Balanço Hídrico na região de Populina em 2015 e sua aplicabilidade no manejo da irrigação.
De uma forma muito simplificada o balanço hídrico climatológico permite monitorar qual é a variação de água no solo, ou seja, qual o volume de água que entra e sai do mesmo. É um cálculo que segue a metodologia proposta por THORNTHWAITE & MATHER (1955), que utiliza dados mensais de precipitação e de evapotranspiração de referência.
Figura 1: Exemplificação do Balanço Hídrico Climatológico.
Aplicabilidade do balanço hídrico na agricultura
O balanço hídrico climatológico permite caracterizar o clima de determinada região, possibilitando identificar quais as épocas de seca e de maior disponibilidade hídrica. Assim, quando o agricultor vai fazer o planejamento da lavoura, deverá determinar ações básicas, como a época de semeadura e a época de colheita, e para isso será necessário saber quais os períodos mais propícios para realizar tais ações. Pois, por exemplo, se ele fizer a semeadura no período de seca e não lançar mão de técnicas de irrigação, ele correrá o risco de perder todo o trabalho e investimento realizado, uma vez que não há condições de umidade ideal no solo para a emergência das plantas.
Da mesma forma, se ele planejar a colheita em épocas de grande precipitação, suponha-se que colheita seja mecanizada, as máquinas não terão mobilidade no solo com grande umidade, então correrá o risco de passar a época da colheita.
Além disso, o balanço hídrico é uma ferramenta muito eficaz para realizar o manejo da irrigação, pois basicamente usa-se a irrigação para pagar a conta da evapotranspiração, ou seja, é necessário fazer a reposição de água no solo, uma vez que é a fonte de água para os inúmeros processos que ocorrem durante o desenvolvimento da planta e o estabelecimento da cultura. Assim sendo, analisando o balanço hídrico pode-se racionalizar o uso da água.
Sabendo como o clima de determinada região se comporta pode-se então tomar a decisão se há ou não a necessidade de adotar o uso de práticas de irrigação e qual a melhor maneira de explorar o máximo potencial da cultura usando tal medida, evitando-se desperdícios e potencializando a produtividade.
De forma geral, planejamento agrícola é o que justifica o estudo do balanço hídrico na agricultura.
Balanço Hídrico na região de Populina
A Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira, realizou um estudo do balanço hídrico na região de Populina em 2015, confrontando com o balanço hídrico médio da mesma região entre os anos de 2012 e 2015. O trabalho teve por objetivo interpretar como se comportou o clima na região, se foi um ano coerente com a média ou um ano diferenciado. Foram utilizados dados climatológicos disponibilizados pela Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira, através do canal clima, http://clima.feis.unesp.br/, sendo coletados pela Rede de Estações Agrometeorológicas do Noroeste Paulista. O balanço hídrico médio foi determinado a partir do método de Thorthwaite e Mather (1955), utilizando dados mensais de precipitação e evapotranspiração de referência, obtida através da equação de PenmanMonteith. Foi utilizada CAD (Capacidade de Água Disponível) de 40 milímetros, representando à maior parte das culturas plantadas nas regiões. Os gráficos abaixo demonstram os resultados:
Quando se faz a comparação dos dois gráficos, nota-se que o ano de 2015 teve um comportamento diferenciado com relação à média. A intensidade das precipitações foi maior, além disso, houve ocorrência de chuvas em meses que geralmente são caracterizados pela seca, como por exemplo, maio, setembro e outubro. Para o irrigante, essas chuvas que ocorreram em meses atípicos foram boas, pois diminuiu a necessidade de irrigação, economizando água e energia, uma vez que houve reposição de água no solo.
A partir desses dados o irrigante pode fazer um planejamento do manejo da irrigação, assim como o planejamento da lavoura, épocas de plantio e de colheita, possibilitando explorar o máximo potencial produtivo da cultura e da forma mais racional possível.
