Expansão da agricultura irrigada, discutindo a universidade pública, o papel das redes sociais e do corporativismo no setor público
[Pod Irrigar] - A irrigação em números no Estado de São Paulo e a necessidade de expansão
Na última edição do PodIrrigar falamos que mesmo com as crises econômicas e hídricas, a agricultura irrigada tem crescido à taxas superiores que a economia brasileira e assim, cresceu nos últimos 10 anos à média de 192.675 hectares por ano (8,6% anuais) ou se usarmos uma série mais longo, nos últimos 18 anos, a taxa de crescimento foi de 4,8% anuais, com média de 159.938 hectares anuais. O resumo é que os Produtores de Alimentos acordaram para os efeitos multiplicadores proporcionados pelos sistemas de irrigação.
Nestes números da CSEI/ABIMAQ incrementos em 2017, mais 209.500 hectares, sendo 40% da área em sistemas pivô central e 38% pela irrigação localizada e ainda o IBGE, no Censo Agropecuário de 2017, mostrou em em 11 anos, o número de estabelecimentos com irrigação cresceu 52%, enquanto que a área irrigada cresceu 51%, chegando a 6,9 milhões de hectares irrigados
No Estado de São Paulo, que tem a área potencial para agricultura irrigada de mais de 4 milhões de hectares, de acordo com a ANA, concentra 49% da área irrigada por pivô central na região Sudoeste, que um dia já foi chamada de "Corredor da Fome", onde se encontram 45% do número de equipamentos instalados no Estado. A região Noroeste Paulista, onde a UNESP Ilha Solteira está sediada apresenta 5% área irrigada por pivô central e 4% equipamentos, enquanto que a região Oeste tem 6% área irrigada e 3% do número de equipamentos.
Vamos nos concentrar no Noroeste Paulista, também chamado de Região dos Grandes Lagos, que apresenta 8 meses de déficit hídrico - o maior de todo o Estado de São Paulo - e que em 2017 vivenciou um período de déficit intenso como resultado de até 165 dias sem chuvas.
Esta região é limitada pelos rios Tietê, Paraná e Grande e abrange 17.797.22 hectares, com 1.349 Microbacias Hidrográficas inseridas em 113 municípios, que formam 3 UGRHIs, o Baixo-Tietê, o São José dos Dourados e o Turvo-Grande e registrou 6,6% de crescimento médio anual da área irrigada nos últimos 17 anos, apresentando em 2016, segundo estudo conduzido pela UNESP, 16.501 hectares irrigados, proporcionados por 344 equipamentos, 67% deles na Bacia do Turvo Grande, que tem 45% da área irrigada, menor que a bacia do Baixo Tietê, que com apenas 28% dos equipamentos de irrigação, concentram 47% da área irrigada, em apenas 44 municípios, ou seja, 60% dos municípios do Noroeste Paulista não acordaram e deveriam acordar para os investimentos em sistemas de irrigação.
Sabemos que a expansão da agricultura irrigada depende de decisão do Irrigante, da disponibilidade de financiamento, rapidez na análise do pedido de Outorga e disponibilidade de água na microbacia hidrográfica, condição essencial para a realização do investimento.
Sobre a oferta de água para irrigação, que por questões de limitação de tempo, trataremos na próxima edição do PodIrrigar.
Este foi o tema da edição de 21 de novembro de 2018 do [Pod Irrigar] - o Podcast da Agricultura Irrigada -, mas o Internauta também pode ouvir as outras dicas que estão disponíveis semanalmente a partir de http://podcast.unesp.br/podirrigar.
UNESP - Discute seu futuro
O papel da universidade pública foi tema de encontro promovido pela UNESP, quando diferentes profissionais, com diferentes expertises se revezaram no evento intitulado "Diálogos sobre Universidade Pública" e puderam apresentar desde diagnósticos até conquistas, mas todas a partir de uma determinação ou um objetivo bem definido e a ser conquistado. Não há dúvida de que vivemos em um mundo em transformação, isso exige diagnósticos e ações em várias direções, o que inclui pensar e agir segundo o que desejamos para a UNESP - instituição pública presente em 24 municípios paulistas com orçamento de R$ 2,6 bilhões anuais e comunidade formada por 51.995 alunos, 5.986 servidores técnicos-administrativos e 3.389 professores - e que sofre como a maioria das empresas e instituições as consequências do desaquecimento da economia brasileira e, não soube perceber ou antever ou ainda se moldar para uma crise se apresentaria, e consumiu toda a reserva financeira feita em gestões anteriores.
