Convivência com déficit hídrico exige capacitação e uso de tecnologia para a sustentabilidade do negócio de produzir alimentos


Pod Irrigar - Déficit hídrico antecipado com o baixo volume de chuvas 
Usaremos a região Noroeste Paulista para ilustrar esta edição. No momento em que gravamos temos 37 dias sem chuvas já em maio, mês que historicamente espera-se 62 mm, mas nada veio ainda. No ano, de janeiro à maio, a expectativa é de 662 mm e a região registra em média 33% à menos de chuva, ou seja, apenas 442 mm em média, com os municípios de Itapura e Pereira Barreto registrando ainda menor volume, somente 383 mm, enquanto que Ilha Solteira registrou 523 mm, o maior volume, mas também inferior ao esperado. Em cada mês do ano o volume foi menor que o histórico e no mesmo período no ano passado foi registrado um volume total de 538 mm, também inferior ao esperado, -19%, conforme se observa no Canal CLIMA da UNESP.
Estes números servem para mostrar que o déficit de água no solo foi antecipado na região, uma vez que a evapotranspiração média da região está em 529 mm, sendo a evapotranspiração a perda da água por transpiração das folhas das plantas mais a evaporação do solo. Se maior que as chuvas, sofrem as plantas. Historicamente  começaria no final de junho, tendo os meses de agosto, setembro e outubro como os mais crítico, como mostra o artigo de Josué Silva Júnior e Colaboradores.
A consequência é a perda de produtividade  no campo ou até a frustração total de safra, como se observa em alguns municípios onde os Produtores de Alimentos apostaram "safrinha" de milho, atitude cada vez mais temerária. Esta situação leva à necessidade de investimentos quase que obrigatórios em sistemas de irrigação nesta e em outras regiões, não somente para repor a água perdida por evapotranspiração, mas também como condicionador ambiental, como se observa por exemplo nos citros, que sofre quando a temperatura  do ar bate nos 35ºC.
Estas questões foram o tema da entrevista ao Jornalista Eduardo Monteiro da CBN que disparou "então é só investir em sistemas de irrigação?" A resposta é não! Os sistemas de irrigação são poderosas ferramentas que garantem a segurança hídrica e assim podem dar sustentabilidade ao negócio de produzir alimentos, se acompanhados de evolução nas técnicas agronômicas com escolha de sementes adequadas e bom planejamento execução da aplicação da água, dos tratos culturais, como adubação, controle de pragas e doenças e ainda lançando mão outras informações  disponíveis, como o controle do armazenamento de água do solo - seja em planilhas ou em softwares específicos - e o acompanhamento da previsão do tempo. Aliás, se ela estiver certa, haverá chuva hoje a noite, e assim, após checar o nível de água do solo nas áreas que acompanhamos, seguramos a irrigação, apostando nestas chuvas para economizar água e energia! À conferir!

E a chuva veio...
No local monitorado, de fato, a chuva veio como previsto e a combinação de tecnologia e capacitação para entender o armazenamento de água no solo e a sensibilidade das culturas em cada fase fenológica ao stress hídrico  se mostrou acertada, com economia de água e energia para a irrigação! Já o plantio do milho "safrinha"  teve uma sobrevida! No vídeo, a alegria do Irrigante com a chegada das chuvas!

Soja
Fernando Nakayama, Pesquisador e Diretor do Pólo de Adamantina da APTA observa que o interesse pela soja é crescente pelo fato de ser uma commoditie que traz segurança de comercialização e, por isso, também é crescente a busca do produtor paulista por informações sobre a cultura e novas variedades. No local as pesquisas estão na primeira etapa que envolve a escolha das cultivares de soja adaptadas à região. "O que é feito é plantar faixas de cultivares onde avaliamos o comportamento geral de cada uma, fazemos a biometria e constatamos a produtividade. Posteriormente, geramos o resultado e disponibilizamos para o produtor", finaliza.

E na região Oeste do Paraná, depois da seca, a chuva em alta intensidade e no vídeo se percebe claramente a necessidade da adoção de práticas de conservação do solo.



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COVID-19
Juntos Contra o COVID é um grupo formado por profissionais de diferentes áreas de atuação com o objetivo ajudar os cidadãos e as agências de saúde pública a identificar pontos atuais e potenciais do vírus pandêmico coronavírus (COVID-19) e conta com a participação voluntária do público em geral. As pessoas podem ajudar e com isso ver o que está acontecendo e, ainda, se pode ter o conhecimento para proteger a si e a sua família contra o COVID-19, como por exemplo o mapa da infecção


Chuva de honestidade - Entretenimento e reflexão
A letra desta música fala por si! Aprecie sem moderação e pense à respeito!


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