de água na bacia e assim atualmente limita as atividades econômicas e sociais e impõe a população inserida restrições e medidas impactantes para a mitigação da situação. Em uma cronologia de notícias temos imagens e textos interessantes:
2004: Enchente no rio São Francisco.
15/06/2011: No programa Tudo a Ver, uma abordagem sobre o rio São Francisco, onde aconteceram várias histórias surpreendentes, como namoros inesquecíveis, garimpeiros que ficaram ricos com diamantes e trabalhadores que dependem do rio para sobreviver. Na matéria há desde a defesa da transposição do rio São Francisco - que se diz que estava metade pronta - até a necessidade de preservação das nascentes e das margens.
17/09/2013: Lazer no rio São Francisco, no Canyon do Xingó, em Sergipe.
03/09/2014: A Equipe do Expedições chega à nascente mais remota do rio São Francisco, registram a nascente de seu formador mais extenso - o rio Samburá. Uma expedição fascinante pelo sul de Minas Gerais, percorrendo o curso do Alto São Francisco, bebendo água na nascente histórica e documentando a famosa cachoeira Casca D’Anta, no Parque Nacional da Serra da Canastra. A descoberta de cânions, a subida de corredeiras em canoas, acompanhando os pescadores locais, e a chegada ao ponto mais distante de onde brotam as águas para o Velho Chico... Relatam também o assoreamento que já acontece no início do rio São Francisco, quando chegam a descer do barco, ainda em Minas Gerais e fazem um forte alerta para a necessidade de recuperar e preservar as nascentes em um trabalho interessante com lindas imagens.
04/11/2014: O Bom Dia Brasil percorre Rio São Francisco e mostra escassez de água e as condições preocupantes do Velho Chico. À época o DINC - Distrito de Irrigação Nilo Coelho faz observações sobre a captação de água para atender os irrigantes inseridos no Distrito que é feita no lago de Sobradinho, na Bahia. "A área ocupada hoje pelos produtores rurais é de quase 23.000 hectares e estamos utilizando neste momento uma vazão de 17,8 m3/s para atender a essa demanda. Considerando que a defluência da barragem de sobradinho (que está em crise de nível) é de 1.106 m3/s a nossa utilização é de 1,61% da água que segue seu curso para o mar, uma parcela irrisória! Esse dado é para que se dê conhecimento de que, ao contrário das informações que se atribuem a alguns ambientalistas, a Agricultura Irrigada não é o problema da falta d’água; é, sim, parte da solução dos problemas de nossa região. Os agravantes dos problemas do rio São Francisco são, em grande parte, o assoreamento e a destruição de sua mata ciliar que precisa de melhor fiscalização do poder público e da sociedade civil organizada."

Extensão - Curso de Gerenciamento dos Recursos Hídricos
No último dia 11 de dezembro de 2015 tivemos o privilégio de encerrar o curso de extensão em Gerenciamento dos Recursos Hídricos que teve a coordenação do Prof. Dr. Jefferson Nascimento de Oliveira, quando em dois períodos conversamos sobre o uso da água na agricultura. Na parte prática, montamos uma planilha de controle da irrigação, ou, o manejo da irrigação e decidimos juntos e baseados em informações do solo, da planta e da atmosfera, o quando e o quanto irrigar. Realmente gostei muito de estar com esta moçada, e na diversidade de formação técnica de cada um, creio que conseguimos interagir bem com eles. Espero que tenham gostado tanto dos assuntos abordados, quanto eu, eu estar e interagir com eles. Mais um momento de alegria profissional! Neste curso, também do DEFERS - UNESP, o Prof. Dr. Mauricio Augusto Leite também participou explorando o tema qualidade da água.


Aulas - Armazenamento
Nestas aulas de Armazenamento e Beneficiamento de Grãos procuramos levar ao entendimento da nossa infra estrutura e suas deficiências de modo a dar clareza do que não se pode, nem se deve aceitar com tranquilidade no nosso dia a dia. Ineficiência sempre afeta direta ou indiretamente um número maior de pessoas do que imaginamos. Assim, resgatamos algumas notícias passadas mostrando que nem sempre o que se diz, se concretiza e devemos estar preparados para todas as situações. As ilustrações utilizadas em aula estão disponíveis AQUI!  Confiram também os demais textos presentes neste Blog, classificados pelo marcador "Armazenamento".

