Notícias em 19 de janeiro de 2013

"O governo mina cada vez mais a credibilidade da política econômica. Não parece perceber que já não engana ninguém. A consequência dessa gestão temerária das contas públicas está à vista de todos - inflação e juros em alta." (Folha de São Paulo, Editorial, 13 de janeiro de 2014, p.2)

Estamos de férias e ontem chegamos na cidade histórica de Colonia del Sacramento, no Uruguai, de onde preparamos esta postagem. Nossa Equipe da AHI costuma soltar alerta quando a temperatura passa dos 35o C, mas ao chegarmos no hotel, o atendente nos disse: "Bienvenidos ao verano mas caliente del veranos de los ultimos 100 años, ahora tenemos 40o C". Pois bem, deixamos as malas, demos um tempo e fomos para as ruas e ao consultarmos a temperatura, com o tempo "parcialmente nublado" a temperatura estava mais baixa, apenas 38o C.


O por do sol por aqui acontece após as 21 horas nesta época e é lindo. Muitos ficam às margens do rio da Prata a admirá-lo.


Irrigar ou continuar a sofrer pela irregularidade das chuvas
Voltamos ao tema chuvas e evapotranspiração totais no ano de 2.013 no noroeste paulista, como exemplo, novamente utilizando os registros como base para o convencimento e planejamento, pois estamos no verão e assim, existe sempre uma expectativa de chuvas, ainda que os veranicos estão sempre presentes e dependendo da sua extensão, pode comprometer a produtividade potencial dos cultivos.
Enquanto que os nosso principal concorrente pelo mercado de grãos tem no frio e na neve a preocupação maior sobre a influência na escolha das cultura e momento de semear, por aqui, que contamos com pouco
mais de 20% da área irrigada dos Estados Unidos, está na chuva nossa maior preocupação.
Assim, ainda que o noroeste paulista tenha registrado média de 1.153 milímetros em 2013, o que nos preocupa é a dispersão, tanto entre os meses, como entre diferentes municípios. A diferença na chuva entre o maior registro que foi em Ilha Solteira e o menor em Itapura foi de 29%. Ainda em relação o número de dias sem chuva em 2013 variou entre 66 dias em Itapura, - isso mesmo, onde menos choveu - mas com maior frequência, e Pereira Barreto, que chegou a amargar 94 dias sem chuvas. Na média, foram 78 dias sem chuva no noroeste paulista.
Por outro lado, a variação entre a maior e a menor taxa de evapotranspiração foi de apenas 13%, variando entre 1362 e 1566 mm e de forma mais uniforme ao longo do ano. Na prática temos uma exigência maior por água para a atmosfera, do que ela nos entrega na forma de chuvas e assim, os recursos financeiros que podemos tirar das terras de forma a mover a economia regional ficam limitados.
Mudar esta situação somente pode ser feito com o uso de sistemas de irrigação, que moverão a água de córregos, rios, reservatórios para as áreas de cultivo e assim, garantirão produtividade em 2,5 safras por ano. Muitos, infelizmente, ainda não perceberam as vantagens desse uso para água, que apenas é transferida de um local para outro, uma vez que o processo de evapotranspiração vai continuar existindo, mas agora trará divisas à todo uma região.
Evapotranspiração é o nome do processo em que se transfere água para a atmosfera através da evaporação do solo e transpiração das plantas e que, para uma máxima produção, deve ser reposta pelas chuvas ou pelos sistemas de irrigação. Como uma conta corrente no banco, a evapotranspiração deve ser reposta para que não tenhamos prejuízo.
Desse modo, o irrigante não "gasta" água como muitos pensam, ele usa a água - muitas vezes de qualidade ruim-, que passará para a atmosfera e cairá na forma de chuva em outra região. Por isso sempre digo que o irrigante não é bandido - como alguns chegam a pensar -, na verdade o irrigante é o mocinho, com o intuito de lembrar aos irrigantes que a sociedade precisa saber a importância da sua atividade. Para tanto, a comunicação com diferentes linguagens deve ser priorizada como forma de democratização do conhecimento, da informação e do crescimento da área irrigada para colhermos mais desenvolvimento sócio-econômico. O conhecimento e as informações são fundamentais para que se possa ter a exata compreensão por todos os seguimentos da sociedade da importância da agricultura irrigada, seus efeitos multiplicadores, ao mesmo tempo em que possibilita o uso de novas técnicas e tecnologias.
Muitos desafios e muitas oportunidades é como ele caracteriza o momento pelo qual passa a irrigação no País. Mas não há mais espaço para amadorismo na agricultura irrigada. Não basta ter bons sistemas de irrigação. Conhecimento técnico e manejo são importantes, mas tudo começa com um bom projeto de irrigação, que atenda as necessidades de evapotranspiração das culturas, tenha ótima uniformidade de aplicada de água, composto de bons materiais e por fim tenha tido uma boa montagem.
Feliz cidade que conta com investimentos em irrigação e assim, bons exemplos florescem e são cada dia mais destacados pela imprensa.
Irrigamos apenas cinco milhões de hectares, muito pouco para o potencial de 30 milhões e assim, ainda temos grandes desafios pela frente!
Esse foi o tema que desenvolvemos esta semana no Pod Irrigar - o Pod Cast da Agricultura Irrigada. Ouça também as dicas anteriores.