Em nossas palestras e na primeira aula de cada semestre, como forma de incentivar nossa platéia, dissemos que "vivemos numa sociedade espantosamente dinâmica, instável e evolutiva, que correrá sérios riscos quem ficar esperando para ver o que acontece e a adaptação a essa realidade será, cada vez mais, uma questão de sobrevivência". E nem precisamos chegar no limite da transformação, como alguns visionários nos apresentam, como por exemplo, Gil Giardeli em suas palestras, como por exemplo a "O futuro chegou no Campo", e que vale ser conferida, onde faz o alerta de que experimentamos um trabalho mais inteligente, um novo "Renascimento", onde "não dá para usar velhos mapas para descobrir novas terras".
"Falta de dinheiro não é o mais relevante no processo de mudança", foi a visão defendida por Conrado Schlochauer no Diálogos sobre Universidade Pública, enquanto em “Universidade Pública: a urgência de se reinventar”, Simon Schwartzman, ao mostrar os números da pós-graduação com 150 cursos e o desempenho deles faz a pergunta, "se desejamos número ou qualidade", para decidir a alocação dos recursos financeiros.
O “Financiamento da Universidade Pública” com moderação de Marcos Macari - Reitor da UNESP entre 2005-2009 - contou com a participação de Carlos Antonio Luque e de Paula Maria de Jancso Fabiani foi de uma realismo fantástico. Seria interessante que ouvíssemos com atenção, refletíssemos e colocássemos em prática uma mudança no modo de agir e pensar, se de fato desejamos um bom futuro para a nossa UNESP. Parabéns e obrigado Carlos Luque por nos brindar com este choque de realidade, Paula Maria por mostrar que as iniciativas de financiamento por doação é possível e os desafios à serem vencidos e Macari pelas suas "máximas". Esperamos que o planejamento e as decisões que impliquem nas mudanças necessárias sejam amadurecidas e baseadas em questões técnicas e de bom senso.
O Diálogos sobre Universidade Pública foi amplamente divulgado e transmitidos, podendo ser assistido no Facebook e outras fontes.
Agricultura irrigada
Elmar Wagner é um experiente Engenheiro Agrônomo que já trabalhou em várias partes do mundo e conhece como poucos a agricultura irrigada. Colocou em prática o blog Agricultura Irrigada com informações relevantes, que depois migrou para outro endereço, com o objetivo de compartilhar experiências e conhecimentos, falar sobre um tema que gosta, entre outros. Se você se interessa por agricultura irrigada, é uma boa fonte de consulta e assim, recomendamos a visitação ao blog.
Conheci Elmar em 1987 quando Coordenamos o curso "Irrigação: momento atual e perspectivas", quando levamos à Jaboticabal importantes profissionais no tempo que até o Ministério da Irrigação existia, e o lamento é de que, em muito do que foi publicado naquele ano, se aplica ainda aos dias de hoje, mostrando que há muito o que fazer na e pela agricultura irrigada e que a mudança é sempre difícil.
UNESP - Discute seu futuro
O papel da universidade pública foi tema de encontro promovido pela UNESP, quando diferentes profissionais, com diferentes expertises se revezaram no evento intitulado "Diálogos sobre Universidade Pública" e puderam apresentar desde diagnósticos até conquistas, mas todas a partir de uma determinação ou um objetivo bem definido e a ser conquistado. Não há dúvida de que vivemos em um mundo em transformação, isso exige diagnósticos e ações em várias direções, o que inclui pensar e agir segundo o que desejamos para a UNESP - instituição pública presente em 24 municípios paulistas com orçamento de R$ 2,6 bilhões anuais e comunidade formada por 51.995 alunos, 5.986 servidores técnicos-administrativos e 3.389 professores - e que sofre como a maioria das empresas e instituições as consequências do desaquecimento da economia brasileira e, não soube perceber ou antever ou ainda se moldar para uma crise se apresentaria, e consumiu toda a reserva financeira feita em gestões anteriores.
Em nossas palestras e na primeira aula de cada semestre, como forma de incentivar nossa platéia, dissemos que "vivemos numa sociedade espantosamente dinâmica, instável e evolutiva, que correrá sérios riscos quem ficar esperando para ver o que acontece e a adaptação a essa realidade será, cada vez mais, uma questão de sobrevivência". E nem precisamos chegar no limite da transformação, como alguns visionários nos apresentam, como por exemplo, Gil Giardeli em suas palestras, como por exemplo a "O futuro chegou no Campo", e que vale ser conferida, onde faz o alerta de que experimentamos um trabalho mais inteligente, um novo "Renascimento", onde "não dá para usar velhos mapas para descobrir novas terras".
