Ilha Solteira tem o dia mais frio do ano

Bom dia

O mesmo mês de abril que teve uma média de temperatura máxima na casa dos 34°C a 37°C chegou a atingir nessa manhã temperaturas em torno de 11,5°C como mostram os dados do Canal CLIMA da UNESP Ilha Solteira, proveniente da Rede Agrometeorológica do Noroeste Paulista, operada pela Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira.

Temperatura cai bruscamente e faz frio em todo o Noroeste Paulista

A temperatura mínima nos últimos 5 anos no período analisado se manteve na casa dos 20°C-22°C e apresentou a mesma queda brusca de temperatura no final de Abril, trazendo inicio do frio na região.

A expectativa era de que chovesse o equivalente a 83 milímetros em Ilha Solteira em abril. O calor que vem sendo registrado no mês de abril, de acordo com a Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP, é o mais alto dos últimos cinco anos na cidade.

A realidade: A chuva no mês de Abril desse ano já ultrapassou a média histórica dos últimos anos em algumas estações. Em Itapura já choveu 30 mm a mais do que o esperado pela média histórica.Só ontem (26) a estação de Santa Adélia Pioneiros (na cidade de Sud Mennucci) liderou a chuva acumulando 95,3 mm seguido de Itapura com 94,7 e Ilha Solteira que acumulou 88,4 mm, quase 4 mm a mais do que o esperado.

A última precipitação até então tinha sido no dia 25/03/2016 conforme é possível visualizar no mapa abaixo que mostra a dispersão na região. Já nos dias 26 e 27 de Abril as chuvas tiveram comportamentos diferentes do que aparentava no mês passado, sendo o inverso, na região onde mais tinha chovido foi a que menos choveu nesse mês, como é o caso de Populina que acumulou apenas 26 mm e Santa Adélia Pioneiros chegando a quase 98 mm.

Frente fria – A expectativa é continue chovendo até quinta-feira (28). A temperatura também deve cair mais, podendo atingir mínima de até 10º C na sexta-feira (29).

A chuva trás garantia aos produtores na região mantendo o saldo de água no solo disponível pelas plantas positivo porém trás preocupações relevantes a respeito das doenças favorecidas pela queda da temperatura e aumento da umidade relativa do ar.

No campo, na região onde estão localizados os sistemas de irrigação por pivô central temos a cultura do Milho na fase de pendoamento e com a queda das temperaturas e a umidade no solo e nas plantas provocadas pelo acumulo de chuva, favorece o aparecimento de doenças como ferrugem comum e mancha branca que podem causar grande prejuízo a lavoura, diminuindo sua produtividade.

A mancha branca é considerada, atualmente, uma das principais doenças da cultura do milho no Brasil, estando presente em praticamente todas as regiões de plantio de milho no Brasil. As perdas na produção podem ser superiores a 60%.

Já o Feijão está recém plantado e é necessário cuidados para que não ocorra o aparecimento de antracnose e mofo branco, que causam queda das flores e frutos jovens, diminuindo o valor da produção ou até mesmo danos irreversíveis. 

A antracnose é uma das doenças de maior importância da cultura do feijoeiro, podendo causar perdas de até 100%. E uma doença cosmopolita, ocorrendo em locais de temperatura baixa a moderada e alta umidade. Por este motivo, é mais problemática em regiões de clima temperado e subtropical.

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