[Pod Irrigar] - Medindo o armazenamento de água de solo
[Pod Irrigar] - Medindo o armazenamento de água de solo
Já dissemos, escrevemos e o faremos por muitas e muitas vezes que o principal desafio da agricultura irrigada, ou a maior dificuldade, é promover o uso racional da água e assim aumentar a produtividade da água, que é uma medida de eficiência que nos informa o quanto de alimento conseguimos produzir com cada m3 de água aplicada ao solo.
A análise combinada da produtividade física com a produtividade da água é uma poderosa ferramenta de análise que permite identificar qual a limitação do produtor de alimentos, se agronômica ou da gestão da água na propriedade.
Mas nesta edição vamos nos concentrar no manejo via solo!
Quando fazemos esta optação vamos medir a umidade do solo diretamente e a partir dela vamos fazer a comparação com o limite mínimo de umidade - que é dado pelo ponto de murchamento permanente - e teremos então, para uma profundidade de interesse - aquela que representa a profundidade efetiva do sistema radicular, ou seja, 75% das raízes daquele cultivo - o armazenamento de água atual do solo.
Este armazenamento atual quando dividido pela CAD - Capacidade de Água de Disponível - temos então o armazenamento de água em porcentagem e cada cultura em determinada região tem uma reserva crítica. "Tanque cheio", água na Capacidade de Campo, temos então, o ideal para a máxima produtividade e este deve ser o objetivo de toda irrigação, ou seja, elevar o armazenamento de água no solo para 100% da CAD.
Para tanto, com base na umidade atual do solo, devemos subtraí-la da umidade na Capacidade de Campo e multiplicarmos pela profundidade de interesse, segundo a distribuição de raízes. Esta será a lâmina líquida de irrigação e que deve ser dividida pela eficiência do método de irrigação, para que se tenha o total de água a ser aplicado ao solo.
Só está faltando o sensor que irá nos informar a umidade do solo. Tradicionalmente usamos os tensiômetros para isso, que podem ser de leitura manual, ou analógicos, ou digital, podendo então ser transmitida a leitura por modem celular ou rádio. Outra opção, com investimentos cada vez mais convidativo são os TDRs!
Mas o fundamental é a escolha do local de instalação, pois buscamos representatividade e assim, o sensor deve representar a região de máxima extração de água no solo, por isso são desejáveis que sejam instalados ao menos em duas profundidades, e, por apresentar leituras pontuais, cada bateria de sensores deve estar localizada na lâmina média de irrigação e para isso, a avaliação do sistema de irrigação é fundamental, assim como a curva caraterística de retenção de água no solo.
Este foi o tema da edição de 24 de agosto de 2018 do [Pod Irrigar] - o Podcast da Agricultura Irrigada -, mas o Internauta também pode ouvir as outras dicas que estão disponíveis semanalmente a partir de http://podcast.unesp.br/podirrigar.
05 e 06 de setembro de 2018 - Irrigashow 2018
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ASPIPP em ação, conheça o trabalho desta importante Associação de Irrigantes. Edição 20, Edição 21, Edição 22 e Edição 23!
Evapotranspiração atual
Em um das edições do [Pod Irrigar] - o podcast da agricultura irrigada - explicamos as diferentes evapotranspirações que podem estar ocorrendo. O USGS utiliza operacionalmente o modelo "Simplified Surface Energy Balance (SSEBop)" de Senay et al. (2011) para a determinação da evapotranspiração atual, a partir de ajustes/parametrização do modelo "Simplified Surface Energy Balance (SSEB)" de Senay et al. (2011, 2013).
Outras opções para a determinação da evapotranspiração atual baseada em sensoriamento remoto são os modelos SEBAL (Bastiaanssen et al., 1998) e METRIC (Allen et al., 2007).
A Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira nos últimos anos vem trabalhando com o modelo SAFER - Simple Algorithm for Evapotranspiration Retrieving (Teixeira, 2010) nos trabalhos de determinação da evapotranspiração atual e produtividade da água.
Sistema Brasileiro de Classificação de Solos ganha versão eletrônica gratuita
Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) ganha versão eletrônica gratuita, lançada durante o XXI Congresso Mundial de Ciência do Solo, no RJ. A 5ª edição revisada e ampliada do SiBCS, livro que é referência para pesquisadores, estudantes e produtores agrícolas desde 1997, está disponível gratuitamente pela primeira vez, no formato e-book. Para mais informações e link para download, acesse: http://bit.ly/2w5e8hG Para ler essa publicação, que está em formato ePub, é necessário ter, no celular ou no computador, um desses softwares gratuitos: Google Play Livros (para Sistemas Android); iBooks (para IOS); software Calibre (para Windows e Linux). Acesse a página temática Solos Brasileiros no Portal da Embrapa e do PronaSolos.
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