Para saber mais sobre os números da UNESP, consulte o Anuário Estatístico 2018 e 2017.
"Falta de dinheiro não é o mais relevante no processo de mudança", foi a visão defendida por Conrado Schlochauer no Diálogos sobre Universidade Pública, enquanto em “Universidade Pública: a urgência de se reinventar”, Simon Schwartzman, ao mostrar os números da pós-graduação com 150 cursos e o desempenho deles faz a pergunta, "se desejamos número ou qualidade", para decidir a alocação dos recursos financeiros.
O “Financiamento da Universidade Pública” com moderação de Marcos Macari - Reitor da UNESP entre 2005-2009 - contou com a participação de Carlos Antonio Luque e de Paula Maria de Jancso Fabiani foi de uma realismo fantástico. Seria interessante que ouvíssemos com atenção, refletíssemos e colocássemos em prática uma mudança no modo de agir e pensar, se de fato desejamos um bom futuro para a nossa UNESP. Parabéns e obrigado Carlos Luque por nos brindar com este choque de realidade, Paula Maria por mostrar que as iniciativas de financiamento por doação é possível e os desafios à serem vencidos e Macari pelas suas "máximas". Esperamos que o planejamento e as decisões que impliquem nas mudanças necessárias sejam amadurecidas e baseadas em questões técnicas e de bom senso.
O Diálogos sobre Universidade Pública foi amplamente divulgado e transmitidos, podendo ser assistido no Facebook e outras fontes.
Agricultura irrigada
Elmar Wagner é um experiente Engenheiro Agrônomo que já trabalhou em várias partes do mundo e conhece como poucos a agricultura irrigada. Colocou em prática o blog Agricultura Irrigada com informações relevantes, que depois migrou para outro endereço, com o objetivo de compartilhar experiências e conhecimentos, falar sobre um tema que gosta, entre outros. Se você se interessa por agricultura irrigada, é uma boa fonte de consulta e assim, recomendamos a visitação ao blog.
Conheci Elmar em 1987 quando Coordenamos o curso "Irrigação: momento atual e perspectivas", quando levamos à Jaboticabal importantes profissionais no tempo que até o Ministério da Irrigação existia, e o lamento é de que, em muito do que foi publicado naquele ano, se aplica ainda aos dias de hoje, mostrando que há muito o que fazer na e pela agricultura irrigada e que a mudança é sempre difícil.
Redes sociais e informações induzidas
De acordo com Peter Warren Singer, autor do livro “Likewar: the Weaponization of Social Media”, muito pouco do que acontece na Internet hoje é espontâneo e a maioria das pessoas é alvo constante de campanhas. "A maioria das pessoas não tem a consciência de que é constantemente manipulada por campanhas políticas e de marketing na internet - muito pouco do que ocorre hoje nas redes, seja um vídeo viral, uma hashtag ou foto, é espontâneo", diz na entrevista à Folha de São Paulo. (P. W. Singer e Emerson T. Brooking, Ed. Houghton Mifflin Harcourt, R$ 74,90 - ebook na Amazon -, 421 páginas).
Economia - O Corporativismo que atrasa o Brasil?
William Waack e convidados discutem este tema tão importante para o desenvolvimento de instituições e do país.
Entretenimento - Blues com Nuno Mindelis
Nuno Mindelis, em entrevista a Fernando Faro no Programa Ensaio, angolano de nascimento e filho de pais europeus fala de seu primeiro violão de brinquedo e lembra de quando ganhou sua primeira guitarra. Conta sobre a Revolução angolana e de sua saída do país. Fala da importância do Texas Band, dos países em que tocou, da influência de Steve Cropper e da música negra no blues, além de registrar sua admiração por Zé Ramalho, Walter Franco e Alceu Valença. Para quem curte blues, confira também Nuno Mindelis se apresentando ao vivo no Estúdio Trama, o álbum completo "Texas Bound" e a entrevista para o "Por Trás do Som". Nuno Mindelis, foi reconhecido pela revista Guitar Player americana como melhor guitarrista independente de blues do mundo em 94! Agora, é só apreciar sem moderação!
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