Assoreamento e má conservação do solo causam prejuízos em áreas próximas a córregos em Jales



Um levantamento comprova os prejuízos causados pelo assoreamento e a má conservação do solo em córregos da região de Jales. A degradação já obrigou prefeituras de alguns municípios a adotar medidas para garantir o abastecimento.

Na propriedade de 32 hectares de Laércio Vian, são cultivados vários tipos de legumes. Durante 23 anos ele usou o córrego para irrigar a plantação, mas a partir de 2005, teve que se adaptar. É que neste ano faltou água e o produtor perdeu grande parte da plantação. O prejuízo chegou a R$15 mil.

Para não ter o mesmo problema, Laércio não quis arriscar e construiu um poço artesiano. Para abastecer os mais de 10 mil habitantes de Palmeira D'Oeste e os cerca de 2 mil habitantes de Marinópolis, a empresa responsável pelo fornecimento de água nas duas cidades também recorreu à construção de um poço artesiano.

De acordo com uma pesquisa da Área de Hidráulica e Irrigação da Unesp de Ilha Solteira, a causa dessa falta de água é a degradação de três córregos na região de Jales: Coqueiro, Três Barras e Boi, que - no total - abastecem seis municípios.

O trabalho dos estudiosos começou em 2002 e, pra se ter uma ideia, de lá para cá a vazão da água no período da seca diminuiu em torno de vinte por cento. Para os pesquisadores a situação é preocupante.

O grande problema, de acordo com os pesquisadores, é a falta de conservação do solo e da água. Segundo dados da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, a região noroeste possui apenas 3% de mata ciliar e a situação na região de Jales é ainda pior, não passa de 2%.

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