Agricultura irrigada



Clima - pesquisa - extensão
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o CNPq lançaram o edital 65/2013, que apoia projetos de pesquisa cujo objetivo é aumentar a capacidade brasileira de previsão do tempo e do clima, em especial a de eventos extremos. A intenção é também fortalecer os Centros de Meteorologia, Climatologia e Hidrologia dos estados para descentralizar as atividades de pesquisa e desenvolvimento em meteorologia e climatologia. No total, serão disponibilizados 15 milhões de reais. O prazo termina em 17 de março de 2014. Cada proposta deve ter prazo máximo de execução estabelecido em 24 meses. A previsão é a de que o resultado seja divulgado em maio de 2014. Mais informações pelo e-mail chamada65-2013@cnpq.br.


Monitoramento - GIS - mapeamento


Economia - desenvolvimento sócio-econômico - qualidade de vida

Exame traz as 10 cidades mais desenvolvidas de cada Estado, segundo a ONU. Ilha Solteira com 0,811 é classificada como MUITO ALTA e o seu IDHM lhe confere o 10º lugar. São Caetano do Sul lidera com 0,862. Confira! O avanço no IDHM reduz risco de desastres climáticos no Nordeste, as tragédias provocadas por mudanças climáticas previstas para a região até o final deste século, de acordo com estudo realizado por pesquisadores da UNESP, em parceria com o INPE. A pesquisa cruza informações de densidade demográfica do History Database of the Global Enviromental (Hyde), projeções climáticas até o ano de 2100 do quinto relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) e dados do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Veja também a reportagem de Fábio de Castro na Revista Unesp Ciência e confira o infográfico do Índice de Vulnerabilidade Socioclimática (IVSC), que indica áreas onde as populações estão mais suscetíveis a desastres, tendo em vista as alterações no clima previstas até o final deste século. No ranking geral, o Brasil ficou estável e a Noruega se mantem na liderança. Assista o video do sobre o Atlas Brasil do Desenvolvimento Humano em 2013 e explica como se difere do PIB!

Oportunidade - concurso
Estão abertas as inscrições para concurso público para professor efetivo do Departamento de Solos e Engenharia Agrícola da UFPR - Campus Juvevê (Curitiba). A vaga é para a área de Hidráulica e Hidrologia. A remuneração do professor Assistente A será de R$ 5.466,55 e do professor Adjunto A de  R$ 8.049,77.

Estão abertas as inscrições para o processo seletivo simplificado de contratação de professores substitutos do Instituto Federal Catarinense em Rio do Sul. São oferecidas três vagas: Sociologia, Letras - Português e Irrigação/Drenagem.

Entretenimento

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