Extremos climáticos exigem capacitação, planejamento e investimentos em recursos hídricos

 

Muitos nos perguntam por que a Usina de Ilha Solteira com cota 325,82 metros, o que siginifica metade do seu volume útil (54,28%) chegou à verter 3.328 m3/s e tem defluência (água vertida + turbinada) de 5.240 m3/s (31/01/2023).

As estações agrometeorológicas explicam e video confirma! Chuva acima do esperado fazem os reservatórios ganharem água exigindo capacitação e planejamento, e isso se dá com a operação em cascata dos reservatórios das hidrelétricas, e assim, sabendo que há água morro acima, morro abaixo, como Ilha Solteira no rio Paraná, verte água para a operação segura do sistema, o que não acontecia significativamente desde 6 a 13 de junho de 2016, quando estava com 98,48% a 95,68% da sua capacidade.



E o que se vê no video - para lamento dos proprietários - é o resultado do SIN - Sistema Interligado Nacional - contar com 73,1% da sua capacidade armazenada para gerar energia hidráulica, que neste ano teve um aumento de 15,1%.
No sub-sistema SE/CO, o maior, o ganho foi de 16,8% estando com 69,8% da sua capacidade. A Usina de Furnas, com suas águas banhando Carmo do Rio Claro, tem 94,19% da sua capacidade, o que equivale à cota 767,29 metros, com vazão defluente de 1.974 m3/s e vertendo 1.106 m3/s, está recebendo 2.627 m3/s.
Água Vermelha - também no Rio Grande - está com 86,53% da sua capacidade vertendo 2.200 m3/s, de uma vazão defluente de 4.031 m3/s e recebendo (afluente) 4.389 m3/s.





A variabilidade, a instabilidade e os extremos climáticos cada vez mais presentes no nosso cotidiano exigem capacitação e planejamento, além de investimentos em infra estrutura ligadas aos recursos hídricos, quando segurar a água na bacia hidrográfica e saber usá-la com sabedoria são condições essenciais para se conquistar segurança hídrica.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Por que a água evapora sem estar a 100° C ?

A Importância da DBO

Pivô central: história e características