CORREÇÃO DE DADOS DE EVAPOTRANSPIRAÇÃO NO NOROESTE PAULISTA

A agricultura brasileira vem passando nos últimos anos por um processo intenso de transformação e modernização. Neste contexto, é crescente a busca por informações relacionadas ao tempo, clima e produtos agrometeorológicos. Algumas regiões do Brasil já dispõem de sistemas de monitoramento agroclimáticos que prestam serviços relevantes à agricultura desses locais e à sociedade. A Rede Agrometeorológica do Noroeste Paulista é composta por 8 estações automáticas padronizadas e distribuídas em 7 municípios e coleta diferentes informações climáticas (temperatura, umidade, radiação solar global, líquida e fotossintéticamente ativa, velocidade e direção do vento, precipitação e pressão) com tempo de varredura de 10 segundos, faz o processamento e as divulga no Canal CLIMA da UNESP, juntamente com a evapotranspiração de referência, com atualização a cada cinco minutos.
Figura 1- Estação padrão utilizada pela UNESP Ilha Solteira
Foram analisados os dados de evapotranspiração de referência de todas as estações da Rede Agrometeorológica do Noroeste Paulista no período de 14 de julho de 2011 a 31 de dezembro de 2016. A análise e manipulação dos dados foi feita em planilha eletrônica que possibilitou a geração de gráficos e a obtenção dos coeficientes de regressão entre as possíveis combinações entre cada estação. Para cada Estação foi gerado uma equação para correção, calibração dos dados de evapotranspiração, sendo que para cada Estação foi colocada no eixo x confrontada com outra Estação no eixo y, gerando todas as possíveis combinações de correção de dados de evapotranspiração, assim obtendo todos os R2 de melhor desempenho no coeficiente de determinação.

Tabela 1- Posicionamento geográfico, localidade e data de início de operação das estações que compõem a Rede Agrometeorológica do Noroeste de São Paulo (http://clima.feis.unesp.br/listaestacao.php).
Essas variações no coeficiente de determinação podem ter ocorrido devido ao local onde se localiza cada Estação Agrometeorólogica, que varia tanto em latitude, longitude e altitude. Os dados apresentados na Tabela mostram todas as correlações estatísticas com o coeficiente de determinação (R2), sendo a forma de avaliar a qualidade do ajuste do modelo, este coeficiente indica quanto o modelo foi capaz de explicar os dados coletados. Os dados apresentados na tabela mostram todas as possíveis combinações entre todas as Estações Agrometeorológicas, sendo que os R2 variaram de 0,2712 a 0,8797. 
Tabela 2 - Todos os R2 obtidos a partir de todas as possíveis combinações estrem cada Estação Agrometeorológica. 
Essas variações no coeficiente de determinação podem ter ocorrido devido ao local onde se localiza cada Estação Agrometeorólogica, que varia tanto em latitude, longitude e altitude. Estes resultados mostram que, além da necessidade da correção da evapotranspiração, deve-se tomar o cuidado de se corrigir de maneira satisfatória, uma vez que, a não utilização correta de um método de correção, poderá induzir em um erro maior do que a não correção.
Tabela 3 - Equação para cada Estação Agrometeorológica baseada na Evapotranspiração (mm/dia) Y = B x + A.
Os resultados mostram ser possível estabelecer um programa de controle de qualidade e reposição de dados perdidos de evapotranspiração de referência – que é a base para o manejo da irrigação via atmosfera - através de equações de regressão linear e também a necessidade de cuidados na seleção do método de correção, bem como da sua correta utilização para que haja integridade e qualidade do banco de dados disponibilizado.

Estas e outras informações podem ser conferidas no portal do CLIMA.
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