Início do semestre e Pod Irrigar - Censo Agropecuário e seca

Círculos identificam os pivôs centrais na região Noroeste Paulista, de grande potencial para a agricultura irrigada pela elevada oferta de água encontrada nos rios Paraná, Tietê, São José dos Dourados e Grande. A intensidade do verde indica maior atividade fotossintética.  

[Pod Irrigar] - Os números do Censo Agropecuário de 2017 mostram a força do agronegócio brasileiro, mas com segurança hídrica deixa claro o nosso potencial
O Censo Agropecuário 2017 foi divulgado. Deveria ter sido feito em 2016, mas o bom senso reinou e foi então realizado no ano passado e corrigimos assim uma deficiência de planejamento para um setor tão vital para a sócio-economia brasileira.
Os números impressionam deixam claro que políticas industriais e de serviços de agregação de valor são importantes e jamais devem ser entendidas como excludentes da vocação agropecuária brasileira, não somente pelas dimensões continentais do nosso país, mas principalmente pela possibilidade de encontrar sinergia neste setor que tem se modernizado. 
A produção de alimentos com culturas temporárias cresceu e representa 16,5% dos nossos 350 milhões de hectares que integram nossos estabelecimentos agropecuários e tanto nossas matas naturais (31,5%), como plantadas (2,5%) aumentaram nossos últimos 11 anos, mostrando também  a sustentabilidade do setor.


Mas podemos avançar muito mais e a insegurança hídrica impõe restrições à nossa oferta de possibilidades econômicas vindas do campo.
Aqui no Noroeste Paulista, essa porção do Estado do Estado de São Paulo compreendida entre os rios Tietê, Paraná e Grande estamos com até 116 dias sem chuvas, em um ano em que o início do déficit hídrico se antecipou em 3 meses e as consequências para a geração de renda são notáveis. Na média deste ano, a região enfrenta 102 dias sem chuvas, com memória seletiva, nos esquecemos que historicamente são 88 dias sem chuva na região e assim investimentos em sistemas de irrigação são altamente desejáveis aqui, como em toda região que tenha 3 meses ou mais de déficit hídrico para que se produza os efeitos multiplicadores da agricultura irrigada.


Na região Noroeste paulista, temos um grande potencial para a agricultura irrigada representada pelas maiores taxas de evapotranspiração do Estado de São Paulo e pela farta disponibilidade de água proporcionada pelos grandes lagos das hidrelétricas e a UNESP tem acompanhado a evolução destes investimentos em, ainda modestos e aquém do que seria desejado para a modernização da agropecuária da região. 
Este foi o tema da edição de 27 de julho de 2018 do [Pod Irrigar] - o Podcast da Agricultura Irrigada -, mas o Internauta também pode ouvir as outras dicas que estão disponíveis semanalmente a partir de http://podcast.unesp.br/podirrigar.


Início das aulas 
Mais um semestre se incia e sempre é o momento de reflexão e decisão. Vivemos numa época de constante mudança, em uma sociedade espantosamente dinâmica, instável e evolutiva e certamente correrá sérios riscos quem não perceber isso e ficar esperando para ver o que acontece. Portanto, a adaptação a essa realidade será, cada vez mais, uma questão de sobrevivência.

Uma sociedade em desenvolvimento exige rompimento, mudança e novidade em linguagem, conceitos e modos. A cada dia que passa os produtos concorrentes ficam mais similares em termos de tecnologia e preços e estejam certos, o diferencial está e estará, portanto, na capacidade da empresa ou pessoas em se diferenciarem no mercado e este diferencial estará a cada dia mais na prestação de serviços. É preciso inovar, não dá para apenas copiar e é preciso criar uma nova postura e reinventar o setor nosso setor. Mas como fazer isso? Com certeza com a capacitação, com estudos, dedicação e foco!