Serviços:
Conheça um pouco mais sobre o nosso trabalho, acesse:
- Informações sobre agricultura irrigada e agroclimatologia no noroeste paulista são publicadas regularmente BLOG da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira em http://irrigacao.blogspot.com
- Números e gráficos das estações agrometeorológicas no noroeste paulista estão emhttp://clima.feis.unesp.br
- Canal da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira: www.agr.feis.unesp.br/irrigacao.php
- Canal no YouTube: http://www.youtube.com/fernando092
- Canal CLIMA da UNESP Ilha Solteira: http://clima.feis.unesp.br
- Pod IRRIGAR - O Pod Cast da Agricultura Irrigada: http://podcast.unesp.br/podirrigar
- Fan Page no FaceBook: https://www.facebook.com/ahiunespilhasolteira
O balanço hídrico climatológico permite caracterizar o clima de determinada região, possibilitando identificar quais as épocas de seca e de maior disponibilidade hídrica. Assim, quando o agricultor vai fazer o planejamento da lavoura, deverá determinar ações básicas, como a época de semeadura e a época de colheita, e para isso será necessário saber quais os períodos mais propícios para realizar tais ações. Pois, por exemplo, se ele fizer a semeadura no período de seca e não lançar mão de técnicas de irrigação, ele correrá o risco de perder todo o trabalho e investimento realizado, uma vez que não há condições de umidade ideal no solo para a emergência das plantas.
Da mesma forma, se ele planejar a colheita em épocas de grande precipitação, suponha-se que colheita seja mecanizada, as máquinas não terão mobilidade no solo com grande umidade, então correrá o risco de passar a época da colheita.
Além disso, o balanço hídrico é uma ferramenta muito eficaz para realizar o manejo da irrigação, pois basicamente usa-se a irrigação para pagar a conta da evapotranspiração, ou seja, é necessário fazer a reposição de água no solo, uma vez que é a fonte de água para os inúmeros processos que ocorrem durante o desenvolvimento da planta e o estabelecimento da cultura. Assim sendo, analisando o balanço hídrico pode-se racionalizar o uso da água.
Sabendo como o clima de determinada região se comporta pode-se então tomar a decisão se há ou não a necessidade de adotar o uso de práticas de irrigação e qual a melhor maneira de explorar o máximo potencial da cultura usando tal medida, evitando-se desperdícios e potencializando a produtividade.
De forma geral, planejamento agrícola é o que justifica o estudo do balanço hídrico na agricultura.
Balanço Hídrico na região de Populina
A Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira, realizou um estudo do balanço hídrico na região de Populina em 2015, confrontando com o balanço hídrico médio da mesma região entre os anos de 2012 e 2015. O trabalho teve por objetivo interpretar como se comportou o clima na região, se foi um ano coerente com a média ou um ano diferenciado. Foram utilizados dados climatológicos disponibilizados pela Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira, através do canal clima, http://clima.feis.unesp.br/, sendo coletados pela Rede de Estações Agrometeorológicas do Noroeste Paulista. O balanço hídrico médio foi determinado a partir do método de Thorthwaite e Mather (1955), utilizando dados mensais de precipitação e evapotranspiração de referência, obtida através da equação de PenmanMonteith. Foi utilizada CAD (Capacidade de Água Disponível) de 40 milímetros, representando à maior parte das culturas plantadas nas regiões. Os gráficos abaixo demonstram os resultados:
Gráfico 1: Balanço Hídrico região de Populina em 2015.
Gráfico 1: Balanço Hídrico região de Populina de 2012 a 2015.
Quando se faz a comparação dos dois gráficos, nota-se que o ano de 2015 teve um comportamento diferenciado com relação à média. A intensidade das precipitações foi maior, além disso, houve ocorrência de chuvas em meses que geralmente são caracterizados pela seca, como por exemplo, maio, setembro e outubro. Para o irrigante, essas chuvas que ocorreram em meses atípicos foram boas, pois diminuiu a necessidade de irrigação, economizando água e energia, uma vez que houve reposição de água no solo.
A partir desses dados o irrigante pode fazer um planejamento do manejo da irrigação, assim como o planejamento da lavoura, épocas de plantio e de colheita, possibilitando explorar o máximo potencial produtivo da cultura e da forma mais racional possível.
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