Sobre as políticas de segurança alimentar ou "rede de proteção social" destacamos: “As políticas públicas desenvolvidas pelo governo brasileiro têm ajudado a melhorar a distribuição de renda, mas não podem se tornar modelos de assistencialismo e sempre haverá políticas de assistencialismo, porque sempre haverá indivíduos com menos capacidade de inserção no mercado de trabalho. Mas é importante que aqueles que podem se sustentar tenham a oportunidade de vir a sair desse sistema”. A avaliação é de Renato Baumann, diretor da Cepal (Comissão Econômica para América Latina e Caribe) no Brasil, organismo ligado às Nações Unidas (ONU). São indispensáveis para auxiliar os cidadãos a conseguirem entrar ou voltar para o mercado de trabalho, mas é necessária capacitação tanto por parte do setor público, como do setor privado, é preciso uma estrutura mais eficiente de informação sobre o mercado: uma ponte entre os indivíduos que buscam os postos de trabalho e as empresas que procuram essa mão-de-obra e incentivo às empresas de menor porte, segundo o Relatório Cepal, OIT (Organização Internacional do Trabalho) e Pnud, que conclui ainda que as políticas sociais são apontadas como uma atitude correta que gera efeitos positivos sobre a distribuição de renda, mas faz os alertas: (1) “Não é recomendável que os beneficiados dependam indefinidamente desses programas." e (2) "É muito mais desejável, social e economicamente, que esses indivíduos encontrem, por meio do trabalho decente, uma porta de saída para a pobreza". O estudo considera trabalho decente: (1) Aquele que oferece melhores remunerações e condições de trabalho; (2) Obedece o limite de horas trabalhadas estabelecido pela Lei, de 44 horas semanais e 
(3) Não inclui uso de mão-de-obra infantil ou escravo.
Também sobre o tema, o Sociólogo Evilásio Salvador também alerta que "a redução da pobreza pode ocorrer só em estatística e a política social não deve se limitar a transferir renda focalizada e com condicionalidades, sem a perspectiva de emancipação das pessoas da condição de pobreza absoluta, para a inserção no mercado e em uma vida autônoma. Os métodos estatísticos e as referências teóricas não são neutros. Revelam critérios, julgamento de valor e ideologia para legitimar determinado padrão de intervenção do Estado. Essa intervenção ocorre não para a superação da pobreza, mas com medida de produção de assistencialismo. Os indicadores de pobreza precisariam mensurar a evolução da redistribuição de renda, que passa pela desigualdade na estrutura do mercado de trabalho e pela elevada concentração de renda".

Ainda sobre a última tentativa de  melhorar a logística de transporte no Brasil com as concessões, a matéria "Concessão de rodovias facilitará escoamento de grãos" dizia: "Dos R$ 66,1 bilhões em investimentos destinados à concessão de rodovias no Plano de Investimento em Logística, R$ 19,6 bilhões terão como destino cinco leilões previstos para 2015. Além disso, R$ 31,2 bilhões serão destinados a 11 leilões previstos 2016. Também estão previstos R$ 15,3 bilhões para investimentos em concessões já existentes. Em 2015, serão 2.603 quilômetros (km) de estradas em sete estados. As obras abrangem basicamente duplicação de pistas, construção de faixas e sinalizações. Compõem a malha rodoviária a ser concedida, um trecho de 460 km das BR-476, BR-153, BR-282 e BR-480, entre o Paraná e Santa Catarina. O valor estimado para esse trecho é R$ 4,5 bilhões, investimento que ajudará no escoamento da produção de grãos, aves e suínos pelos portos do Arco Sul", mas não se concretizou.

Também falamos sobre um grande empreendimento tocado pela iniciativa privada e localizado no rio Tapajós. A Estação de Transbordo de Carga/ETC HBSA Tapajós é um empreendimento da empresa Hidrovias do Brasil - Miritituba S.A. Esse terminal foi projetado com o objetivo de realizar a movimentação e transporte de grandes volumes de grãos e farelo - transportados por caminhões vindos das regiões produtoras do Centro-Oeste, através da rodovia BR-163 (Cuiabá-Santarém) - no rio Amazonas e seus afluentes, Tapajós Tocantins e Madeira. A área escolhida para a implantação do projeto é de aproximadamente 11,5 hectares e prevê localização dentro da Zona Comercial Industrial e Portuária (ZCIP) de Itaituba. Um documento interessante é o Relatório de Impacto Ambiental da Estação de Transbordo de Carga HBSA Tapajós publicado em maio de 2012, que teve em abril de 2013 a concessão pelo Coema da licença para Estação de Transbordo de Cargas. Também no Pará, dados da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) mostram que, atualmente, o Estado tem destacada participação no que se refere à nova reestruturação logística portuária brasileira. Há expectativa de implantação de, pelo menos, 34 projetos portuários no Pará, sendo nove em Miritituba (distrito do município de Itaituba); cinco em Santarém, três no município de Barcarena e 17 áreas portuárias em Rurópolis, além de outros 21 projetos que estão previstos para a área portuária de Inhangapi. Conheça mais sobre a região na matéria "Tapajós fervilha como corredor de escoamento de grãos, além de produtor de energia elétrica". E ainda para conhecer um pouco mais sobre investimentos públicos e privado na Nova Fronteira ou no chamado Arco Norte, confira a apresentação "Logística da região Norte para o Agronegócio - Estações de Transbordo de Cargas e Terminais Portuários - de Kleber Menezes (Brick).


O tema Secagem, beneficiamento e armazenagem de grãos é adequadamente divulgado pelo Prof. Dr. Luís César da Silva da Universidade Federal do Espírito Santo - UFES e assim, sugerimos a consulta ao material didático disponível.

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