De acordo com a Câmara Setorial de Equipamentos de Irrigação - CSEI - ABIMAQ em 2012 o Brasil incorporou mais 212 mil hectares irrigados, em uma taxa 21% maior que em 2011. Já em 2013 incorporamos 284 mil novos hectares, 34% mais do que em 2012 e em 2014, novos 221 mil hectares produziram sob sistemas de irrigação. Nestes últimos anos se consolidou a presença dos sistemas de irrigação tipo pivô central. Já os anos de 2014, 2015 e 2016, a crise hídrica pegou o setor em cheio o crescimento da área irrigada anualmente experimentou um declínio se considerado o desempenho dos anos anteriores e em 2015 recuamos para uma expansão de 187 mil novos hectares irrigados e retomamos o crescimento em 2016 com 218.500 novos hectares irrigados, mas incorporamos na última década anualmente mais de 180 mil hectares de área irrigada. Com todo este potencial de terras aptas à irrigação e mantido este ritmo de crescimento, levaríamos séculos anos para esgotar nossas potencialidades.


Aos estudantes e stakeholders da agricultura irrigada, pensem no fato de que com irrigação garantimos produtividades elevadas, a irrigação é ainda considerada uma das ações mitigadoras ao aquecimento global, tem ação agregadora da economia, temos agora o marco regulatório definido na Política Nacional de Irrigação, entre outros benefícios, então, BEM VINDOS à um mundo de oportunidades representada pela agricultura irrigada! Assim, fica a dica: vamos aproveitar a oportunidade e nos dedicar aos estudos, à capacitação técnica e vamos nos diferenciar, em cada área em que escolhemos atuar! Fé, obra e sucesso!

Em relação à disciplina de Irrigação e Drenagem, é recomendável um acompanhamento sistemático das aulas, não deixando para estudar somente na véspera da prova, pois operar a agricultura irrigada exige um conhecimento multidisciplinar. Na nossa primeira aula amanhã abordaremos as regras da disciplina, a bibliografia, as datas das provas, as atividades gerais e a introdução à agricultura irrigada e a irrigação. Também nas primeiras aulas faremos uma abordagem sobre o mundo dos negócios e as exigências do mercado de trabalho e a relação com o trabalho, liderança e empreendedorismo. Já estão disponíveis as ilustrações que usaremos em aulas ao longo do semestre. O roteiro de aula para o semestre e outras informações estão disponíveis na aba "Atividades Acadêmicas" do Canal da Irrigação.

Temos, além das aulas e da bibliografia da disciplina - nada deve substituir os livros textos recomendados - várias mídias de apoio que complementam os livros e são baseadas na Internet: este Blog (marcador "aula" principalmente) onde o estudante encontrará não somente informações sobre a agricultura irrigada e irrigação, mas também desde dicas de leitura/livros, de música (entretenimento) à como crescer na carreira. O Canal de Conteúdo da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira - ou simplesmente, Canal da Irrigação - traz os artigos publicados pela nossa Equipe, fotos, ilustrações e acesso a todos os demais canais de mídia. As ilustrações utilizadas nas nossas aulas estão disponíveis também na aba Atividades Acadêmicas.


Principais produtos produzidos no campo brasileiro.



Canal CLIMA da UNESP Ilha Solteira oferece produtos que são gráficos e mapas de acompanhamento em tempo real de todas as estações e as principais variáveis climáticas, tais como temperatura, umidade do ar, velocidade e direção do vento, chuva, evapotranspiração, pressão atmosférica e radiação global e líquida, além da base histórica, tudo gratuito e com atualização a cada cinco minutos e é a parte visível da Rede Agrometeorológica do Noroeste Paulista foi implantada como parte do projeto “MODELAGEM DA PRODUTIVIDADE DA ÁGUA EM BACIAS HIDROGRÁFICAS COM MUDANÇAS DE USO DA TERRA”, financiado pela FAPESP. Por este canal facilmente se confere os números que mostram a mudança no tempo, de muito frio para a umidade relativa baixa, já crítica, que enfrentamos esta semana e sentida na garganta, nas narinas e nos olhos. Vários artigos técnicos já foram publicados a partir da execução deste projeto e estão disponíveis no canal TEXTOS TÉCNICOS do canal da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira e a TV Tem mostrou um dos nossos trabalhos que visa apoiar o uso eficiente da água. Confira!


