UNESP é a 10a. maior Universidade brasileira
Universidade pública cresce entre maiores é o título da matéria da Folha de São Paulo de hoje. O resultado é que das oito públicas presentes na lista das 20 com mais alunos do país, seis ganharam posições entre 2008 e 2009. Enquanto a rede particular perdeu mais de 40 mil matrículas em um ano, o sistema ganhou cerca de 78 mil.
A UNESP - Universidade Estadual Paulista é a 10a. Universidade brasileira com 34.249 alunos.
Em um cenário de estagnação, as universidades públicas conseguiram melhorar suas posições no ranking das 20 maiores escolas do país. Das oito presentes na lista, seis subiram de posição de um ano para o outro. A constatação está presente no detalhamento por instituição do Censo da Educação Superior 2009, realizado pelo Ministério da Educação. Conheça o Ranking.
Em relação à QUALIDADE do ensino, os dados detalhados do censo mostram que as 13 universidades reprovadas nas avaliações federais em 2008 perderam 13% das matrículas no ensino superior. Já entre as oito tops, houve aumento de 19% na quantidade de estudantes.
O Consultor de gestão universitária Carlos Monteiro, destaca que "O crescimento das escolas públicas é positivo, mas insuficiente para atender a necessidade de mão de obra do país" e Oscar Hipólito, Pesquisador do Instituto Lobo profecia que "Sem melhorias no financiamento, a rede privada não voltará a crescer".
Conheça também a análise de HÉLIO SCHWARTSMAN sobre o tema.
Grandes escolas com notas baixas perderam matrículas
Há ao menos duas formas de ler a queda nas matrículas em universidades privadas.
Na versão mais otimista, os alunos estão procurando qualidade - o que é bom.
Na levemente pessimista, os anos dourados da expansão universitária ficaram para trás e, agora, crescer vai depender de melhorias qualitativas no ciclo básico.
As duas visões não são excludentes. O que os dados sugerem é que grandes escolas com notas baixas perderam matrículas, enquanto aquelas com bons conceitos tiveram maior procura.
Se essa for a tendência, então a regra de mercado segundo a qual as pessoas buscam o ponto ótimo entre qualidade e preço está operando.
Como educação não é uma mercadoria qualquer, alguns especialistas receavam que a concorrência não funcionaria muito bem no setor.
Evidentemente, é preferível ter um sistema que busca aprimorar-se pelo mercado a um que dependa só de intervenções do poder público.
Para o futuro, os desafios são muitos. O total de matrículas no ensino superior parece estar se estabilizando. E o Brasil precisa melhorar.
Nossa taxa de escolarização líquida no 3º grau é de 15%. A Bolívia tem 36%, a Argentina, 48%, e os EUA, 73%.
Para atingir níveis melhores, é preciso uma massa razoável de alunos com formação suficiente para prosseguir com os estudos. De cada 100 que entram no 1º ano do fundamental, apenas 36 concluem o 3º ano médio (dados de 2005). Parte deles ainda tem formação precária.
Fonte: FÁBIO TAKAHASHI na Folha de São Paulo, 22 de fevereiro de 2011, p.C.1.
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