Armazenamento - logistica de trasporte
Hidrovia Tietê-Paraná e o uso múltiplo da água
A maior Hidrovia do país, a Hidrovia Tietê-Paraná (A), depois de ter suas atividades interrompidas durante a crise hídrica de 2013-2015 volta à discussão exatamente em relação à qual seria a cota mínima de água para a perfeita operação. O uso da água pressupõe o uso múltiplo para as diferentes atividades e neste caso específico os rios Paranaíba junto com o Grande formam em Rubinéia o rio Paraná, que é interligado ao rio Tietê através do Canal de Pereira Barreto (detalhes construtivos), uma obra conhecida como o maior canal artificial da América do Sul e o segundo maior do mundo, com 9.600 metros de extensão, ao interligar o lago da barragem da Usina Hidrelétrica de Três Irmãos, no rio Tietê, ao rio São José dos Dourados, afluente da margem esquerda do rio Paraná e ao reservatório de Ilha Solteira, propiciou a redução do tempo de navegação das barcaças na Hidrovia Tietê-Paraná pela menor distância e eliminação de duas eclusagens (B) e a ainda operação de geração de energia elétrica integrada pela transposição de água entre as bacias do rio Paraná e Tietê.
Geração de energia e navegação devem compartilhar o uso da água com os sistemas de irrigação e ainda o lazer neste grande bacia hidrográfica que se inicia na Usina de São Simão no rio Paranaíba e Usina de Água Vermelha no rio Grande, passando pela Usina de Ilha Solteira já no rio Paraná e chegando à Usina de Avanhandava no rio Tietê, quando uma eclusa garantirá a navegação por uma distância ainda maior.
A matéria do Jornal do Comércio de Bauru é interessante porque sobre a Hidrovia Tietê-Paraná pergunta e responde a questão "Mas e o que falta para este sistema se consolidar?" Ampliar o Porto Intermodal de Pederneiras, escavar em 2,4 metros o trecho de 10 km da Hidrovia próximo à Eclusa de Avanhadava (conclusão para 2019) e gerenciar o nível da água no trecho entre o km 99,5 do reservatório de Três Irmãos e a eclusa inferior de Nova Avanhandava para que não haja a interrupção operacional são as demandas.
Com a crise hídrica houve interrupção da passagem de embarcações no km 99,5 km da Hidrovia de maio de 2014 à 26 de janeiro de 2016 em decorrência do baixo nível dos reservatórios de Três Irmãos e Ilha Solteira, que chegou à cota 318,74 metros em 05 de março de 2015 no rio Tietê e 318,62 metros em 05 de agosto de 2015 no rio Paraná. O volume morto (abaixo da cota 323 metros) foi atingido no rio Tietê em 01 de julho de 2015 e no rio Paraná em 19 de junho de 2015 permanecendo por 551 dias (03 de janeiro de 2016) e 576 dias (15 de janeiro de 2016), respectivamente, quando o rio Tietê chegou a transpor até 1.149 m3/s para o rio Paraná com velocidade de 2,44 m/s, mostrando pela primeira vez a importância da interligação de bacias hidrográficas para a segurança hídrica.
Havia a expectativa pela saída do volume morto no reservatório de Ilha Solteira - a terceira maior do Brasil - menos pela geração de energia e mais pelo retorno das operações da Hidrovia Tietê-Paraná (B), o que o se confirmou na sexta-feira (15 de janeiro de janeiro de 2016) quando o lago rompeu a cota 323 metros, muita chuva no Estado inteiro e muitos prejuízos, além do espetáculo que envolve a abertura de vertedores de usina hidrelétricas, o que não se via há anos.
Cruza a região Noroeste Paulista a Ferrovia FerroNorte, viabilizada pela construção da única Ponte Rodoferroviária do país que sobre o rio Paraná (C) no município de Rubineia viabilizou a interligação da região Centro-Oeste (uma das principais regiões agrícolas do país) ao porto de Santos (SP), através de um corredor 1.300 km quilômetros de extensão.
Ponte Rodoferroviária sobre o rio Paraná com uma linha ferroviária principal de 15,5 km de extensão, e uma linha secundária com 9.1 km, incluindo, ainda, a Via Permanente sem lastro, no trecho sobre a Ponte, com extensão de 3,8 km, os viadutos de acesso à Ponte com extensão total de 1.170 m e largura de 17,5 metros, e os acessos rodoviários em ambos os lados da Ponte totalizando 7,5 km - Conheça o perfil técnico da estrutura.
Planejamento - ou a sua falta
O triste desta história é que os cronogramas não se cumprem, desde o atraso de anos na obra da ponte rodoferroviária após o seu início, até a não execução do projeto completo que inclui o terminal intermodal, que ainda não iniciou a construção. A seguir algumas notícias antigas resgatadas com o duplo propósito, incentivar a responsabilidade dos nossos governantes no sentido de entregar o que prometeram e por outro lado, informar, qual a seria a infra estrutura prevista para a região Noroeste Paulista.
26/01/2017: Commodities agrícolas devem puxar o crescimento do setor de transporte de cargas em 2017
02/05/2018: Empresas buscam alternativas a BNDES para financiar projetos em infraestrutura
06/05/2018: Nem a metade dos projetos de concessão de Temer saiu do papel. Energia, petróleo e portos são os únicos setores sem obstáculo; estradas e ferrovias não têm edital
11/05/2018 - Editorial Folha de São Paulo: Mais Bolsa Família - Bem-sucedido e depurado de propaganda partidária, programa pode ser aperfeiçoado. Em 2018, o orçamento é de R$ 28,9 bilhões, equivalentes a cerca de 0,4% do Produto Interno Bruto
11/05/2018 - Trilhos levam 2,9 bi de passageiros/ano; expansão depende de negócios com governo
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Conheça no workshop "Jornalismo Agropecuário - Entendendo o mercado da soja" alguns princípios da produção e comercialização deste grão e também o artigo "Logística de transportes no agronegócio" que objetivou determinar (em 2007) a distribuição dos modais de transporte mais viáveis para escoar a produção, que seriam o rodoviário, ferroviário, hidroviário e o intermodal. No entanto, serão apresentadas as dificuldades de cada setor e as necessidades de investimento nesses segmentos, apontando as potencialidades e funcionalidades de cada modal, enfatizando, porém a utilização das ferrovias, pois oferecem muitas vantagens devido a grande extensão territorial do Brasil, e das hidrovias por existirem muitos rios que oferecem boa navegabilidade e, em contra partida, a diminuição do transporte rodoviário, para assim, poder aumentar a competitividade dos produtos.
Na lanterna do crescimento do PIB está o Sudeste, região industrializada que perde espaço na agropecuária. Em 2017, o Maranhão foi o destaque entre os Estados. Região Sul, na média lidera o crescimento. Enquanto isso, o Brasil ficou mais injusto e viver com até R$ 47 por mês obriga a escolher entre comida e higiene, condição vivida por cerca de 4,5 milhões de pessoas na base da pirâmide.
As ilustrações utilizadas nas aulas estão disponíveis AQUI!
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