Janeiro se foi e no seu último dia, chuva na região Noroeste Paulista.

 
Janeiro se foi e no seu último dia, chuva na região Noroeste Paulista.

Em Ilha Solteira, chuva "forte"! Mas, você sabe a diferença entre volume e quantidade de chuva?
Ontem, 31 de janeiro, a Estação Ilha Solteira, pertencente à Rede Agrometeorológica do Noroeste Paulista, registrou um volume de 49,8 mm, mas durante o curto período de chuva, considerando intervalos de 5 minutos, volumes diferentes foram registrados, e aí, no pico, a intensidade chegou à 130 mm/h, elevado, chuva intensa, e numa situação dessas, é inevitável, alguns bueiros não aguentam, curvas de nível não suportam, erosão se forma, e há sempre algum tipo de perda ou constrangimento!

Essa chuva de ontem, teve mudança de padrão, e as maiores intensidades tiveram o vento vindo de Nordeste (e não Sudoeste, como é mais frequente), com máxima de 20,2 km/h às 18:31 h.
Com predominância das chuvas convectivas, Ilha Solteira liderou em volume total de chuvas em janeiro no Noroeste Paulista, com 267 mm, representou 17% à mais que o histórico esperado. Foram 22 dias com alguma chuva, e 11 dias de chuva agrícola, quando o volume em um único dia é igual ou superior à 10 mm. Na região, o máximo registrado em janeiro foi de 596 mm em 2008 e aqui em Ilha Solteira.



Em Ilha Solteira, janeiro fechou com temperatura média de 25,7º, umidade relativa média de 62,5% e, os 49,8 mm/dia de ontem, representaram o segundo maior volume de chuvas diário na região, perdendo apenas para Paranapuã no dia 4 de janeiro, com 56 mm/dia.



Noroeste Paulista
Em janeiro a região Noroeste Paulista teve média de chuva acumulada de 230 mm, +10% em relação ao histórico esperado (208mm) e -7% em relação à janeiro de 2022. A evapotarnspiração de referência média ficou e, 3,8 mm/dia ou 116 mm/mês e com tantos dias de chuva e o ciclo da soja se encerrando, os sistemas de irrigação permaneceram desligados, ao contrário do que se viu nos meses de outubro e novembro, quando foram muito acionados diante da irregularidade das chuvas.


Em Paranapuã foi registrada a maior chuva da região em um dia, no dia 4, com 56 mm, totalizando 255 mm, +4% em relação ao histórico esperado. Pereira Barreto, Estação Santa Adélia com 241 mm representou +24% do esperado, enquanto que a Estação Bonança foi o menor volume registrado com 186 mm (-3% dos histórico) e 21 dias com alguma chuva e apenas 8 dias de chuva agrícola. Com chuvas convectivas cada vez mais frequêntes, há relato de que na cidade de Pereira Barreto tenha chovido em janeiro 314 mm.
Em Sud Mennucci o volume de chuva ficou em 202 mm (+5% do esperado) com apenas 6 dias de chuva agrícola e em Dracena, região da Nova Alta Paulista, também incluida no monitoramento feito pela UNESP, foram 280 mm, que representa 78% à mais que a chuva esperada para o mês de janeiro que é na média de 158 mm.


A variabilidade, a instabilidade e os extremos climáticos cada vez mais presentes no nosso cotidiano exigem capacitação e planejamento, além de investimentos em infra estrutura ligados aos recursos hídricos, quando segurar a água na bacia hidrográfica e saber usá-la com sabedoria são condições essenciais para se conquistar segurança hídrica.

Na primeira edição do PodIrrigar - o podcast da Agricultura Irrigada - do ano, destacamos a importância de ter o maior número possível de informações da evapotranspiração e das chuvas da região, para que se possa fazer o balanço hídrico, sendo ele histórico e/ou sequencial. Com isso em mãos é possível saber os meses de déficit e de excesso de chuva em cada mês e com isso determinar as estratégias para o plantio e a necessidade real de se investir em sistemas de irrigação baseado nessas variações. 
Ressaltamos também a extrema importância de se conhecer a CAD do solo que limita a quantidade de chuva que é armazenada no solo dentro da zona das raízes. 

[PodIrrigar]
O [PodIrrigar] é o podcast da agricultura irrigada. Produzido pelo Jornalista Renato Coelho da AHI UNESP tem como coordenação técnica o Professor Dr. Fernando Braz Tangerino Hernandez da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP que, semanalmente, utiliza apenas três minutos para levar informações sobre a agricultura irrigada e agroclimatologia, em mais uma das ações para democratizar o conhecimento e a informação. Com frequência recebemos convidados para abrilhantar as edições. 
Se interessou? Acesse todas as edições a partir de: https://podcast.unesp.br/canal/13/pod-irrigar

A Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP utiliza além do [PodIrrigar], outros cinco canais de comunicação distintos para democratizar o conhecimento e a informação ligada à agricultura irrigada integrando atividades de ensino, pesquisa e extensão, com acesso a partir do Canal da Irrigação da UNESP em www.feis.unesp.br/irrigacao e também este Blog.
Há também o Canal da Irrigação no YouTube em https://www.youtube.com/user/fernando092 e o monitoramento climático do Noroeste Paulista pode ser acompanhado com atualização à cada 5 minutos a partir do Canal CLIMA da UNESP em http://clima.feis.unesp.br 

Os canais de comunicação da AHI UNESP
Canal da Irrigação¹, permite o acesso à todos os canais e disponibiliza artigos técnico-científicos, projetos de pesquisa e temas educacionais; o Canal CLIMA² disponibiliza gratuitamente dados agroclimáticos e é caracterizado como um Serviço de Apoio ao Irrigante; o PodIrrigar³, que foi pioneiro no formato de podcast; o Blog da Área de Hidráulica e Irrigação⁴, com conteúdo bem diversificado, o canal do YouTube⁵ e a fanpage no Facebook⁶. 

O tamanho do agro
R$ 1,236 trilhão: este é o tamanho deste setor que tem Heróis que se dedicam á nobre função de produzir alimentos!
O Brasil é sempre será um país vocacionado à produção de alimentos! Pela simples razão de que é um país continental!
 A projeção é 2,7% acima do valor obtido em 2021 (R$ 1,204 trilhão). O faturamento bruto das lavouras soma R$ 881,2 bilhões (alta de 7,3%) - café, cana, algodão e milho puxam o crescimento -, e da pecuária R$ 355,7 bilhões (queda de -7,2%). 

Recusrsos hídricos e entretenimento
Conheça Alhambra de Granada: a cidade espanhola onde a água está por toda parte e "desafia" a gravidade.  A água está por toda parte na exuberante Alhambra de Granada, um complexo palaciano do século 8 que é um dos exemplos mais emblemáticos da arquitetura moura no mundo. Ela flui em canais que resfriam os prédios, jorra de fontes em grandes salões e pátios encantadores e pulveriza de tal forma que, de certos ângulos, enquadra perfeitamente as majestosas portas em arco.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Por que a água evapora sem estar a 100° C ?

A Importância da DBO

Pivô central: história e características