Comparativos de chuvas em 2016

   O ano de 2016 foi considerado um ano de chuvas muito irregulares, observa-se que em alguns meses choveu mais do que o esperado, já em outros, a chuva foi bem abaixo da média histórica.
   Esta irregularidade das chuvas no Noroeste Paulista pode trazer grande risco para a atividade agrícola, caso o produtor não faça uso de sistemas de irrigação. 
     A oscilação no período chuvoso também trás consequências para sociedade em geral, tem-se como exemplo principal o rebaixamento  dos níveis dos reservatórios, o que pode significar um aumento nas tarifas de energia elétrica.     
     O quesito da variabilidade espacial da chuva afeta, da mesma forma,  o sistema como um todo, no caso das chuvas convectivas caracterizadas pela alta intensidade e baixa duração, as mesmas ocorrem de maneira pontual abrangendo um território menor. Como exemplo, podemos citar a chuva de ontem (12/12/2016), onde na estação de Ilha Solteira foi registrada uma precipitação de 10,9 mm enquanto no pluviômetro manual do Laboratório de Hidráulica e Irrigação foi registrada uma chuva de 25 mm, os dois pontos distam 1,5 km e observou-se uma diferença de 14 mm de chuva entre os mesmos.

Distância entre o Campus II da UNESP e a Estação Agrometeorológica Automática de Ilha Solteira

    O gráfico abaixo exemplifica a irregularidade na distribuição das chuvas ao longo do ano de 2016 entre as oitos estações operadas pela Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP de Ilha Solteira.

Fonte: Canal Clima UNESP.
        Para exemplificar melhor o fenômeno, toma-se como base o mês de Setembro, onde a chuva esperada na região era de 76 mm e o real precipitado foi de 40 mm. A evapotranspiração de referência em tal mês foi de aproximadamente 118 mm na região, então, considerando um campo de futebol (10.000 m²), por exemplo, ao invés de aplicar 420.000 litros de água no mês, foi necessário 780.000 litros de água por hectare no mês. Assim aconteceu com os irrigantes do Noroeste Paulista, que tiveram que aplicar aproximadamente 58% a mais de água.
     Na região até agora foi registrada uma precipitação total anual de 1147 mm, enquanto o esperado é de 1226 mm, ou seja, choveu em 2016 apenas 93 % do esperado. 

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