Variabilidade anual dos componentes da produtividade da água na bacia hidrográfica do córrego Cabeceira Comprida, Santa Fé do Sul - SP

Na Semana do 26 - 29 de setembro em Edimburgo - Reino Unido, se realizara o SPIE - Remote Sensing for Agriculture, Ecosystems, and Hydrology. Neste evento, a Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, se faz presente no Edinburgh International Conference Centre, onde o Prof. Dr. Fernando Braz Tangerino Hernandez, representara à UNESP.

Durante o ano 2014 o Estado de São Paulo enfrentou uma das maiores crises de água, somado a que o Noroeste Paulista tem até oito meses de deficit hídrico (falta de água). Fizeram com que a população e a agropecuária do Município de Santa Fé do Sul (em particular na bacia do córrego Cabeceira Comprida), sentiram a falta deste recurso durante o ano 2014.


Se observamos o comportamento da precipitação pluviométrica (chuva), evapotranspiração de referência (evaporação da água do solo + transpiração das plantas, particularmente da grama sob condições adequadas de manejo agronômico) e da radiação global (energia que vem do sol). Estas três variáveis (Precipitação - P, Evapotranspiração de referência - ET0 e Radiação global - RG), observadas numa escala anual nos permitem entender melhor como foi o comportamento "climático" em Santa Fé do Sul.


Mas, ainda o comportamento do agroecossistema desta bacia hidrográfica (do córrego Cabeceira Comprida) ao longo do ano, não pode ser observado. Razão pela qual foi utilizado o algoritmo SAFER, o qual utiliza imagens de satélite (Landsat 8) e dados de estações Agrometeorológicas para calcular a Evapotranspiração atual, Biomassa e a Produtividade da água.

evapotranspiração atual (ETa), é a água evaporada a partir do solo e/ou transpirada pelas plantas presentes na bacia hidrográfica do córrego Cabeceira Comprida, durante a passagem do satélite, e escalada para o período de 24 horas.




biomassa (BIO), expressa a quantidade de material vegetal seco produzido pelas plantas presentes na bacia hidrográfica do córrego Cabeceira Comprida, durante um dia.



E, a produtividade da água (WP), quer dizer a quantidade de biomassa produzida (kg) utilizando um metro cubico de água (m3). Este parâmetro é importante, já que nos diz que tão eficiente são as diferentes especies presentes na bacia hidrográfica do córrego Cabeceira Comprida, na utilização da água.


Se observadas estas variáveis (evapotranspiração atual, biomassa e produtividade da água) numa escala temporal inferior à normal, pode-se entender a bacia hidrográfica do córrego Cabeceira Comprida como um "ser vivo" dinâmico.


O trabalho que traz informações mais detalhas, pode ser consultado desde Coaguila et al., 2016 na versão In Press por enquanto.


Conheça um pouco mais sobre o nosso trabalho

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