No Canal YouTube da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira são ofertados videos que complementam as informações divulgadas de maneira escrita. Por fim, temos também a Fan Page da UNESP Ilha Solteira, onde divulgamos as últimas notícias produzidas pela nossa Equipe e as condições do tempo, quando se tornam adversas. Que tal CURTIR à na Fan Fage e ficar "antenado"? O nosso perfil no Facebook traz diariamente dicas de leitura, agricultura irrigada, negócios, música, cultura, entretenimento, carreiras, entre outros e ainda montamos Álbuns onde compartilhamos fotos sobre sistemas de irrigação, recursos hídricos, e muito mais. Fiquem a vontade para acompanhar-nos (Perfil Profissional e Institucional)! E apreciem sem moderação!

Datas das provas
1a. Prova (Peso 2) será em 10 de setembro, a 2a. Prova (Peso 3) em 12 de novembro e a 3a. Prova (Peso 3) em 10 de dezembro de 2018 e o Exame Final será em 17 de dezembro de 2018 às 10 horas. As P2 e P3 serão com matéria acumulativa e pode-se fazer consulta à material auxiliar. Todas as provas serão às 16:00 horas. Os seminários acontecerão nas manhãs das 2a. e 3º.  Provas.
MF = (2P1 + 3P2 + 3P3 + 2MR) / 10
MR = Seminários* e monografias** (* Notas diferentes para cada atividade, mas baseadas na média entre CONTEÚDO, MÍDIA e APRESENTAÇÃO; ** Pesos diferentes em função da dificuldade e a nota é a média entre CONTEÚDO, RECURSOS UTILIZADOS e APRESENTAÇÃO).

A probabilidade do teste T na correlação entre média das listas de exercícios e a média final do Primeiro Semestre de 2018 foi de 0,46%, comprovando mais uma vez as vantagens de investirem parte do tempo de estudos ao longo do semestre fazendo as listas propostas.



Comunicação e transparência de ações e do conhecimento
Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira para democratizar o conhecimento e a informação, utiliza diferentes linguagens na Internet para cumprir este propósito através do: Canal de ConteúdoCanal CLIMABLOGCanal YouTubeFan Page no Facebook, [Pod Irrigar] e IRRIGA-L Grupo de Discussão em Agricultura Irrigada.  Acreditamos que "que é preciso inovar, não dá só para copiar e é preciso criar uma nova empresa e reinventar o nosso setor, para tanto é fundamental a democratização e a transparência da informação, do conhecimento e de ações",  Também usamos de forma complementar nosso perfil do Facebook para divulgar nossos trabalhos de ensino, pesquisa e extensão e interagir com sociedade como um todo. Existem outros canais mantidos por outras Instituições como o Forum da Agricultura Irrigada. Também confira o vídeo sobre como aprimorar seu networking.



Defesas de Mestrado
Overdose de agricultura irrigada e irrigação na UNESP Ilha Solteira. Duas Dissertações de Mestrado junto ao Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Sistemas de Produção.
Amanhã - 30 de julho de 2018 - Anfiteatro do DEFERS
Qual a importância de uma rede agrometeorológica para o manejo racional da irrigação? Escolher a evapotranspiração de referência certa faz diferença? E se a semeadura do feijão for feita em diferentes épocas, a evapotranspiração da cultura será a mesma? Os custos de produção serão os mesmos? A Engenheira Agrônoma Larissa Godarelli Farinassi defenderá a Dissertação intitulada "Necessidades hídricas do feijoeiro irrigado no Noroeste Paulista. Será às 08 horas. Quer saber mais? Aqui: http://www.feis.unesp.br/irrigacao/defesa_larissa_2018.phphttp://www.feis.unesp.br/irrigacao/defesa_larissa_2018.php

Como irrigar citros? Há um sistema melhor? Microaspersão, gotejamento, carretel enrolador ou pivô central? Qual o comportamento do dossel das plantas de citros em função dos sistemas de irrigação? Há diferenças? A Engenheira Agrônoma Emanoele Caroline Amendola defende dissertação intitulada "Temperatura de superfície e coeficientes de cultura dos citros irrigados por diferentes sistemas". Será as 14 horas. Detalhes em http://www.feis.unesp.br/irrigacao/defesa_emanoele_2018.php
Não der para vir assistir? OK! Será transmitido pelo Facebook. Bem aqui: https://www.facebook.com/ahiunespilhasolteira

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