Córregio do Coqueiro: medição de vazão e coleta de água

Ontem (22/11/2010), a Área de Hidráulica e Irrigação foi ao córrego do Coqueiro, coletar água e medir o volume de água dos cinco pontos distribuidos ao longo do córrego. Esse estudo é parte do monitoramento que vêm sendo desenvolvido desde de outubro de 2006 e denominado de Planejamento Integrado dos Recursos Hidroagrícolas na Micrbacia do Córrego do Coqueiro no Noroeste Paulista, com Financiamento do MCT/CNPq/CT-Agro/CT-Hidro/Mapa-SDC-SPAE nº44/2008 - Recuperação de Áreas Degradadas - CNPq .

O córrego do Coqueiro é um afluente da margem direita do Rio São José dos Dourados é fonte de água para a irrigação, dessedentação animal e oferece água para o abastecimento público, atendendo duas cidades, Marinópolis e Palmeira d'Oeste.

A coleta teve início no ponto 5, próximo do rio São José dos Dourados. Trecho com mata ciliar, apesar de não atender o Código Floresta.

Figura 1. Ponto 5, próximo a foz do córrego que desagua no rio São José dos Dourados.

No dia 21 e na madrugada do dia 22 houve chuva e o reflexo da ação da água pode ser observado na cor da água, neste ponto a turbidez foi de 947,0 NTU. Para entender melhor, a turbidez de uma amostra de água é o grau de atenuação de intensidade que um feixe de luz sofre ao atravessá-la (e esta redução se dá por absorção e espalhamento, uma vez que as partículas que provocam turbidez nas águas são maiores que o comprimento de onda da luz branca), devido à presença de sólidos em suspensão.

A turbidez, além de reduzir a penetração da luz solar na coluna d´água, prejudicando a fotossíntese das algas e plantas aquáticas submersas, pode recobrir os ovos dos peixes e os invertebrados bênticos (que vivem no fundo). Os sedimentos em suspensão podem carrear nutrientes e pesticidas, obstruindo as guelras dos peixes, e até interferir na habilidade do peixe em se alimentar e se defender dos seus predadores. As partículas em suspensão localizadas próximo à superfície podem absorver calor adicional da luz solar, aumentando a temperatura da camada superficial da água.

Figura 2 - Delimitação da seção transversal do córrego, para a realização da batimetria.

Figura 3. O rio São José dos Dourados, no trecho entre o município de Dirce Reis.

Figura 4. Ponto 4, município de Dirce Reis.

No ponto 4, a turbidez foi de 492,0 NTU, acima do recomendado pela Resolução de Nº 357/2005 que determina turbidez abaixo de 100 NTU para a classe II.

Figura 5. Ponto 3, próximo a Estação de Tratamento de Água da SABESP, município de Palmeira d'Oeste.

No ponto 3, a turbidez foi de 100 NTU.

Figura 6. Ponto 2, próximo ao município de São Francisco. Ausência de mata ciliar e predomínio de pastagem.

No ponto 2, a turbidez atingiu valor de 13,6.

Figura 7. Ponto 1, próximo a rodovia Euphle Jalles, muncípio de Jales.

No ponto 1, a turbidez foi de 62,9 NTU.

Figura 8. A chuva na região noroeste, município de Marinópolis e próximo a Estação Agroclimatológica da UNESP.


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